31.3.06

De volta pro aconchego

Semana corrida demais! Astronauta brasileiro indo pro espaço (tema de uma das minhas próximas matérias), estréia do programa em 2006 (que péssimo fazer a barba todos os dias...rs!) enfim...nem deu pra passar por aqui com muita freqüência. E também, se desse, eu não teria o que escrever. Tive pouco tempo pra pensar em textos, pra organizar minhas idéias. Mas agora, voltamos com força total!!!rs...
É isso! Tô de volta!
[]s!

30.3.06

Chuva


E então, a chuva cai; vale de lágrimas derramadas no chão.
Lava dores, tristezas e mágoas.
Leva o vazio que preenche o interior do coração...
E traz a esperança de que, em breve, o sol volte a brilhar.

My song

Me dá um beijo então
Aperta a minha mão
Tolice é viver a vida assim
Sem aventura
Deixa ser pelo coração
Se é loucura então melhor não ter razão

29.3.06

Torcida

Será lançado daqui a pouco o foguete com o primeiro astronauta brasileiro.
É a primeira vez que a gente manda um brasileiro pro espaço. E ele vai feliz da vida!
Só resta torcer pra tudo correr bem!
Sorte!!!

Correria II

Semana de muito trabalho e poucos posts. Desculpem a nossa falha, ok?
Vou tentar atualizar sempre durante a noite/madrugada. É quando dá...!
[]s a todos e obrigado pelas visitas!

28.3.06

Renúncia

Nunca mais dia.
Nunca mais noite.
Nunca mais risada.
Nunca mais lágrima.

Nunca mais conversa.
Nunca mais abraço.
Nunca mais pressa.
Nunca mais tristeza.

Nunca mais holofote.
Nunca mais arte.
Nunca mais ribalta.
Nunca mais aplauso.

Nunca mais janela.
Nunca mais essa vista.
Nunca mais outro pulo.
Nunca mais esse vento.

Nunca mais o chão.
Nunca mais eu.
Nunca mais nada.
Nada mais...

* O que é um blog se não um espaço pra escrevermos sobre aquilo que nos toca, né?

26.3.06

A chave pra mudar o mundo: tolerância!


Uma vez, participando de uma reunião de pauta, essa palavra apareceu. Era, de acordo com o orador, a única saída possível para o mundo atual. Tolerância nas relações humanas, tolerância religiosa, tolerância com as diferenças. E isso não tem nada a ver com o "vocês vão ter que me engolir", do Zagallo. Tolerar não é "engolir"; é aceitar e respeitar. E, além disso, saber conviver; viver junto.Acho a tese perfeita. Hoje em dia o que mais a gente vê por aí são exemplos brutais de intolerância. Palestinos e Israelenses; intolerância no Iraque; intolerância dos playboys que espancaram um casal de garotos em Ipanema; intolerância racial...! Intolerância por toda a parte...
A saída? Não seria eu a dizer qual é. Mas tenho por filosofia de vida evitar julgamentos. Sobre os outros, sobre suas atitudes. Quando quebro a cara - e isso acontece às vezes - lamento. Não por mim; mas pelo outro que perdeu uma grande chance de agir certo com alguém que só esperava isso dele.
A razão do texto? Bom, o tema foi sugerido pelo Gustavão Branco, fiel leitor aqui do Babelturbo. Agorinha, no MSN, ele me mandou uma mensagem bem bacana. Uma das frases que me chamou atenção foi essa aqui: "as pessoas compreendem o mundo não como ele é realmente, mas como elas são".
E se queremos um mundo melhor, sejamos todos melhores!
Valeu, Gustavo! Continue vindo sempre aqui. E a todos os outros amigos, abraços e o desejo de uma ótima semana!

Vitrine viva

Voltava pra casa, cansado depois de um dia de trabalho intenso. No bom e velho ônibus com ar condicionado, começava a me preparar para dormir. Entre uma e outra ajeitada na poltrona, olhei pela janela. E vi. Lá estava ela, dentro do outro ônibus, na minha direção. Moça bonita, traços finos. Não precisei gastar muitos neurônios pra deduzir que também voltava de um cansativo dia de trabalho. Estava na cara! Tinha a cabeça recostada numa das mãos, olhar voltado primeiro pra janela e para a paisagem de congestionamento que ela lhe oferecia. Depois, seus olhos se voltaram pra mim. O sinal fechado, culpado por aquele nosso encontro, me remeteu à canção de Paulinho da Viola. Ficamos assim, olhando um pro outro, durante aqueles poucos segundos que pareceram meses. Por um instante, tive a impressão de que ela tentava me perguntar alguma coisa. E também achei que ela, de longe, empenhava-se para intuir minha resposta...
Luz verde. Buzinas impacientes de motoristas eternamente estressados. O ônibus dela partiu na frente, e ainda assim nossos olhos permaneceram agarrados, atraídos. Sorri, como se com isso lhe pudesse dizer um "muito prazer" e, também, um "adeus". Ela retribuiu. Olhei-a até não conseguir mais alcançá-la com meus olhos. E sei que vai ser difícil esquecer daquela troca intensa de olhares com uma moça toda pintada de prata...

25.3.06

Recomendo...


Saramago é um mestre! Comecei a ler "As intermitências..." e estou fascinado. É o tipo de livro que te prende e que te transporta pro lugar onde tudo acontece. A história é a seguinte: num país fictício, na virada de um ano, um fenômeno inédito acontece: as pessoas param de morrer. Doentes em estado terminal, vítimas de acidentes de trânsito, e até a moribunda rainha mãe permanecem vivos, agarrados a um sopro de vida que os médicos não conseguem entender. E nem explicar! E por aí vai...
Engraçado, emocionante e curioso. Excelente pedida!!!
Pra quem quer saber um pouco mais sobre o autor, é só clicar aqui.

A metáfora do barco parisiense...


Estava num barco, dentro do parque de diversões. Risadas de todas as nacionalidades ecoavam naquele gelado fim de tarde europeu. O lugar, frio ao entardecer, oferecia um espetáculo e tanto aos turistas ávidos por toda a claridade da Cidade Luz. A voz conhecida o chamou para dentro, para a parte coberta da embarcação. Devia se proteger do vento cortante que batia no rosto e parecia querer partir-lhe em dois. Declinou.
Ficou ali, pensamentos do outro lado do oceano, na companhia do vento ameaçador.Gelado por gelado, sabia que seu coração estava mais. Naquele momento sentiu que, como o barco, também fazia uma travessia. Só não sentiu que o que encontraria lá, na outra margem, seria tão melhor! Tudo mais leve, tudo mais tranqüilo. E sem o vento frio cortando-lhe o rosto...

24.3.06

O final de JK

Não vi a minissérie de ponta a ponta. Acompanhei assiduamente o início, mas a troca de elenco me fez perder um pouco do interesse. Não que o elenco da terceira fase, capitaneado pelo Wilker, seja pior que o das primeiras. Não é. Eu é que me desapeguei mesmo da história. Mas foi uma bela produção...
No último capítulo, destaque para Marília Pêra mais uma vez. E para Letícia Sabatella, no auge da beleza e do talento.

Ainda sobre o tempo...

Ontem, uma conhecida leu o post "Tempo, tempo, tempo, tempo". Ela se disse espantada porque, em sua concepção, eu seria jovem demais pra já me preocupar com isso. Não argumentei, não justifiquei. Sorri somente.
Quer um senso mais comum que esse? Seguindo essa lógica torta, só velhinhos podem se preocupar com a passagem de dias, meses e anos...! Mas o tempo não passa pra todos nós; crianças, jovens, adultos e velhos? Por que só os últimos devem se ocupar com esse tema?
Eu hein!

Olhos nos olhos*

Olhou e viu. Seus olhos encontraram os olhos que não mais queria ver. É, não queria encontrar aquele olhar naquele instante; olhos tão iguais, e tão diferentes...! Olhos que, por tantas outras vezes, deixou-se perder ao olhar. Olhos que, em tantas e tantas vezes, pareciam ser a expressão do mais bonito dos sentimentos.
Agora, apenas olhos. Um par deles, desviando dos seus. Assustados, afugentados talvez.
*Título extraído da bela canção de Chico Buarque.

23.3.06

Bravo!

Em tempos em que qualquer modelo vira protagonista de novela, como é bom ver uma atriz do quilate da Marília Pêra interpretando! Pra mim, roubou a cena no capítulo de hoje de JK.

Regina Casé, Seu Ico e eu...

Bom, depois do jabá do último post, lembrei de uma história bacana. Quando eu era moleque, lá pelo meio da adolescência, a Regina Casé tinha um programa na Globo chamado "Brasil Legal". Pra mim, um dos melhores programas que a TV brasileira já produziu. Era divertido, tinha curiosidades, informações interessantes sobre assuntos interessantes e - o forte da Regina - personagens incríveis! Numa das edições, o personagem foi o Seu Ico. Na verdade, Teodorico Pereira. Como eu era muito novo, não lembro ao certo o teor da entrevista, mas lembro que tinha um quê de sabedoria popular. O papo foi muito gostoso e, no fim, a doçura, a tranqüilidade e a simplicidade do entrevistado acabaram levando Regina às lágrimas. Tinha-se a clara impressão de que aquela era mesmo uma lição de vida...
Anos mais tarde, já profissional, viajo com a equipe para gravar em Goiás. Mais precisamente, na cidade de Pirenópolis. Temos uma reportagem a produzir sobre memória e patrimônio cultural. O carro da produção pára na frente de um casebre. Olho na pauta e vejo que vou conversar com um certo Teodorico. Na hora, um daqueles flashes de cinema tomou minha cabeça. As imagens do programa da Regina vieram à minha mente como se as tivesse assistido pela primeira vez na véspera. Perguntei e tive a confirmação: eu iria mesmo entrevistar o bom e velho Seu Ico. Foi um papo ótimo! É, certamente, uma das entrevistas das quais nunca mais vou esquecer. A vida me deu a oportunidade de receber a lição de vida daquele mestre por duas vezes. E sou muito grato por isso!
O que isso tem a ver com o post anterior? Bom, Seu Ico é tema de uma das reportagens de uma série sobre História, que o Salto para o Futuro exibe na primeira semana de abril. Quem quiser/puder ver, fica aqui o convite...
A parte triste vem agora. Pesquisando no Google uma foto para ilustrar esse post, descobri que Seu Ico morreu no dia 18 de janeiro deste ano, aos 79 anos. Uma pena...tem gente que não devia morrer...

Êeee coisa boa!!!

Quinta-feira, meio da tarde. Cheio de sono, brigo para terminar os roteiros que tenho que entregar. Falta pouco. Eis que, de repente, minha chefe diz que estou liberado amanhã, sexta-feira. Segundo ela, eu preciso descansar e me preparar para a estréia, segunda, dia 27, às 7 da noite, na TV Escola (Sky, canal 27 / DirecTV, canal 237 - olha o jabá!!!)
Resignado, aceito. E sorrio, que ninguém é de ferro!!!rs...

Ufa!

Da primeira vez que cheguei em SP por Congonhas, foi impossível evitar que um mau pensamento tomasse conta do meu cérebro. Aqueles prédios todos, coladinhoas nas asas do avião, correndo ali na janela...assustador demais! A gente tem a clara impressão de que qualquer centímetro a mais nas contas do piloto, tudo vai pro espaço!
Imagino o susto desse pessoal ontem! Não gostaria de estar no lugar deles...
E, cá entre nós, deve ter dado muita vontade de xingar quem teve a idéia de plantar um aeroporto desse tamanho, com tanto tráfego, no coração da cidade, né não?

22.3.06

Bela frase de Eduardo Galeano

"Caminho dez passos e o horizonte fica dez passos mais longe. Por muito que eu caminhe, nunca a alcançarei. Para que serve a utopia ? Serve para isto: para caminhar.”
Engraçado...eu gravei um off (locução) dessa frase para o Salto há umas duas semanas. Na hora, não saquei a profundidade e a beleza do que está dito nela. Hoje, vendo o VT, vi como ficou bonito. Não pela minha voz, não pela música; principalmente pelo belo texto e pelas imagens - alguém caminhando na praia, close nos pés e nas marcas deixadas na areia...
Achei curioso porque essa frase traz a mesma idéia de um recente texto meu, publicado aqui há alguns dias: o importante não é chegar, é insistir na caminhada.
Pra quem não conhece o autor da frase, aqui vai um link sobre ele.
[]s!

Tempo, tempo, tempo, tempo


Quando pequenos, soa como chumbo. Pesa, arrasta-se. Parecemos sempre adiantados, correndo na dianteira. Até que um dia, ele assume a pole. Sim, ele passa a nossa frente! Uma vez crescidos, tem um quê de algodão; é leve, voa. Faz volume, vê-se de longe que ele passou. Pistas, muitas. Estão nas marcas em nosso corpo; nas cicatrizes em nossa alma; nas feridas abertas - ou não - em nossos corações. Também estão nas risadas divertidas e nos abraços apertados que demos e levamos enquanto ele corria, apressado. Ele sempre vence a corrida. E nós, competidores incansáveis, lutamos sempre pra que ele não nos deixe perdidos em alguma curva. Mas, vira e mexe, a gente se descobre ali, andando bem devagarzinho, na volta da saudade...
Ontem, numa visita à faculdade, foi a minha vez de andar bem devagar na volta da saudade.

Just a sweet dream?

Aquela imagem era surpreendente demais para ser verdadeira. Todos ali, reunidos, rindo e jogando conversa fora. Não era assim que tinha imaginado um eventual encontro com aquelas pessoas. Não naquelas circunstâncias! Menos simpáticos que elas, só mesmo os habitantes do canil. Agitados, rangiam os dentes, ameaçavam morder. Não pareciam em nada com a cachorrinha simpática que servira de modelo para que sua mente criasse outros, em seu sonho. A salvação para as ameaças dos cães sonhados veio da mão amiga, carinhosa - como gostava de definir- sempre por perto. Depois, abraço; proteção. E tudo parecia tão bom, tão surpreendentemente bom, que acordou achando graça. Ao longo de todo o dia, sorrisos não faltavam enquanto os flashes de sua viagem durante o sono passavam por sua cabeça. Mais tarde, ligou pra contar...

21.3.06

Correria!!!

Caramba! Faltam poucos minutos pra acabar a terça-feira e só agora vi que nem tive tempo pra postar nada. Falha nossa...
Voltaremos à programação normal já nos primeiros minutos dessa quarta-feira, 22 de março de 2006.
[]s e até lá!!!

20.3.06

Tinha que ser o Chaves mesmo!!!


Quem trabalha com televisão, ou mesmo quem tem a curiosidade de acompanhar os números da audiência, vira e mexe se vê surpreendido com as escolhas do grande público. Programas bons, bem produzidos e de conteúdo inteligente, muitas vezes alcançam resultados pífios. E outros, de conteúdo notoriamente duvidoso, marcam pontos preciosíssimos. Nesse segundo caso, um dos casos mais representativos tem um nome: Roberto Gómez Bolaños. Esse ator mexicano deu vida a dois personagens que já estão na história da televisão brasileira: Chaves e Chapolin. O fenômeno brasileiro protagonizado pela dupla "El Chavo" e "El Chapulin Colorado" é comprovado por esta reportagem.
As duas séries são exibidas pelo SBT há 20 anos. E foram produzidas, no México, entre 1971 e 1979!!! Apesar das duas décadas de reprises aqui no Brasil, do tom pra lá de desbotado das imagens e da dublagem que parece ter sido feita numa caverna - repleta de ecos - as aventuras cucarachas permanecem como coringas na programação do canal de Sílvio Santos. E sempre alcançando bons resultados. Vai entender, né? Vai ver, é tudo "sem querer querendo!!!"

James Blunt

O cara tá bombando. Conheci seu som há pouco tempo e gostei bastante. Sucesso nas rádios, música capturada para a trilha da novela das oito...o álbum, Back to Bedlam, já é um fenômeno. Mais bacana que tudo isso é a história do cara: ele servia na guerra de Kosovo e, em meio a bombas e rajadas de metralhadoras, começou a registrar em palavras os seus sentimentos. E aí não demorou pra sacar que suas armas eram outras: música e mensagem. Aqui embaixo vai um trecho de "You're beautiful". Curioso é saber que Elton John apontou essa canção como a "continuação moderna" de "Your song". Bacana! Adoro as duas!

You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you
.

19.3.06

Uma noite com Maria Rita...

Vestido verde longo - sem a polêmica bandana na cabeça - Maria Rita pisa o palco do Claro Hall. Ela caminha no compasso dos primeiros acordes de "Muito Pouco", de Moska. O público delira, saudando e reverenciando a novidade da MPB mais festejada dos últimos tempos, em show no Rio pensado para a gravação de seu segundo DVD. Iluminação bem trabalhada, banda bem entrosada. Sobra, então, espaço para a cantora esbanjar seu talento. E ela o faz. Mesclando músicas do trabalho mais recente, "Segundo", e hits do fenômeno "Maria Rita", ela consegue cativar a platéia - que, aliás, não estava lotada. Quem não foi, perdeu...
Perdeu uma cantora em excelente forma e com um repertório que gruda nos ouvidos. Na minha modesta opinião, só "Mal Intento", de Jorge Drexler - apresentado pela artista como "o único latinoamericano com um Oscar na prateleira" - destoa no show. Lembrando de Tom Capone, Maria Rita se emociona no início do set dedicado a Rodrigo Maranhão - compositor das duas "músicas de trabalho" do segundo disco da cantora - a ela apresentado por Capone, produtor de seu disco de estréia. E é na hora em que a cantora destila os sucessos de seu primeiro disco que o público mais responde. "Menininha do Portão" e "Encontros e Despedidas" são cantadas em coro.
foto de celular
O grande momento do show é todo de Marcelo Camelo. Sem citar o nome do compositor, Maria Rita canta grandes sucessos, que parecem ter sido pensados mesmo para sua voz. "Todo carnaval tem seu fim", "Santa Chuva" - em dueto com ela mesma - e "Casa pré-fabricada" também emocionam os fãs. Assim como a singela interpretação de "Sobre todas as coisas", de Chico Buarque. Lá pelo meio, os fãs de outro Marcelo - o Falcão, do Rappa - têm motivo de alegria: interpretações bonitas de "A paz que eu não quero" e "O que sobrou do céu".
No bis, ela entoa logo de cara "Despedida" - outra do Camelo - acompanhada apenas pela percussão. O público fica quase em transe, o silêncio pode ser ouvido de longe. E ainda viriam "Conta Outra" (Edu Tedeschi), "Cara Valente" (Marcelo Camelo...de novo!!!), "Festa", do padrinho Milton Nascimento, e "Lavadeira do Rio", de Lenine - o produtor do "Segundo". Aplausos calorosos. E a gente sai do show achando que a cantora escolheu a canção de Moska para abrir a apresentação por um motivo bem claro: uma hora e meia é, realmente, "muito pouco" para conferir todo o talento dessa moça.

18.3.06

Poente

Ali, de frente pro mar, sentiu a brisa refrescar-lhe o rosto. O sol já tomava o caminho de casa, o ar já tinha mais frescor. Final de tarde. O balé dos pássaros em busca de peixes encantava a todos que tinham ficado até mais tarde na praia. A claque de sempre, disposta a aplaudir quando sol e mar se encontrassem...
Pensou nos encontros da vida. E nos desencontros. Gente que passa como se nem tivesse existido. Gente que nem parece existir, e que, quando nos deixa, faz pensar que somos nós que não mais existimos.
Ali, de frente pro mar, ondas suaves molhando a areia, pensou em como é importante insistir. Como o sol, que busca o encontro com o mar - que nunca se concretiza - desde que o mundo é mundo. Como o vento, incansável em seu sopro infinito. Como os oceanos, que não se cansam de ir e vir, mudando e moldando marés e mares. Levantou-se, caminhou até a beira das águas. Deixou que tocassem seus pés. Buscava o contágio, queria ser contaminado pela energia da insistência, que impede que o mar para de sacolejar, que impede que cesse o vai-e-vem das ondas. Sorriu. Pés molhados, tinha conseguido. No horizonte, o sol já dava adeus. Aliás, até logo. O sol, lembrou-se, também era insistente...

Salto Novo...

Três meses fora do ar. Dei um tapa no visual, voltei a malhar - e, claro, já tirei férias da academia. Trabalho árduo nos bastidores, escrevendo, editando. Reuniões, inúmeras.
O tempo passa e a gente nem sente. E, de repente, quando falta pouco mais que uma semana pra voltar pro ar, dá aquele frio danado na barriga...
Hoje fui pro estúdio. Conheci o cenário novo do programa. A equipe da cenotécnica e da luz em polvorosa: muda cenário, muda tudo! As vinhetas também serão novas. Logomarca nova. Só fica uma coisa: o nosso desafio de buscar fazer sempre o melhor.
Então, amigos, anotem: Salto para o Futuro, de cara nova, estréia no próximo dia 27/03, ao vivo, às 19h, na TV Escola (canal 27-Sky / canal 237-DirecTV), com reprise no dia seguinte, às 9 da manhã, na TVE. O programa vai ao ar de segunda a sexta, moçada! E nessa primeira semana, com a apresentação desse simpático blogueiro que vos escreve!
Conto com vocês!
[]s!

"Vem andar e voa..."

A voz suave da Marisa Monte não sai da minha cabeça ultimamente. Ela anuncia um certo vilarejo, onde areja um vento bom. Diz que, lá, portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar. E mais: o paraíso se mudou pra lá, onde o mundo tem razão. Um lugar onde os sonhos semeiam um mundo real; onde o tempo espera...onde há pão em todas as mesas, flores enfeitam destinos, caminhos, vestidos...!Que beleza!
Na minha modesta opinião, é disparado uma das mais bonitas músicas do disco novo da Marisa - o da capa preta, Infinito Particular. O outro, coloridão - de sambas - ainda não ouvi. E muito me anima ouvir dizer que é ainda melhor...

17.3.06

Carioca por dádiva

Aterro do Flamengo. O corredor formado pela copa das árvores encobre o ônibus. A cada curva, uma paisagem nova e bela. Mais e mais bela. De um lado, o Pão-de-açúcar parece nos saudar, desejando um bom dia. A cada ponto em que o ônibus busca passageiros, o espetáculo oferecido pela natureza parece ainda mais espetacular. O sol, filtrado por nuvens brancas - sim, não é original dizer que elas parecem de algodão, mas parecem - batendo no espelho d'água, batendo na costa do Morro da Urca. Avançamos. Trânsito bom. Dia de sorte...
Agora é a Santa Marta que nos ladeia. Imponente, não se pode negar. Cravada no meio de Botafogo, colada na São Clemente. Um par de santos para nos proteger e abençoar. Ali, mais na frente, o chefe deles; braços abertos, ensaiando um abraço que nunca se completa sobre a mais bela cidade do mundo.
Dá pra começar um dia melhor? Acho que não! Morar no Rio - apesar de toda confusão e de todas as bobagens que andam fazendo com esse lugar - só pode mesmo ser um presente de Deus. Nascer carioca é nascer abraçado por aquele Cristo lá do alto do Corcovado.

15.3.06

O retorno da boa filha...

Como é bom ter a Mônica Waldvogel de volta ao jornalismo diário. Charme, beleza, simpatia, credibilidade e competência, agora no Jornal das 10, da Globonews!

Bora passear?

Os acordes levam pra longe.
Num milésimo de segundo, distância.
Daqui, do agora, ficam o som e a beleza da voz que conduz aquela viagem.
Passeio, caminhada por tudo o que poderia ter sido e que não foi.
Passado, ficou.
Passeio.

Os acordes trazem de volta.
Naquele instante, vontade.
Tudo é supresa: o olhar, o sorriso tímido, o impensado destino que ganha forma.
Passeio, trilha nova que surge sob os pés.
Presente, agora.
Passeio, vôo sobre os desejos de tudo o que pode ser e que tanto se quer que seja.

Os acordes cessam.
Silêncio, tranqüilidade.
Tudo é incerto: o outro segundo, a outra hora, os outros dias.
Passeio, rota desconhecida que não se quer percorrer só.
Futuro, quando?
Passeio, vamos?

14.3.06

Bad, bad server.

Prezado visitante, desculpe-nos pelo transtorno. Estamos trabalhando para melhor atendê-lo. Estamos efetudando reparos no template deste blog, o que ocasionará eventuais instabilidades. O sistema pode ficar inoperante por alguns instantes. Queria desculpar-nos.

Logo nova


babelturbo by Rodrigo Branco Posted by Picasa

Essa é a logo criada pro meu blog pelo amigo Rodrigo Branco. Estamos em testes. Em breve, se Deus quiser - e algum outro expert em html ajudar - ela vai figurar lá em cima da página!rs...
Valeu, delegado! Ficou 10 mesmo!
[]s!

Cada dia uma, Kelly?

Pausa rápida na correria do trabalho. Fome. Uma nova Bella colega de trabalho, faminta como eu, resolve ir comigo à lanchonete de sempre, na esquina da tv. Entro. Brinco com todo mundo - são anos comendo no mesmo lugar. Faço o pedido, vou lavar as mãos. Sentamos, começamos a bater papo.
Eis que surge Kelly. Kelly é a típica "funcionária do mês", sabe? Aquela, da fotinho pendurada na parede e tudo! Gosto dela. Sempre é atenciosa, sempre simpática; a gente nota que ela é o tipo de pessoa que rala mesmo, que não tem medo de trabalho. Já conhece minha voz pelo telefone, quando recorro ao serviço de entrega por falta de tempo ou preguiça de andar até a lanchonete. Pois bem, Kelly surge. Olha pra mim e pra minha nova amiga de lanche. Sorri e, sem pestanejar, solta:
- Murilo, lanchando com outra menina bonita!!!
Pára tudo! Como assim? Com uma frase a Kelly poderia ter arruinado horas e horas de investimento, de lábia, de charme jogado pra cima da moça! Já pensou? Sorte que a Bella é coleguinha mesmo! A gente se olhou e começou a rir da situação...
Vou dar um toque na Kelly. Tudo bem que ela nunca queima o pão integral com queijo minas, tomate e orégano! Mas também tem que prestar atenção pra, no futuro, não queimar meu filme, né?

13.3.06

Guerreira

Não, não foi um encontro cara a cara. Meu encontro com Glória Perez foi virtual. Não lembro nem como e nem porquê, lembro apenas que fiquei sabendo que a página da autora no orkut tinha sido invadida por uma onda de scraps violentos. Os pretensos defensores dos animais - por ocasião do lançamento de "América" - acharam por bem protestar usando, para isso, fotos e recados que relacionavam a exploração de animais em rodeios ao assassinato de Daniela Perez. Tudo muito baixo, muito chocante! É nessas horas que a gente vê como o ser humano pode ser perverso...! Os animais não poderiam encontrar piores defensores para sua causa...
Mandei uma mensagem de solidariedade. Sem pretensões, apenas quis mandar uma mensagem para alguém que, sabia, estava vivendo um momento difícil. Glória respondeu no ato. Agradeceu-me pelo apoio, e me mandou um dossiê com parte das violentas manifestações em sua página do orkut. Espantado com a violência do material e sem ter o que dizer, apenas sugeri que ele botasse a boca no mundo informando, inclusive, a polícia. Bom, ela fez isso.
A novela começou, fez muito sucesso. Não tivemos mais contato desde então. Mas hoje, ao ver que essa acreana guerreira foi a Brasília clamar por leis mais duras na punição aos crimes de homicídio, senti vontade de dizer: que bom, Glória, que você não esmorece; que você é consciente dos teus direitos, dos nossos direitos! E que bom que, mesmo passando pela dor mais profunda que pode atingir um ser humano, você consegue reunir forças para brigar pela sua causa e por tantas outras que atingem tantos brasileiros como eu. Como você...
É essa consciência de cidadania que pode - e vai, se Deus quiser - fazer do Brasil um país melhor!

Mais uma do Clô

No sábado, cheguei em casa no meio do programa do Serginho, o "Altas Horas". Não deu pra ver tudo, mas pelo pouco que vi deu pra perceber que todas - é, TODAS - as respostas do Clodovil estavam editadas! E que, é claro, ele nunca respondia o que lhe era perguntado (lembram como ele gosta de divagar, né? Fala da mãe, de Deus, do pai; de tudo, menos do que lhe perguntaram). Pois é. Ainda assim, inocente, achei apenas que ele tinha falado demais...! Que nada! O cara soltou cobras e lagartos* durante a gravação e ainda deu uma alfinetada no Serginho. Meu Deus, por que esse pessoal ainda dá espaço pro Clodovil? Não tenho nada contra ele, acho que tem méritos: é um bom comunicador, tem um público que lhe é fiel...! Mas o cara não consegue controlar a língua, minha gente!
* clique e visite a coluna on line do melhor jornalista de celebridades do Brasil: Ricardo Feltrin, da Folha On Line

11.3.06

Coisa linda do tio أسامة بن لادن

Wafah Dufour é o nome da bonita moça que parece nos convidar pra dentro da banheira. No ano passado, ela posou para uma revista masculina. Agora, assinou um acordo para participar de um reality show sobre sua vida. Parece ser mais uma bela querendo virar celebridade; normal hoje em dia. Agora, célebre mesmo é o tio de Wafah: أسامة بن محمد بن عود بن لادن. É isso mesmo: o homem mais procurado do mundo, que desbancou o bicho-papão do papel de vilão nos sonhos ruins das criancinhas americanas, parece ter uma sobrinha disposta a tudo para aparecer!
É...أسامة بن لادن, que lidera legiões inteiras de homens-bomba, tem uma sobrinha que é um verdadeiro estouro! Só resta saber se ela avisa aos pretendentes que tem um tio meio pavio-curto...

Pelo final feliz aqui, agora e já!!!

Nos últimos dias, minha mãe estava incomunicável no horário da novela das seis. Só queria saber de Cristina, Serena, Rafael e cia. É, minha mãe ficou vidrada em "Alma Gêmea". Hoje, dia do último capítulo da trama de Walcyr Carrasco, cheguei em casa e bati um papo rápido com ela: - Como é que pode? - indignava-se - Os dois sofreram tanto a novela inteira, e ainda morreram no final! E aquela megera, que tanto aprontou, teve uma morte boba daquelas...
Logo saquei que Rafael e Serena tinham ido curtir o romance do outro lado da vida. Mas um detalhe me surpreendeu: o fim da vilã foi a morte, presa num incêndio. É, minha mãe tinha sede de vingança e achou que morrer carbonizada era pouco para a personagem da Flávia Alessandra...Também chama atenção o desejo do público pelo final feliz. Em "Alma Gêmea", ele foi garantido, com o autor reforçando sua tese de que o amor, quando verdadeiro, supera qualquer coisa. Os protagonistas - li depois, na internet - demonstraram ser almas gêmeas, com direito a efeitos especiais mostrando as várias caras desse amor secular. Para o telespectador, parece pouco. Séculos e séculos de um amor é pouco. E também parece ser insuficiente a garantia de que esse amor vai seguir em frente, mostrada no encontro de um casal de crianças (Rafael e Serena), em 2006. A vida anda tão dura, é tão difícil acreditar num final feliz, que é bom ver tudo resolvido por aqui mesmo, no plano terrestre. Parece cético demais? E é!

10.3.06

Dueto...

De repente, voz vira música; respiração, melodia...tudo fica mais colorido, as cores parecem gritar aos nossos olhos. Num instante, o que não tinha sentido algum passa a ter todo o sentido do mundo. E todo o sentido do mundo parece um só sentido, como uma via de mão única, que aponta pra um lado só. Mãos que se procuram, bocas que se acham, corpos que se atraem...E assim, de um jeito que não se pode explicar, nem definir, nem entender - só sentir - onde antes parecia haver duas vozes, cansadas de gritar sozinhas, nasce o que pode ser o mais perfeito dos duetos...

9.3.06

Pra Monica

Encontrei uma "nova velha amiga" essa semana. Ela é das escritoras mais inspiradas que já encontrei na net. Conversamos rápido, no corredor da tv mesmo. E ela me confirmou que seu blog subiu no telhado. Por tempo indeterminado. Uma pena...
Acho que teu blog, Mônica, contribuiu muito pra que eu visse na internet uma ferramenta pra extravasar as idéias, pra escrever sobre as coisas que passam por nós no dia-a-dia e que, sem registro, cairiam no esquecimento.
Entendo tuas justificativas. Concordo com elas. Mas lamento, viu? Como leitor, lamento muito!
Depois que nos despedimos, subi e fiquei pensando como foi bom ter esbarrado com você por esse mundo! Curioso, mas a gente sabe reconhecer quem tem um astral legal (mesmo que só tenha tido duas ou três chances até aqui, reconheci logo isso em você). Devo mais essa praquela nossa amiga tão especial, tão...lindona!
Bjão! E se mudar de idéia e quiser voltar a ter a vida "dividida em posts", avisa tá? É muito bom te ler!

Voltamos a apresentar...

Bom, depois de um dia todo dedicado ao International Women's Day, com um post único homenagenado as moças, voltamos à nossa programação normal!
Obrigado a todos os amigos pelas visitas (confesso, não esperava tantas em tão pouco tempo) e pelas mensagens carinhosas!
[]s e bora escrever!

8.3.06

Mães, filhas, amigas...mulheres!

A vida brota delas. Delas são os sorrisos mais belos, mais carinhosos. Os olhares mais ternos, maternos. Os carinhos primeiros, os cuidados primeiros. Delas vêm o primeiro colo, o primeiro beijo...A elas, o mundo deve muito. Sim, elas emprestam charme, beleza, doçura, competência a qualquer paisagem! Tornam a vida mais gostosa, mais perfumada, mais bonita só pelo fato de existirem.
Pra pagar a dívida, confesso que acho um dia muito pouco. Ainda que "internacional", é pouco! O ideal é dizermos, sim, todos os dias, o quanto as amamos, o quanto elas nos fazem felizes, o quanto tornam tudo muito melhor.
A vocês, Ismênias, Éricas, Marias, Rutes, Solanges, Ísis, Bias, Júlias, Letícias, Marlúcias, Marilenas, Aurilenes, Vanessas, Danielas, Nailas, Bárbaras, Isabellas, Fernandas, Biancas, Anas, Cristinas, Lucianas, Mônicas, Telmas, Renatas, Florenzas, Veras, Fabianas, Tatianas, Robertas, Flávias, Michelles, Albas, Alices, Cássias, Gabrielles, Fátimas, Patrícias, Carmens, Danielles, Penhas, Grazieles, Daianes, Narcisas, Alines, Raquéis, Alessandras, Jakelines, Elisângelas, Carlas, Giselles, Regianis, Sabrinas, Eurídices, Rafaelas, Sílvias, Elaines, Christiannes, Elianes, Vivianes, Leilas, Carolinas, Marisas, Ivetes, Priscilas, Meires, Rosanas... parabéns por mais esse dia internacional, em que tentamos todos chegar mais perto de devolver tudo de bom que vocês nos dão em todos os outros dias do ano.
Bjs!

7.3.06

Do you like spam?

Um dos posts mais comentados desse blog novato aborda as pragas cibernéticas. Mas uma delas, a mais devastadora de todas, acabou ficando de fora do texto. Quem suporta os spams que lotam nossas caixas de entrada?
Os títulos são curiosos. "Do You Like Penny St0cks", pergunta um dos últimos que recebi. E os temas são variados. Desde ofertas de viagens imperdíveis que, sinceramente, não quero fazer; até dicas mais ousadas, como o "Fantástico Guia do Orgasmo Feminino". Sem falar no indesejável "Aumente seu pênis", a mensagem que homem nenhum quer ler! Eu hein?!
Bom, pra saber mais sobre spam - e se tiver tempo pra ler - clique aqui.

Meu encontro com a Sangalo

Chego, confiro...a lista com os nomes de toda a equipe está correta. O segurança - sisudo como todo profissional dessa categoria - faz um sinal de ok. Seremos acompanhados por alguém da equipe. E lá vamos nós, operários do finado Babel. Cruzamos a casa de espetáculos pelos fundos. O som - já alto - anuncia: ela já está no palco. Pra mim, tudo novo: nunca tinha conhecido as entranhas de uma casa de shows. E, de repente, saímos da garagem e estamos sobre o palco, na coxia! De cara para Ivete Sangalo e seus bailarinos...! Depois de mais de um ano tentando agendar a entrevista (alguém já viu a agenda dessa mulher???) estávamos muito perto de conseguir...
Não lembro de quando comecei a gostar dela. Sei que, ainda no Segundo Grau (é, na minha época Ensino Médio era chamado de Segundo Grau...) ouvi Beleza Rara pela primeira vez. Era o boom da Banda Eva, com o lançamento de um CD gravado ao vivo. Comprei o disco. E Ivete começou a aparecer cada vez mais. Sempre com uma tirada engraçada, sempre surpreendendo pelo talento de cantora e pelo humor inconfundível.
Bom, anos depois, estava eu lá. De pé, no palco, vendo o primeiro show dessa baiana arretada. A missão era profissional, o que me impedia de curtir um show da Ivete como se deve: pulando até não agüentar mais! E me mantive firme em meu propósito.
O show termina. Ivete sai pelo outro lado do palco - o lado oposto ao que estávamos eu, Léo, Tati e Teo. A gente vai pra trás do palco e se depara com a primeira surpresa: antes de ir pro camarim, ela pára e tira fotos, dá autógrafos. Calmamente, ainda bate papo com alguns fãs. Boa surpresa: ela parecia ser mesmo simpática.
Uma outra equipe de tv entra no camarim na nossa frente. Mais expectativa: tenho uma pauta longa em mãos, e o assessor de Ivete tinha me avisado previamente: 10 minutos de conversa com a estrela. A porta abre. A outra equipe sai. Chega a nossa vez...
Entro tímido. Sinto o rosto meio quente; certamente eu estava vermelho! Jesus - empresário e irmão da cantora - avisa que posso me sentar. Ao lado dela. E Ivete, sorridente, estende a mão e inicia o ritual que eu devia ter começado:
- "Oi, seu nome é?"
Naquela hora, tive a certeza de que o papo seria bom. Só não sabia, ainda, se o tempo que tinha para gravar seria suficiente para cumprir minha pauta. Só 10 minutos, meu Deus! Enquanto a equipe montava os equipamentos, eu tentava disfarçar a tensão. E aproveitava a visão, é claro: ela é mesmo linda!
Começamos. Falo um pouco mais rápido que o habitual. Sei que quem deve falar ali é ela. E ela fala. Bastante, como se me conhecesse há muito tempo. Conta histórias, faz piadas, me chama pelo nome, como se fôssemos velhos conhecidos; brinca com a gente e com o assunto - o culto às celebridades. Dez minutos? Que nada! Ivete conversou com a gente tranqüilamente, por quase meia hora! Numa brincadeira, ainda disse que eu era a celebridade. E que estava feliz porque, depois de mais de um ano, eu tinha aberto espaço na minha agenda para entrevistá-la! Baiana moleca!
No final, agradeço. Beijinhos no rosto. E entendi nesse instante a equação que fez dessa baiana nascida em Juazeiro a cantora mais querida e mais popular do Brasil na atualidade: talento, profissionalismo, simpatia e inteligência. De mãos dadas, novamente tímido, eu disse:
- "Você merece, viu?"
Ela sorriu.
Merece mesmo!
[]s!
PS.: O que ninguém merece é tirar a foto com a Ivete e sair de olho meio fechado. Sorte que tenho amigos que conhecem tudo de Photoshop, né, Rodrigo Branco?

6.3.06

Virou moda?

E assim, de quadro em quadro, de medalha em medalha, vão se esvaindo partes importantes do Patrimônio Cultural brasileiro. Uma pena...

Bagdá é aqui!

Olhando imagens como essa e lendo essa notícia, dá pra ter dúvidas de que a gente está mesmo vivendo uma guerra? Difícil, porque quando os bandidos não têm mais medo de invadir e roubar um quartel do Exército, é porque as coisas realmente não vão bem, certo?

Sobre o filme dos cowboys

É o filme mais comentado da temporada. Bela fotografia, bela música. Uma bela história. Vi só ontem e, na minha modesta opinião, querer rotular "O Segredo de Brokeback Mountain" como um filme gay é não querer ver como a história contada por Ang Lee é universal...
Quem nunca quis viver um grande amor? E quem nunca teve a impressão de "ter encontrado a pessoa certa na hora errada, no lugar errado"? Algumas vezes é mesmo o lugar errado. Em outras, a "pessoa certa" não é tão certa assim. Mas a gente segue tentando, o importante é não desistir da busca. O importante é não deixar que nada nem ninguém venha impedir que essa procura seja feita. E viver, caso haja o encontro tão sonhado.
Só isso já faria de Brokeback Mountain uma história universal. E, mais ainda, quando a gente pensa que todo mundo apanha um bocadinho até encontrar e viver um grande amor. Mas, depois de ver o filme de Ang Lee - favorito ao Oscar 2006* - a gente sai do cinema com a impressão de que tudo é muito pouco pra impedir que um grande amor possa ser vivido.
* nem sempre o favorito chega na frente. Foi o que houve no Oscar desse ano. Crash na cabeça.

5.3.06

Até quando?

Quando acessei a internet naquela noite e vi a notícia no site do jornal O Dia, algo mexeu aqui dentro. Era um jornalista carioca, como eu, jovem, também como eu. Morto. Covardemente morto por assaltantes. Li a matéria e me senti realmente tocado pela história. Lá estava um link para o blog que o Fervil tinha. Abri, li alguns posts. E comecei a chorar. Parecia que conhecia o cara de muito tempo...
Não conhecia, de fato. Aliás, por tudo o que li, posso dizer sem medo de errar que infelizmente não tive o prazer de conhecê-lo. Era um cara inteligente, competente, cheio de planos e de coisas a realizar ainda. Isso me tocou! Juventude é um assunto que me fascina, e é muito duro quando as histórias de jovens são abreviadas tão precocemente. Lembro de ter escrito um comentário no blog, prestando solidariedade à família e aos amigos. Também lembro de ter recebido um e-mail de algum desses amigos, agradecendo pelo que tinha escrito.
Agora, esse assunto voltou à tona porque um primo meu foi vítima da violência. Dessa violência imbecil que tira do nosso convívio pessoas como o Fervil. Fábio, meu primo, graças a Deus está se recuperando. Mas dói pensar que, numa dessas, a gente pode perder uma pessoa tão querida, tão amada, tão importante em nossas vidas.
Perdi meu pai cedo, portanto, perdi também o modelo que os garotos pequenos sempre têm a seguir. Aquele exemplo de cara, de conduta. Mas Fábio sempre foi esse exemplo pra mim, talvez sem nem saber disso! Um dos modelos que escolhi pra seguir: de conduta, de humor, de caráter. Ele, que sempre diz que me ama, me ensinou – sem saber – que um homem pode dizer a outro que o ama. Com ele aprendi que amizade não significa sempre um contato direto, próximo, constante; os amigos verdadeiros são aqueles que a gente pode até passar muito tempo sem ver, mas que, quando encontra, parece que o último papo foi na véspera.
Fábio, se Deus desviou essa bala do teu coração, é porque ele sabe – como eu sei – que esse bichão batendo dentro do teu peito é o que você tem de melhor!

Vou de táxi...

Fiquei impressionado. Num trajeto de pouco mais de vinte minutos, ele conseguiu tecer análises sobre política (o forte de todos os taxistas), sobre o resultado esquisito do carnaval carioca em 2006 e sobre a violência...
Mas a frase que mais me chamou a atenção nem é inédita. No entanto, na minha opinião, ela traduz bastante os sentimentos de quem trabalha pra que esse país possa acontecer de verdade. É o maior e melhor exemplo da sabedoria de taxista:
- Povo, no Brasil, é igual cachimbo: nasceu pra levar fumo!
[]s!

Será? Será? Será???


Leio na Revista da TV uma matéria comovente. Nela, Léa, a motogirl que participou da atual edição do Big Brother lamenta sua sorte pós-BBB. Nada de ensaios sensuais, nada de convites para posar nua. Ou seja: nada de grana! E a moça - que não quer voltar à rotina de pilotar motos pelas ruas de Sampa - pergunta, lá pelas tantas:
— Será que eu sou tão feia assim?
Não sei explicar a razão, mas fiquei imaginando o que o personagem que o Luís Fernando Guimarães interpretou no Fantástico responderia. Lembram dele, né? O Super Sincero...

3.3.06

Your song...

So excuse me forgetting, but these things I do
You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is, what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen

Sonzinho light na sexyxta-feira...

O ônibus tem ar condicionado. A passagem é cara. Muitas poltronas, é claro, estão vazias. O clima é tranqüilo e nem se percebe que, lá fora, a temperatura passa dos 27º - quase às 8 da noite! O silêncio é um convite a uma boa leitura - para quem, é claro, não enjoa lendo em ônibus - ou a uma relaxante soneca - a opção eleita por mim, eterna vítima dos enjôos. Eis que o conforto, a tranqüilidade e o silêncio do ambiente são quebrados por uma voz. Alta. Esganiçada. E com um texto que todo mundo que anda de ônibus aqui no Rio de Janeiro já deve conhecer:
"Senhores passageiros, desculpe incomodar o conforto da sua viagem!"
Por que todos sempre começam assim? É claro, os vendedores de guloseimas em ônibus sempre encontram um jeito de personalizar a sua abordagem. Esse, que encontrei hoje, tinha uma forma curiosa de se apresentar:
"Vejam o que o ambulante trouxe para alegrar a sua viagem..."
Sim, ELE É O AMBULANTE, e se apresenta assim mesmo, na terceira pessoa! Em seguida, um festival de torrones, jujubas, amendoim japonês, paçoca em cubo, paçoca redonda, paçoca de todas as formas! Chocolate "emportado", chocolate nacional e balas, uma infinidade delas! Mas o destaque é um drops, genérico daquela marca que todo mundo conhece...
"Essa aqui é refrescante, sabor fruti-fruti (sic), pra quem ainda pretende beijar na boca nessa sexyxta-feira".
É... ele, o ambulante, era ousado! E essa ousadia só foi interrompida quando o motorista percebeu que o vendedor de doces, digamos, estava se exaltando demais na propaganda - a alma do negócio. Lá da frente, o piloto bradou:
"Ô, ô! Vamu botar um sonzinho mais light nisso aí!"
A risada, geral, foi contida. Sonzinho light pra mim, até então, era programação de FM adulta! O vendedor, tímido, fez um sinal de "ok" com o polegar de pé, e atirou um pacotinho de amendoim japonês pro motorista-fiscal-do-nível-de-decibéis. Sem vender quase nada, desceu na outra parada.
"Valeu, padrinho!"
E lá se foi o ambulante ousado, balas refrescantes de fruti-fruti na mão, sem sucesso na noite de sexyxta-feira...

E-corrente

O post sobre o Orkut me fez lembrar de um outro detalhe, outro exemplo da falta de elegância no mundo-cyber: os e-mails de corrente! Tem coisa pior do que abrir a caixa de entrada e ver que tá lotadinha de mensagens desse tipo? Orações em corrente, simpatias em corrente, até questionários auto-referentes (aqueles que o cara manda pra vc responder sobre ele, sabe?!) em corrente! E aquelas mensagens terríveis sobre "o guaraná que provoca a falência dos rins", sobre "uma nova técnica de assalto" e, claro, sobre o "orkut, que vai começar a ser pago em...outubro"!
Aliás, alguém sabe em outubro de que ano o orkut vai começar a ser cobrado? Eu hein! Parece até lenda urbana!rs...
[]s!

Có-có-ri-tchim!!!



O papo no trabalho ia muito bem, até que descambou para as catastróficas previsões para o futuro da humanidade, graças a gripe aviária. A mais nova é a do gato, que comeu o que não devia e acabou vítima da peste. "Que horror", disse uma amiga. "Vai ser como a gripe espanhola", previu outra. "E o especialista disse no programa da Oprah que não vai haver leitos em hospitais quando o vírus passar a ser transmitido entre humanos", bradou uma terceira.Depois, fez-se o silêncio. A gente com tantos planos, com tantas metas...e todo mundo pode estar ameaçado de morrer... de gripe!

Orkut, Bethânia e...Didi de Bethânia!!!


O Orkut tem umas coisas muita engraçadas. Outro dia, recebi uma mensagem apaixonada de um fã da Bethânia. Não, ele não me confundiu com a irmã do Caetano, é claro! Como eu, ele está na comunidade de admiradores dessa cantora baiana. E, sei lá o motivo, resolveu me deixar um recado dizendo que "me amava por tabela"! Fiquei espantado, e essa foi a primeira vez em que isso aconteceu desde o meu ingresso nesse site: ser amado só por ser fã da Bethânia? Eu hein! Foi demais pra minha cabeça!rs...Sei de gente que tem problemas no namoro, sei de empresas que vasculham o orkut de possíveis futuros contratados, sei de gente fofoqueira que sabe de tudo o que se passa na vida dos outros graças ao tal do orkut. Sei até de alguns orkuticidas, que resolveram dar fim à "evasão de privacidade" proporcionada pelo site. Sem analisar prós e contras - acho que todo mundo já encontrou os seus - acho que nada pode ser pior em matéria de orkut que os scraps coletivos. Que porre! É um tal de clique na bombinha, clique no mamute, clique no peixinho...outro dia recebi um "clique na menininha"! Francamente! Parece até coisa de pedófilo!Não clico, ok? Em nada! E deleto todas essas mensagens! São feias, não querem dizer nada, e ainda deixam a navegação (ainda mais) lenta. Nunca é pessoal, mas apago mesmo. Ah, sim...na dúvida, apaguei a mensagem do outro fã da Bethânia. Mas, graças a Deus, ele ainda não resolveu mandar outra no estilo "clique em Bethânia"!rs... E se isso serve como algum termômetro, essa comunidade de fãs da Maria Bethânia tem cerca de 1.900 membros.

Curiosamente, a comunidade "Didi de Bethânia", que celebra a paródia de "Teresinha", de Chico Buarque, feita por Renato Aragão e Cia. no saudoso "Os Trapalhões", tem mais de 5.100 inscritos. Vá entender, né?

[]s!
PS.: Sim, também faço parte da comunidade "Didi de Bethânia"! Até baixei o vídeo da sátira, que está disponível lá na home...! Êeeee saudosismo!rs...

2.3.06

Sabão crá-crá...



Lembro bem daquele dia. Era um domingo. Fui até a esquina buscar o jornal. Seu Giovanni, o jornaleiro, estava com cara de poucos amigos. Afoito, logo revelou o motivo da expressão carregada: "um acidente terrível com os 'Abóboras Selvagens'. Voltei pra casa correndo. Tinha 16 anos, mas a iminência de um grande fato já me excitava. Deve ser algo no DNA do jornalista, acho. Bom, o jornal ainda não trazia nada sobre o acidente. Pensei na pobre da Paula Toller. Engano meu. Engano de "seu Giuovanni". Mas a confusão hortifrutigranjeira foi esclarecida pela tevê: o acidente terrível tinha mesmo acontecido. Mas as vítimas eram os rapazes do grupo "Mamonas Assassinas".As imagens e as informações eram chocantes. Os meninos tinham morrido, no auge do sucesso. E o Brasil chorava. As crianças apareciam nas reportagens chorando, cantando os versos grosseiros e bem humorados que aquela banda tinha enfiado no imaginário popular. Logo, as reportagens eram sonorizadas com versões açucaradas de "Pelados em Santos", um dos maiores hits da meteórica carreira dos Mamonas. Tudo triste.Aquele assunto monopolizou as atenções por um bom tempo. Falha do piloto? Algazarra durante o vôo? Pane no jatinho? Eram muitas as hipóteses para explicar o inexplicável: os cinco excêntricos garotos de Guarulhos tinham desaparecido como fumaça, tão rápido quanto apareceram. A televisão repetia à exaustão programas e shows da banda. Eu mesmo gravei muita coisa no velho videocassete aqui de casa. Na escola, meus amigos só falavam disso. Nas aulas, bagunçamos tudo o que pudemos cantando as músicas debochadas e desbocadas do grupo. Pobre professora de Geografia! Quem se interessava pelo Mercosul naqueles dias pós-morte dos Mamonas?! (Aliás: quem ainda se interessa pelo Mercolsul hoje em dia???)Hoje, vi no final da tarde que 10 anos já se passaram. Curioso como a vida voa e a gente não percebe...! Ao zapear a tv e ver a imagem de Dinho, Júlio, Bento, Samuel e Sérgio, senti novamente pena dessa molecada. Senti saudade de um tempo que foi, não volta mais, e eu nem senti que passou...

Fora da área de cobertura

A nota, da coluna do Ancelmo Góis de hoje, é divertidíssima. O cantor Agnaldo Timóteo, aquele da mamãe, mandou imprimir em seus cartões de visitas a observação, em negrito: “Não recebe chamadas a cobrar.” Bem sacado, né? Quer coisa pior do que receber ligação a cobrar? E, pior: aquele amigo duro que te liga - a cobrar - e desliga. A lógica: "você retorna pra mim pra não gastar muito"! Jesus, não dá no mesmo?! Eu não vou pagar da mesma forma? Bom, eu não! Nesses casos, não retorno. E chamada a cobrar eu também não atendo!
Você atende?
[]s!

A frase do carnaval...

Frase do amigo Armando Babaioff, anunciando-o no msn: "Quem entrar na net no carnaval é muito encalhado!!!"
Certíssimo!
[]s!
PS.: Claro, vi a frase porque entrei na net no carnaval! Mas só vi porque o Armando também se conectou!rs...

Vila Isabel x Unidos da Tijuca: decisão justa?





Sim, a apuração foi mesmo emocionante! Mas, cá pra nós...gosto da Vila, mas o título devia ser mesmo da Unidos da Tijuca, né? Por todas as inovações que tem trazido ao carnaval carioca, por fazer com que a festa deixe de ser a mesma coisa de sempre, pela criatividade de seus enredos, pelo luxo e beleza incontestáveis de suas alegorias humanas! O que é isso?!
Vi, na transmissão da Globo, o take de uma senhora chorando com as notas (injustas) que a Tijuca levava. Como ela, imagino, milhares de outras, que têm no carnaval a mais democrática expressão de alegria, devem ter derramado rios de lágrimas. Deu pena! A escola não merecia, definitivamente, terminar em 6º lugar! Ou será que eu pirei??? Se pirei, avisem! Vou me internar e levar comigo o pessoal do Globo, que deu o estandarte de ouro pra Unidos da Tijuca também.
Ah, sim...não é papo de perdedor, ok? Sou Mocidade desde criancinha. Mas dessa, convenhamos, nem é bom falar!rs...
[]s e Feliz Ano Novo! (sim, agora eu acho que começa, né?)