22.5.09

O que fazer com a Cidade da Música?

O Ministério Público está escarafunchando os arquivos para descobrir o mar de lama sobre o qual foi erguida a faraônica obra de meio bilhão de reais; a pérola-mor do mandato do ex-prefeito do Rio, Cesar Maia. Há quem fale que os culpados pela improbidade administrativa se tornarão inelegíveis e, ainda, que terão de devolver aos cofres públicos os gastos com essa obra que, embora já inaugurada, nunca chegou a funcionar.
Eu, particularmente, acho que a cadeia seria o melhor destino para os autores desse absurdo. Se o Taj Mahal é o castelo feito em nome do amor, a Cidade da Música é um palácio erguido como símbolo do desrespeito máximo aos cidadãos dessa cidade, que lidam tantas vezes com a ausência do poder público e com a falta dos serviços básicos - para os quais, dizem os gestores, não há dinheiro.
Homens públicos que tomam do eleitor saúde, educação e saneamento para entregar tudo, em forma de milhões de reais, aos empreiteiros. Como diria Álvaro de Campos: "homens altos, passai por baixo do meu desprezo!".
Pois bem, fiscalizemos e pressionemos para que a Justiça faça o seu papel, certo?
Por agora, sugiro uma campanha para encontrarmos uma serventia pra esse elefante branco encravado no meio da Barra da Tijuca. Que tal se fazer ali um Museu da História da Impunidade e da Indecência dos Políticos no Brasil? Não seria interessante?
Se bem que...provavelmente ia faltar espaço pra tanto acervo...
E você? Tem alguma sugestão para o que pode ser feito da Cidade da Música?
Comentaê!

6 comentários:

Sandra disse...

Primeiro, deviam processar, prender e cassar o dinheiro do Cesar Maia e terminar de construir a Cidade da Múscia. Segundo, podiam fazer um grande centro cultural gratuito, com música, teatro, dança, além de oficinas para crianças, jovens e adultos. Terceiro, promover um espaço para novos talentos das artes, aqueles que não aparecem na Globo, nem na Record pq não tem dinheiro para se promover.
Quarto, deviam dar a administração para alguém bastante competente, é claro!

Amanda Hora disse...

Queria muito implodir o "elefante branco", mas seria desperdiçar todo o dinheiro gasto por lá. Por outro lado, ñ seria desperdiçado mais dinheiro para terminar essa obra mal feita.
Ou então, poderia virar um presídio para os autores da obra. rs

Unknown disse...

Meninas, esse caso é revoltante, né? A gente brinca, mas que esses responsáveis(???) pela obra deviam ser exemplarmente punidos, isso deviam!
Bjs!

Erica Ribeiro disse...

A justiça tinha que fazer os responsaveis devolver centavo por centavo as cofres publicos, isso serviria de exemplo!!!Fico chocada com a cara de pau do nossso ex prefeito que tem coragem de dizer que não ve nada de errado!!!!

® ♫ The Brit ♪ ® disse...

Tenho um amigo quem trabalhei naquele projeto (construçao) e tem um monte de pessoas sem trabalho agora...
eu tb acho eles deve terminar ele... preciso fazer alguma coisa com aquele ne?!
Abs!

Unknown disse...

Érica, eu não acredito que esse dinheiro retorne não. Mas, confirmadas as suspeitas, os acusados deviam, sim, ser duramente punidos. Seria um exemplo para que os futuros gestores pensem bem antes de decidir torrar o dinheiro público em obras monumentais a seu bel prazer.

Brit, lamento pelos trabalhadores da obra que, certamente, nada têm a ver com os desmandos de quem decidiu que aquele era o melhor destino para meio bilhão de reais. Mas, como cidadão, acho que aquilo ali só pode ir pra frente depois de rigorosamente orçado. E depois de garantido que toda essa grana não servirá para erguer um complexo cultural que sirva apenas a quem tem (muita) grana. Tem que ser uma obra popular, de acesso popular e irrestrito!
Abs!