Nos últimos dias, minha mãe estava incomunicável no horário da novela das seis. Só queria saber de Cristina, Serena, Rafael e cia. É, minha mãe ficou vidrada em "Alma Gêmea". Hoje, dia do último capítulo da trama de Walcyr Carrasco, cheguei em casa e bati um papo rápido com ela: - Como é que pode? - indignava-se - Os dois sofreram tanto a novela inteira, e ainda morreram no final! E aquela megera, que tanto aprontou, teve uma morte boba daquelas...
Logo saquei que Rafael e Serena tinham ido curtir o romance do outro lado da vida. Mas um detalhe me surpreendeu: o fim da vilã foi a morte, presa num incêndio. É, minha mãe tinha sede de vingança e achou que morrer carbonizada era pouco para a personagem da Flávia Alessandra...Também chama atenção o desejo do público pelo final feliz. Em "Alma Gêmea", ele foi garantido, com o autor reforçando sua tese de que o amor, quando verdadeiro, supera qualquer coisa. Os protagonistas - li depois, na internet - demonstraram ser almas gêmeas, com direito a efeitos especiais mostrando as várias caras desse amor secular. Para o telespectador, parece pouco. Séculos e séculos de um amor é pouco. E também parece ser insuficiente a garantia de que esse amor vai seguir em frente, mostrada no encontro de um casal de crianças (Rafael e Serena), em 2006. A vida anda tão dura, é tão difícil acreditar num final feliz, que é bom ver tudo resolvido por aqui mesmo, no plano terrestre. Parece cético demais? E é!
3 comentários:
Querido! Adoro esse seu lado feminino - com todo respeito. Olha, apesar de eu não gostar de novelas, achei seu texto muito bacana, viu?! Realmente, a gente tem um jeito de escrever bem parecido! Beijão.
Não disse? Eu tive essa impressão logo que li a sua "mente"...rs!
Bjão, Tamita...volte sempre, ok?
Sinceramente...
O final de Alma Gêmea foi BREEEEEEEEGA demais. O que foi aquela sequência de várias vidas. E a imitação barata do final de A Viagem com os dois subindo e se encontrando em uma luz única??? Muito ruim!!!!
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