31.7.08

Cinegrafista-comédia...

Esse post foi removido.

Desculpem pelo transtorno, mas a internet tem dessas coisas...

E vamo que vamo!!!

Da série: "agora a coisa vai!!!" 4

Você, prezado leitor da cidade de São Paulo, pode respirar aliviado: Paulo Maluf é um dos candidatos à prefeitura!
Deve ser muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom viver numa cidade que tem candidatos dessa categoria, né?
Agora, falando sério (sim, até aqui era uma piada, minha gente!!!) já tinha lido sobre a candidatura do Maluf. Mas, ainda assim, levei um susto ao vê-lo, agorinha, discutindo os problemas da cidade no debate promovido pela Band. Como se nada tivesse acontecido, como se estivéssemos todos na Suíça... (ops...sem trocadilho, ok???)

A 'Rainha', enfim, se tranca no castelo...*

Depois de anunciar a gravidez em rede nacional, num programa de auditório, depois de exibir o parto no telejornal mais visto do país, depois de falar da vida pessoal nas mais diversas revistas do país; depois de tudo isso, Xuxa resolveu que não vai mais falar da sua "intimidade", e deu um chega pra lá na amiga Ana Maria Braga, que tentava saber novidades sobre o suposto-futuro casório de Xuxa e Szafir.
Sabe que eu acredito? Sério! Depois de falar tanto sobre a própria vida, acho que a loira deve ter enjoado.
Pelo menos, conheço muita gente que já enjoou de ver/ouvir/ler tudo que a mãe da Sasha diz por aí...


PS.: Aliás, nada contra a herdeira da Xuxa - e digo isso do fundo do coração! Mas fiquei meio espantado ao descobrir que a menina tem um
fã-clube. Fiquei achando meio assustador pensar que um grupo de pessoas resolva admirar uma garotinha só porque...ela é filha de alguém famoso...cada coisa!
* Seria o Castelo de Caras???

好运气,中国 *

Ontem eu escrevi uma crítica ao interprograma Segredos da China, que a Globo exibe nas madrugadas. Achei o programa meio chato e, também, a voz da apresentadora bem chatinha.
Puxa, e não é que a moça entrou aqui e comentou, cheia de garbo, elegância e da educação que tanto representam a milenar sabedoria dos povos orientais? E ainda assumiu: concorda que, no vídeo, sua voz não ficou bacana...
Não retiro o que disse, claro! Mas resolvi escrever esse post só pra parabenizá-la pela simplicidade e pela sinceridade com que tem comentado sobre as críticas na comunidade do Orkut. Entre outras coisas, ela diz que o (irrecusável) convite para apresentar o programa global "caiu do céu". Achei bacana essa honestidade com o público, ainda mais num meio de egos tão inflados...
Quanto ao Segredos da China, que o genial Tutty Vasques, do Estadão, classificou como o primeiro "cult-mico da televisão brasileira a propósito das Olimpíadas de Pequim", Elisa anuncia no Orkut que o fim está próximo: segundo ela, a última edição vai ao ar no próximo dia 7.
Elisa, obrigado pela visita! Um beijo pra você e, claro, "boa sorte, Brasiiiiiiil!"...rs
* Se você, como eu, não fala Chinês (e/ou Mandarim) segue a tradução do título: Boa Sorte, Chinesa. Essa "graça" só foi possível graças ao Google Tradutor - bem simples e prático. Vale a pena conferir!

30.7.08

Lobo bobo!

Vivemos numa sociedade livre, viva a democracia! Mas acho lamentável sempre que algum artista vem a público para falar a favor das drogas. Não critico quem argumente a favor da legalização - como diz o funk, cada um no seu quadrado. Mas quando dizem "gosto de fumar maconha", como o Lobão fez hoje, acho péssimo! Péssimo porque a maconha é ilegal e a grana que essa turma "descolada" usa para sustentar esse prazer sustenta boa parte da indústria de balas perdidas, tiroteios, fuzis e toda a sorte de violência da qual a nossa cidade é refém.
Pode quem quiser me chamar de careta, não tô nem aí! Mas achar que "fumar unzinho" não tem nada a ver com essa situação desesperadora em que se encontra o Rio de Janeiro, meus caros, beira a alienação. E, quando quem dá uma opinião desse tipo é um artista, mais peso há em jogo. Tudo bem que esse tipo de "revelação" do Lobão é do tempo de vovô criança, mas...ainda assim! Se não der pra ajudar, pelo menos poderíamos não atrapalhar, né?
E só pra constar: não tenho um pingo de pena de quem anda cheirando maisena, mármore e vidro moído! Nariz foi feito pra outra coisa, né não?

Ansioso por Pequim...

As olimpíadas estão aí e, além de comemorar os feitos dos atletas de todo o mundo - e as conquistas do time brazuca, claro!!! - a proximidade dos Jogos de Pequim me traz mais um motivo para comemorar: com as medalhas em disputa, espero que, finalmente, o insuportável interprograma Segredos da China, que a Globo exibe de segunda a sexta, após o Programa do Jô, suma do ar. Muito sem graça!
Sem falar que a voz da apresentadora, Elisa Jung, é muuuuuito chata! Virou até tema de comunidade no Orkut. com 14 membros, o grupo que diz odiar a voz da apresentadora justifica o ódio assim: "a voz dela é algo capaz de brochar até mesmo alguém que recebeu uma superdosagem de Viagra".
Tenho que concordar!!!

29.7.08

Na porta do banco, atriz fica com a poupança de fora...

Surreal a história da atriz Solange Couto, que ficou só de calcinha depois de ter problemas para entrar numa agência da Caixa Econômica Federal, aqui no Rio. Se for comprovada a história, Solange deve faturar uma bela - e merecida - indenização do banco.
Eu tenho particular implicância com as portas giratórias. Nunca soube de um único caso em que essas geringonças tenham impedido a realização de um assalto...

Um programa a caminho da extinção?

Depois de muitos anos no ar, Casseta & Planeta dá claros sinais de desgaste. E de falta de graça...


Acabo de ver mais uma edição do Casseta & Planeta. E tive a certeza de que a graça foi-se embora...! Os humoristas estão atirando pra todos os lados, sem sequer chegarem perto de fazer rir. A história do "Freecasseta" é das maiores bobagens que já vi na TV. E igualmente boboca soou o "Põe tudo em minha vida", em "homenagem" a Dercy Gonçalves. Pobre, gratuito e sem graça...
Aliás...é impressão minha ou Cláudia Rodrigues tá perdidíssima? A graça está passando longe da moça...
Enfim, a turma da Casseta precisa ver algumas edições do CQC urgentemente! Assim, talvez eles reencontrem o caminho da graça...
PS.: Não é por acaso que, segundo o blog da Rosana Hermann, o Casseta pegou o horário com 46 pontos e, em 20 minutos, caiu para 26. Quando o Toma lá, dá cá entrou no ar, sobravam apenas 20 pontinhos do Ibope para a Globo.

28.7.08

Triste notícia...

Muito triste a história dos pais que foram buscar o filho na creche e encontraram o bebê morto. A dona da creche diz que houve uma fatalidade, mas, ainda que ela esteja com a razão, ao menos para os pais ficará para sempre a impressão de que alguma coisa poderia ter sido feita para evitar essa tragédia.
O que dá pra dizer é que é quase inconcebível pensar que um bebê pode ter morrido por ter refluxo, algo cada vez mais comum...

A lua e nós...

A lua me acompanha onde quer que eu vá. Nas noites frias e nas quentes, quando alegro-me e quando é a tristeza que faz morada em meu peito. Solitários, acompanhados de nossas solidões notórias.
A lua brilha. Resplandece em meio ao azul fechado e, mesmo em noites nubladas, irradia sua luz por qualquer frestinha que encontre.
Eu, cá do meu canto, sinto que já me falta o brilho de antes. Tento encontrá-lo num lugar qualquer de mim, perdido numa esquina vã de minha existência...e não acho.
Olho para a lua, aqui, no céu sobre minha cabeça. E penso em você, no teu brilho. Tento entender tanta coisa e, de tanto ter dúvidas, experimento o sabor estranho da mais profunda ignorância. Sobre o que pensas, sobre você...sobre mim, sobre a vida. A vida, essa história em forma de enigma, repleta de incertezas a cada página.
Olho para a lua, aqui, no céu sobre minha cabeça. E penso em você...! Lembro que ela, não importa se cheia, minguante ou crescente, sabe muito de mim e das minhas coisas. Ela, a mesma lua que enfeita tuas noites aí, tão longe...

27.7.08

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 17

A notícia é da semana passada, mas não posso perder o bonde dessa história...
O governo do Estado do Rio lançou um sistema gratuito de internet sem fio na praia de Copacabana. Com a novidade, todos os usuários de computadores que tenham suporte wireless poderão se conectar à grande rede de graça.
Sem dúvida, um ótimo passo! Ainda mais sabendo que a previsão é de que a internet 0800 esteja disponível em todo o Estado até o fim de 2009.
Agora...alouô: dado o atual estado da (in)segurança pública que impera na nossa Cidade Maravilhosa, quem é maluco de levar um laptop pra praia de Copacabana, hein?

Alma Nua



Mais uma do Vander Lee. Essa, uma oração em forma de música.
Linda demais!

Amigos de Mickey invadem o 'Domingão'...

Depois de uma tarde inteira fazendo mil coisas, ligo a TV na hora do jantar. E me deparo, na Globo, com uma matéria sobre um templo de ratos localizado na Índia. A reportagem - que está no ar nesse momento - faz parte de um dos quadros do Domingão do Faustão.
É curioso, interessante mas...mostrar um festival de ratos (e moscas, muitas moscas) no horário em que milhões de famílias estão jantando não me parece algo muito apropriado. Nojento demais!
Pelo visto, o Q de qualidade foi pra PQP...

Os candidatos "ignorantes"...

Houve um tempo em que me assustaria a notícia de que os candidatos a prefeito do Rio passam por homens armados em comunidades da cidade, em plena campanha, e ignoram (ou fingem ignorar?) o fato.
Nesse época, eu diria que um fato dessa natureza joga a última pá de cal na esperança de que um dia o Estado venha a ocupar o espaço que sempre deveria ter sido seu nessas comunidades. Afirmaria que essa "submissão" das campanhas ao crime organizado legitima a força do crime nessas regiões da cidade; avaliza a máxima de que, nelas, quem manda está longe de ser aqueles que elegemos para mandar. Protestaria contra a intimidação de jornalistas que, em pleno exercício da profissão, foram obrigados a apagar as fotos de suas câmeras por ordens de homens armados, a poucos metros daquele que é apontado como o líder na corrida para a prefeitura.
Houve uma época em que faria tudo isso...
Mas, hoje, diria apenas que é normal que os candidatos a prefeito ignorem a presença ostensiva do crime organizado nas comunidades da cidade. Diria mais: talvez seja até mais honesto da parte dos políticos. Porque, nos últimos tempos, a história mostra que, depois de eleitos, ignorar parece ser o verbo que eles mais conjugam. O tempo todo.
Lamentavelmente...

25.7.08

Como será que rezam alguns de nossos políticos?

Fiquei impressionado agora, ao ler que o texto escrito pelo candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, e deixado no Muro das Lamentações, foi divulgado. A mensagem, como manda a tradição do lugar, deveria ser secreta.
Mas, já que divulgaram, lá vai: no texto, Obama pede ao Senhor proteção para si e sua família. Pede proteção contra o orgulho e o desespero e roga para que Deus faça dele um instrumento de Sua vontade. Enfim, um texto bonito.
Mas, sabe como é, a gente não manda nos pensamentos - pelo menos, eu não mando nos meus! E, imediatamente, fiquei imaginando o que seria de alguns políticos brasileiros se suas mensagens confidenciais, ou mesmo seus papos com o Altíssimo fossem divulgadas. Imaginem só:

"Senhor, mandai pra longe aquele delegado da PF! Arquivai todos os processos nos quais sou réu e afastai de meus telefones todo e qualquer tipo de grampo!"

"Senhor, proteja meus apadrinhados! Cubra com o manto da invisibilidade as contas irregulares, as licitações fraudulentas e as propinas para o Judiciário..."

"Senhor, quanto é que custa pra gente fazer uma coalizão???"

"Alô, Alô, Seu Chacrinha, velho palhaço..."

Gostei tanto do Por toda a minha vida sobre o Chacrinha que tenho de voltar ao assunto pra complementar o post anterior. Fiquei impressionado com a emoção do Boni, um dos maiores entendedores de televisão no mundo, ao falar do talento do Velho Guerreiro. Sem falar na admiração de tantos e tão diversos artistas pela figura do velhinho, meio anarquista, meio doce, meio cruel, que buzinava a moça e comandava a massa nas tardes de sábado. E, sim, bateu uma saudade danada! Afinal, quem consegue imaginar um programa de TV que, hoje, possa promover um concurso para eleger o homem mais feio do Brasil e dar ao "vitorioso" um prêmio oferecido por uma marca de inseticidas? Politicamente incorretíssmo! Mas Cacrinha fez, na TV Tupi, 30 anos atrás! Porque só ele poderia fazer isso...
Fiquei especialmente comovido por notar como o ícone Chacrinha continua vivo e presente na cabeça de tanta gente - embora ainda não tenha informações sobre as audiências da noite de ontem.
Enfim, talvez seja mesmo um clichê, mas símbolos como Chacrinha não morrem nunca! E, por isso, depois do programa, fui dar uma fuçada no YouTube para buscar mais vídeos daqueles bons tempos. Encontrei vários, mas dois me chamaram a atenção em especial. O primeiro, de 1981, traz Chacrinha e suas chacretes cantando "Maria Sapatão" no Programa da Hebe, ainda na Bandeirantes. E o segundo contém trechos do último Cassino do Chacrinha, exibido no início de julho de 1988, na Globo. Fraco, Abelardo Barbosa nem consegue cantar direito as marchinhas que tanto animavam seu auditório. Mas mostrou toda a força de seu personagem, que bagunçou o coreto até o último instante de vida...

24.7.08

"É um barato o Cassino do Chacrinha!"

Era muito moleque quando o maior comunicador da história do Brasil foi fazer sua zorra lá no andar de cima. Mas a imagem de Abelardo Barbosa está gravada no meu inconsciente; lembrança viva das tardes de sábado na casa da minha vó. E que beleza rever o Chacrinha na televisão! E como é bom ver, na televisão aberta, um programa com a qualidade do "Por toda a minha vida", sem dúvida, uma das melhores opções da TV atualmente.
Curioso descobrir que foi a Guerra que impediu que o Velho Guerreiro fosse parar na Alemanha. Sorte de todos nós...
Apaixonado pelo veículo, não posso deixar de me encantar com a variedade de imagens do acervo da TV Globo. Sem dúvida, parte importantíssima da história da televisão brasileira foi mostrada hoje. Pena que tão tarde...

Da série: "a luz no fim do túnel é um trem vindo pra cá..." 10

Ioga fez britânico descobrir uma habilidade pra lá de esquisita...

Toda forma de arte é válida, claro! Sou contra a idéia de que só o que vai pela cabeça de quem tem mais grana possa ser considerado como artístico. Mas tudo tem limites! Sem preconceitos e com trocadilho: me cheira muito mal que alguém resolva se apresentar, mundo afora, executando "O Danúbio Azul" e "Parabéns para Você" com os próprios flatos. Bizarro demais!
O britânico Paul Oldfield, criador e intérprete do curioso personagem, Mr. Methane (Sr. Metano), contou à BBC Brasil como descobriu o curioso talento:
- Eu tinha 15 anos de idade e tinha muita elasticidade. Minha irmã praticava ioga e me ensinou algumas posições. Quando fiz a posição de lótus, descobri que tinha a habilidade de expandir o músculo do esfíncter e trazer muito ar para dentro. No dia seguinte, fui ao colégio e e me tornei um prodígio na arte de bombear...durante a hora do almoço.
Que coisa mais absurda! E ainda tem gente que paga pra...cheirar peido?!?!?!
Ah, as loucuras da mente humana...só rezo pra que essa moda não pegue por aqui...

Essas excelências...tsc, tsc, tsc!

O corporativismo político é algo que me intriga...
Essa semana, um deputado estadual aqui do Rio de Janeiro foi preso, em casa, cercado por armas de variados calibres, numa reunião com supostos integrantes de uma suposta milícia. Uso essa idéia de "suposição" por pura força do hábito pois, para a autoridade policial, a existência do tal grupo armado e o envolvimento do deputado estão pra lá de comprovados.
Em meio ao flagrante, de batom na cueca até não caber mais, o deputado insinuou que estava sendo vítima de uma perseguição política...
E hoje, nos jornais, leio que os excelentíssimos deputados da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ainda irão se reunir para decidir se processam, ou não, o colega por quebra de decoro parlamentar.
Decisão difícil, não?
Desculpem, mas não posso achar normal viver num país que tem tanto político atolado na m#$&4 até o pescoço...

Brunet-mãe: a favorita!

Por que será, hein?

23.7.08

Sobre o jogo do Flamengo...

Puxa...repórter que fala: "Fulano veio COMPRIMENTAR Beltrano" é meio ruim de aturar, hein?
Pior que isso, só ver o goleiro do time adversário agarrar dois pênaltis seguidos...

O dia em que o pit bull levou a pior...

Simplesmente surreal a história do garoto mineiro que, para se livrar do ataque de um pit bull, sapecou uma mordida no animal. E no pescoço, ainda por cima...
Tenho o pé atrás com os cães dessa raça. Sei que eles não são naturalmente violentos, que tudo varia de acordo com a criação, blá-blá-blá, blá-blá-blá...mas que os pit bulls sempre estão metidos em encrencas desse tipo, isso estão! Ou alguém aqui já viu alguma reportagem sobre um poodle que mordeu alguém até matar???
PS.: Curiosa a chamada que O Dia Online deu para o caso em sua home: Pitboy...

22.7.08

Um pedido de desculpas...

Depois daquela primeira briga, a troca de correspondências entre o casalzinho de jovens namorados de uma cidade do interior cessou. Ainda buscavam cartas junto ao carteiro, nas caixas pregadas nos portões de suas casas, mas nada encontravam.
O motivo da briga havia sido uma carta ciumenta, cheia de mágoa, que o rapaz remetera à amada durante uma longa viagem em que a mocinha acompanhou os avós. Na missiva, um monte de palavras repletas de fel; de um amargor que em nada combinava com a leveza e a beleza daquela história que haviam construído.
A resposta da moça foi ainda mais dura. Lacônica. Fria como só as moças magoadas sabem ser.
O jovem acusou o golpe. Depois de alguns dias, decidiu que não queria que as coisas terminassem de um jeito feio, triste. Aliás, não queria que terminassem. Foi então que pegou uma folha bem clarinha, a caneta de escrita fina e, caprichando na caligrafia, pôs-se a escrever:


"Posto que sou humano, carne, osso, alma e sentimento, digo que não são raras as vezes em que erro. Por impaciência, por imprudência, por impertinência...por uma série de defeitos que talvez nunca tenhas enxergado graças ao meu esforço para te dar sempre o que de melhor te pudesse oferecer. E, creia, nunca o fiz por vaidade; ou para mostrar-me mais bonito. Se o fiz foi para retribuir tudo o que de bom você sempre soube me dar.
E aí, errei ao querer que esse tudo fosse cada vez mais. Errei involuntariamente, pois não se comanda com botões as coisas do coração. Errei de um jeito até inocente, fulminado pelos teus olhos translúcidos, por teu beijo doce e pela voz que sempre ouvi como se fosse a mais linda das melodias.
Te quis tanto mais que não soube digerir a distância, o sumiço, a saudade. Pesou ver-te longe demais, sobretudo quando tão perto estavas; um cruel paradoxo do perto demais quando longe, distante demais quando próximo.
Senti falta de um sinal de vida qualquer que fosse. E que não veio. Talvez aí tenha errado de novo, mas foi esse motivo que, certo dia, me fez pensar que a admiração que tenho por ti havia diminuído. Mas, mesmo assim, em momento algum duvidei de teu caráter. Assumo: te amo demais para te enxergar como uma pessoa menos bonita. Porque tenho a certeza de que nunca houve entre nós encenações, representações e falsidades que tanto espaço ocupam nas mais diversas relações.
Apenas lamentei a sorte que tive. Ou que me faltou...
Errei e assumo. E digo-te que por amor também se erra. E peço-te, meu anjo, que não deixes tão bonita história se perder por conta da única carta amarga que lhe escrevi. Prefiro que me lembres por tantas outras, onde sempre procurei traduzir toda a beleza do imenso amor que tenho por ti..."


Terminou de escrever com os olhos marejados. Pôs a carta num envelope, selou e correu para se assegurar de que chegaria ao seu grande amor ainda naquela data...

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 16

É destaque da home do UOL nesse momento:
Cismado, eu vos pergunto: O que leva um editor a pensar que nós merecemos isso?

21.7.08

...

Boleiro

Responda rápido: quantas vezes você já viu um time bombar no início do Brasileirão e, com o início da temporada de contratações do futebol europeu, viu o elenco ser dilacerado? Não entendo de futebol, mas sei que esse é um triste fenômeno que se repete todos os anos.
A bola da vez é o meu Flamengo.
Agora, na home do Globo Online, há uma enquete que pretende saber a opinião do leitor sobre o que há com o (ainda) líder do campeonato nacional que, depois de uma seqüência de bons resultados, perdeu as duas últimas partidas. Até o momento, o maior número de votos aponta para o abatimento da equipe graças às saídas de Marcinho - o artilheiro do clube - e Renato Augusto.
É claro que essa é a reposta!
Vi uma entrevista do Kléber Leite dia desses e ele me pareceu muito sincero ao assumir que não há o que fazer quando os clubes estrangeiros resolvem abrir o cofre. Numa eterna pindaíba, os clubes do país do futebol conseguem apenas dar adeus aos seus astros. E torcem para o baque sobre a equipe não ser irreversível...
Agora, cá entre nós: será que ninguém nunca pensou seriamente em fazer o nosso calendário pareado ao europeu? Com competições importantes em curso lá e aqui, essas contratações no meio do mais importante campeonato do Brasil teriam dias contados. E o torcedor não se sentiria ludibriado por começar o ano torcendo por uma equipe à beira do desmonte...
Sei lá...é só uma idéia de quem não entende de futebol...

20.7.08

Nova série: "versos & versões"...

Sou um grande fã de música e descobri uma falha grave na linha editorial desse humilde blog: não ter, aqui, uma série especialmente destinada à apreciação das grandes pérolas musicais desse nosso Brasil varonil. Portanto, cá está "Versos & versões", que já estréia com um petardo em forma de enigma:
Dou um doce a quem adivinhar de onde veio a inspiração para o grupo Calcinha Preta cometer tão...digamos...tão...tão estranha canção!


A canção se chama "Já me acostumei" mas, embora já tenha falado aqui do indiscutível talento do Calcinha Preta para gravar versões curiosas, assumo ainda não ter me acostumado a essa inesgotável fonte de pérolas do cancioneiro brega...
E se você, brasileiro de qualquer parte do mundo, tiver alguma contribuição para essa nova série, uma pretensa enciclopédia musical do mau gosto, escreva para nossa Hot Line: babelturbo@uol.com.br. Seu nome e seu gosto musical serão mantidos no mais absoluto sigilo...

19.7.08

Grande papel para um grande ator...

Os mais novos não devem lembrar - e essa é a típica expressão que a gente usa quando começa a se achar mais velho, mas... - do grande sucesso que Ary Fontoura teve ao interpretar o avarento Nonô Correia, em Amor com Amor se Paga, de 1984. Eu tinha quatro anos apenas, mas a força do personagem fez com que ele ficasse impregnado em algum lugar da minha cachola.
Abre parênteses: se você é irritantemente jovem, clique aqui e veja um trechinho do Nonô Correia. Fecha parênteses.
E é exatamente por já conhecer o talento de Ary Fontoura que não me surpreendo ao vê-lo arrebentando a boca de todos os balões no papel do sinistro Silveirinha, em A Favorita. O mordomo - que ninguém sabe em que time joga - já garantiu o ingresso no rol dos tipos inesquecíveis - e mais detestáveis - da TV brasileira. E olha que a novela está apenas começando...

Pauta fresquinha...

Comentário de minha sábia mãe, assim que soube da morte de Dercy Gonçalves:
- Ih, Sônia Abrão já tem assunto pra mais uma semana de programa...
Preciso falar mais alguma coisa?

As cortinas se fecham para Dercy Gonçalves...


Pra mim, Dercy será sempre lembrada como sinônimo do humor genuinamente brasileiro. É a maior comediante da história do país, sem dúvida alguma. Tinha a platéia sempre em sua mão e fazia da gargalhada do público a sua mais fiel companhia, como ficou claro numa hilária entrevista ao antigo programa de Jô Soares, no SBT, que já postei aqui. Desbocada e com jeito de moleque, fez rir até o fim.
Ano que vem, a história dessa fantástica artista será contada nos palcos por Fafy Siqueira. E, já a partir de agora, o Brasil todo vai começar a sentir a falta que a centenária Dercy Gonçalves fará para o cenário da comédia nacional.
Que descanse em paz...

A filha de número três de SS...

Em junho, o SBT começou a ensaiar uma recuperação no Ibope. Depois de muito tempo paradona, vendo a concorrência abocanhar fatias consideráveis de sua audiência, a emissora de Silvio Santos relançou Pantanal e voltou a pontuar com dois dígitos no horário nobre, o mais valioso da televisão.
Em julho, com a criançada de férias, a rede confirma ser detentora do melhor pacote de desenhos animados, e vem se sagrando líder nas disputas matinais. Já houve dias em que Ana Maria Braga amargou um terceiro lugar, perdendo para SBT e Record.
Outra mudança importante foi a antecipação dos programas da linha de shows, agora no ar a partir das oito da noite. O resultado? Uma disputa apertadíssima no horário nobre, com o bolo da audiência fatiado de um jeito que nunca se viu...
Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas aí vem uma das filhas de Silvio Santos - e diretora do canal, Daniela Beyruti, dizer que sofre do mesmo mal do pai: a ansiedade. "Sabe aquelas mudanças que ele faz? Se eu não tomar cuidado, vou acabar fazendo igualzinho. Critico, mas vou fazer igual. Eu aposto muito num programa X...Acho que não vou ter a paciência de esperar um ano para ver o programa X acontecer. Acho que no mês que vem vou chegar e querer mudar", disse a poderosa da Anhangüera à revista Poder.
A declaração me pareceu bem sincera, quase no tom da mea culpa. Mas, do ponto de vista estratégico, foi um gol contra. Essas mudanças repentinas na programação - até aqui creditadas apenas a Senor Abravanel - surpreendem o público (que foge), abalam a credibilidade da emissora e afugentam os anunciantes. Ou seja: tudo aquilo de que uma rede disposta a recuperar a audiência não precisa...

18.7.08

Short message...

Ainda bem que ela acha isso.
Eu assino embaixo!
Mas nada que a faça perder o brilho de eterna Tieta...

Mais uma da Dona Verônica...

Sobre um surpreendente - e cômico - encontro numa loja de produtos de couro na Serra Gaúcha...


Escrevi aqui outro dia sobre a simpática velhinha que conheci numa loja de produtos de couro, lá em Picada Café / RS. Como a temática do post era outra, deixei para hoje uma história curiosíssima que ela protagonizou. Vamos lá!
Assim que chegamos a Porto Alegre, fomos recepcionados no Aeroporto Salgado Filho por Sérgio, o motorista da van fretada para nos transportar durante a estadia no Rio Grande. Sérgio é um cara muito gente boa, tranqüilo, bem humorado e...a cara do Padre Marcelo Rossi. Todos nós identificamos a semelhança imediatamente e, desde aquele instante, Sérgio passou a ser chamado de Padre Marcelo. Ou, simplesmente, Padre.
O rosto e a voz dele são tão parecidos com a do sacerdote animadão da Igreja que, certas manhãs, tinha a impressão de que a qualquer momento ele iria nos mandar erguer as mãos e dar glória a Deus!
Felizmente isso nunca aconteceu e nossa equipe não precisou fazer a tal da aeróbica do Senhor...
A viagem seguia. Era Padre pra lá, Padre pra cá...até que chegamos à loja de produtos de couro de dona Verônica. Entramos todos e começamos a olhar as mercadorias. Tudo muito lindo, tudo um pouco salgado demais pra quem saiu do Rio achando que poderia encontrar preços mais convidativos por lá. Num determinado momento, eu e o cinegrafista fomos surpreendidos pela voz de dona Verônica, num tom emocionado:
- Eu não estou acreditando nisso!
Olhamos e lá estava a velhinha, com uma das mãos sobre o coração e a outra estendida para nosso motorista. Eu e o cinegrafista Marcius Clapp demoramos a entender, mas foi a própria anfitriã que, já apertando a mão do nosso condutor, deixou clara a situação:
- Padre Marcelo Rossi, que prazer encontrar o senhor...
Começamos a rir - só eu e Clapp, as únicas testemunhas do emocionante encontro - quando Sérgio, nosso motorista, respondeu, caprichando na voz de sacerdote:
- Muito prazer, tudo bem com a senhora?
Com pena da velhinha, que realmente estava emocionada, revelei a verdadeira identidade do sósia de Marcelo Rossi. E dona Verônica, bem humorada como ela só, riu muito da confusão.

Eu vou, eu vou...pra Bangu 8 agora eu vou...

Achei irritante demais acordar e ver hoje, na capa da Folha de S. Paulo, a foto de Salvatore Cacciola sorrindo a caminho da penitenciária. Aliás, todo o episódio parece non sense demais: um homem condenado pela Justiça que resolve pedir para não andar no carro da polícia. E tem seu pedido atendido.
Como assim? O que mais ele quer? Foie gras, caviar, vinhos franceses, banheira de hidromassagem e TV por assinatura na sala?
Ou será que o sorriso que o ex-banqueiro ostenta na foto do jornal se deve à certeza de que, em breve, voltará a desfrutar de tudo isso?

17.7.08

Post-perfumaria...

Conheço pessoas que usam sempre o mesmo perfume. Em alguma época da vida, elegeram uma fragrância predileta e são felizes na companhia do mesmo cheirinho de sempre.
Comigo a história é outra. Fidelidade e identidade são conceitos que não associo aos perfumes que compro e uso. Gosto de mudar, gosto da novidade e gosto de testar cheiros novos em mim. E, de surpreender quem sente, que eu não sou bobo nem nada!
Claro que tenho os meus clássicos, os que sei que sempre caem bem; aqueles pelos quais acabo optando quando a oferta de lançamentos é muito diversificada. Mas, em geral, sempre busco optar meu leque de escolhas...
Hoje, fui comprar perfumes. Procuro ser o mais objetivo, porque se sentir mais de três cheiros diferentes, já saio embaralhando tudo, fico tonto e perco a paciência. Cheguei perto da vitrine e uma embalagem chamou minha atenção. É um perfume que já tinha usado, agora em edição limitada. Provei. E imediatamente entrou para a minha galeria particular de fragrâncias clássicas.
O problema é que o cheirinho passa por um processo semelhante ao dos bons vinhos: precisa envelhecer em tonéis de carvalho francês. E a próxima safra (ops...edição) está prevista para 2012...
Saí da loja satisfeito com a compra. E feliz por não ser um daqueles consumidores tão fiéis a marcas, rótulos e fragrâncias. Do contrário, ficaria quatro anos sem perfume...

16.7.08

A aliança

Dia desses, sonhei que tinha perdido a minha aliança. Foi um sonho angustiante, um vestígio qualquer da época em que eu - por uma obrigação auto-imposta - tinha que usá-la diariamente. Não achava e o desespero tomava conta de mim. Até que o despertador tocou e eu voltei à realidade: estou livre do bambolê (de otário?) no meu dedo.
O que sei é que essa argola já esteve aqui, ocupando um dos dedos da minha mão. Produziu uma marca de sol e rendeu mais olhares maliciosos do que sempre estive habituado a receber. Só. Hoje, jaz em algum canto do meu armário, perdida em meio a quinquilharias, roupas, perfumes e documentos de toda a sorte. Esquecida, não lembra nem de longe a única coisa que já fiz questão de usar todos os dias. E usei durante dois anos ininterruptos.
Agora, aquele pedaço de metal em forma de círculo - que nem sei se é ouro, embora o tenha comprado como se fosse - nada mais é pra mim. Carrega, por dentro, um nome que nada mais significa em minha vida, a não ser, talvez, o homônimo de uma futura nova paquera.
Foi pensando nesse sonho e na velha argola dourada pendurada em meu dedo que vi, na tua foto, uma argola dourada pendurada no teu. Apenas um símbolo. Talvez, uma jóia. Sinal de amor? Pode ser. Nem sempre o é.
Mas me fez entender um monte de coisas...
E fez minha admiração diminuir consideravelmente...

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 15

Eita! Será que um dia esses dois serão alvo de uma ação bem caprichada da PF?
A minha opinião? Prefiro não comentar!!!

Uma vovó do mal!

Acabo de ler no G1 a história da velhinha americana que é suspeita de ter matado os cinco maridos. Segundo a polícia, dona Betty Johnson Neumar iniciou a mórbida carreira nos anos 50, matando os cônjuges só pra receber os seguros de vida que ela mesma fazia em nome dos pobres sujeitos.
A "viúva negra" foi presa agora, aos 76 anos, e a investigação levou as autoridades a reabrir os inquéritos sobre a morte dos ex-maridos de Johson, sempre misteriosamente assassinados.
Parece coisa de novela, né? Mas o que me chamou atenção foi o trabalho da polícia, fuçando crimes ocorridos há mais de 50 anos pra, enfim, solucioná-los.
Deve ser bacana morar num país que tenta combater a impunidade, né?

Ave, Lília...

Ontem, ainda no hotel de Porto Alegre, trabalhava nas fotos que tiramos durante a viagem com a TV ligada. "A Favorita" estava no ar e, mesmo interessado pela novela, não estava dando a menor bola pro que a telinha mostrava. Distraído com as lembranças eternizadas desses últimos 11 dias no Sul, só prestei atenção na novela quando a personagem de Lília Cabral deu seu grito de liberdade.
Que cena! Fosse outra atriz, teria descambado para o caminho óbvio da gritaria e do chororô. Mas foi exatamente isso que a cena mostrou, dirão alguns. Sim, respondo, mas com o enorme diferencial do talento dessa monstruosa atriz que é Lília Cabral. Pra mim, ela é a dona dos olhos mais expressivos dentre todas as atrizes de sua geração e agora, madura, colhe merecidamente os louros por esse talento indíscutível. Nos olhos de Lília, emprestados à sofredora personagem que vive oprimida pelo marido, vimos dor, desespero, desabafo, mágoa, ódio, medo, coragem, força e fragilidade. Um show que só quem é grande sabe (e pode) dar.

Going back home

Depois de 11 dias de muito trabalho, algum lazer e mais de 1000 fotos batidas, volto em algumas horas para o Rio. Na bagagem, tudo o que trouxe e poucas coisas que resolvi levar daqui. Mas na cabeça, a sensação de dever cumprido, a vontade louca de chegar em casa e as lembranças dessa temporada de inverno que passei em Porto Alegre, entrevistando e conhecendo tanta gente bacana, em lugares tão legais...
E vamo que vamo pra Cidade Maravilhosa...

De quantos erros se faz uma mudança?

Desde que resolvi criar o blog, tive a certeza de que não queria fazer desse um espaço monotemático. Daí o babel do nome. Tenho interesses variados, gosto de escrever sobre temas diversos e acho que é essa mistura que faz pessoas tão bacanas chegarem até aqui pra ler e comentar.
Não entendeu a razão do preâmbulo? Explico: a situação da segurança pública no Rio anda tão alarmante que não passa um único dia sem que um fato absurdo cause a indignação de todos nós - e acabe me motivando a postar sobre. Ontem, foi a vez de mais uma atabalhoada - pra não dizer vergonhosa - ação da Polícia Militar, que acabou tirando a vida do administrador Luiz Carlos Soares da Costa, de 36 anos. Vítima de uma ação criminosa, Luiz Carlos teve a vida ceifada pelos policiais que deviam protegê-lo.
As imagens do SBT - exclusivas - são chocantes! Mostram o descaso, o desrespeito e a frieza com que os policiais puxam o administrador, já ferido, para fora do carro alvejado. Fiquei realmente (mal) impressionado ao assistir as cenas. E me pergunto, desde a hora em que vi a notícia, até onde será preciso ir para que algo de concreto se faça em relação ao preparo dos homens que estão nas ruas para garantir a ordem e o cumprimento das leis.
Porque do jeito que está, não pode ficar!

15.7.08

Ode à impunidade?

Depois do "banqueiro do prende-e-solta", o "segurança". A onda que assola a Justiça Brasileira parece ser a de libertar quem a sociedade quer ver trancafiado. Pra coisa ficar completa, só falta libertarem os PMs que mataram o menino João Roberto e o casal Nardoni. É realmente tudo de que precisamos pra fechar o país e irmos - todos que cremos numa sociedade que privilegie quem vive no caminho certo - embora daqui.
Tem horas em que dá uma vergonha danada de fazer parte de tudo isso...

14.7.08

O abraço da vó emprestada...

Dona Verônica mora em Picada Café, na Serra Gaúcha. Eu e a equipe a conhecemos durante a semana passada quando, voltando de uma gravação, resolvemos parar às margens da BR-116 para conferir os preços de uma loja especializada em produtos de couro. Foi lá que a simpática velhinha descendente de alemães - como quase toda a população do município - cativou a todos nós. Risonha, falante e doce, dona Verônica nos arrancou muitas risadas e demonstrou, imediatamente, ser daquele tipo de gente que nos faz crer que a vida vale a pena.
Não tive dúvidas: no mesmo dia, agendei uma gravação com ela, a ser realizada na manhã de domingo.
A gravação foi ontem. Olhos da cor do céu, cabelos da cor das nuvens que enfeitam o firmamento em dias de sol, dona Verônica fez questão de se pentear e passar um pouco do gloss da neta nos lábios. Queria se enfeitar antes da entrevista. Como se fosse possível se tornar uma pessoa mais bela...
Durante a gravação, ela falava comigo das maravilhas de sua pequena cidade. Entusiasmada, exalava aquele jeitinho de quem vê a vida sempre pelo lado bom. Contava que, aos 75 anos ("e indo aos 76"), faz questão de trabalhar na loja de couro do filho. Libriana como eu, contou que faz aniversário um dia depois de mim, em nove de outubro...
E eu ali, tentando me concentrar na entrevista, tentando frear minha mente que insistia em trazer à tona a saudade que tenho da minha velhinha querida; da minha vó que era tão fofa e simpática quanto dona Verônica e com quem eu tanto gostava de conversar.
No fim, dona Verônica disse que não gosta de levar tristeza às outras pessoas. Mas eu tinha os olhos marejados. Fiz um esforço danado pra não começar a chorar na frente dela, mesmo quando ela me puxou pelo braço na hora da despedida e me deu um abraço carinhoso que tanto me lembrou os abraços da minha vó. Então, abracei aquela " emprestada" que ganhei de presente num domingo ensolarado e pensei em como é duro saber que os abraços da minha vó de verdade eu nunca mais poderei sentir...
Voltei pro carro e chorei.
Ontem fazia sete meses que minha vó foi-se embora...

13.7.08

Bah! 2: a missão!

Minha odisséia gaúcha continua, hoje com um comentário que martela na minha cachola desde que chegamos aqui: o gosto musical do povo de Porto Alegre. Batendo papo em restaurantes, táxis e outros locais de convivência, a gente descobre que as rádios daqui não dão o mesmo espaço para os artistas massificados lá no Sudeste. Música baiana e pagode, por exemplo, nem tchum! Por aqui, a onda são os grupos de música regional, gauchesca - segundo o povo da terra.
O que bomba, meus caros, são grupos como: Balanço do Tchê e Tchê Garotos, que chegam a reunir grandes multidões em seus shows.
Impressionante o valor que o povo dá às tradições locais! É algo tão forte que nos faz ter a impressão de que estamos em outro país. Tanto que protagonizei o seguinte diálogo com um simpático taxista:
- Quais são os artistas da música que mais fazem sucesso aqui nas rádios de Porto Alegre?
- Bah, acho que são os Tchê Garotos! A gurizada adora e os shows deles lotam, eles se apresentam pra grandes multidões...
Eu, capicioso, emendei:
- E de música brasileira, o que toca por aqui?
- Bah, guri...não faz muito sucesso por aqui não...
É mole?
PS.: Quer conferir um sucesso dos Tchê Garotos? É só clicar aqui.
Para ver uma apresentação do Balanço do Tchê, o link é esse.

Fantástico coloca o espectador numa montanha-russa de sensações...

Estranha a edição do Fantástico de hoje. As matérias trágicas - como a da morte do menino João Pedro e a morte de uma jovem no Paraná, ambos vítimas de desastrosas ações policiais - vieram intercaladas por inserções de noticiário esportivo. Era nítido o constrangimento dos apresentadores, que precisavam sair de um clima de muita tristeza para apresentar os resultados dos torneios de vôlei e os gols da rodada. Esquisitíssimo!
Aliás, muito triste a história do pai do menino que desapareceu em São Carlos. E mais triste é pensar que, em nome da recompensa que ele está oferecendo, tem gente disposta a dar pistas falsas, sem levar em consideração o sofrimento daquele pai...muito triste!

Mais um paradoxo baiano...


Diferenças e semelhanças entre as cantoras mais populares do Axé Music são igualmente grandes. E se tornam ainda mais acentuadas agora que Cláudia Leitte põe o pé na estrada com sua carreira solo...

Como duas artistas podem ser tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidas? Enquanto uma é loira, outra é morena. Enquanto a morena troca de namorados, fala abertamente da vida pessoal e nunca deixa de exibir um ar sacana no trato com fãs e mídia, a loira é casada e discreta quando o assunto é a intimidade. Em comum: a trajetória iniciada em bandas baianas; o gênero em que suas carreiras decolaram; o timbre de voz, meio grave, meio rouco; e o fato de terem legiões de fãs apaixonados e a seus pés.
Sim, Claudia Leitte e Ivete Sangalo têm muito em comum. Mas são muito diferentes! A indústria sabe disso, a imprensa alimenta a rivalidade só pra se dar bem e as duas fingem que não há uma disputa em curso. Mas que deve haver, minha gente, isso deve!
Quando Claudia Leitte fez seu show em Copacabana, uma curiosidade se abateu sobre mim e fui conferir o que a "baiana" tinha a oferecer.Vi, não gostei e disse aqui.
Agora, com o disco espalhado pelas prateleiras das "boas casas do ramo", o trabalho da ex-vocalista mereceu uma (dura) crítica de Mauro Ferreira. Dura e lúcida, que joga luz, mais uma vez, sobre a inegável vontade que Claudia Leitte e/ou sua gravadora tem/têm de fazer dela uma nova Ivete Sangalo.
Já fui acusado por alguns amigos de implicar com a loira por preferir a (versão) orginal, morena. Não escondo minha admiração pela Ivetuda e isso é notório. Mas, independe disso o fato de achar Claudia Leitte uma artista ainda em processo de amadurecimento, ainda sem identidade musical e ainda sem provas de que irá desenvolvê-la um dia. E que, apesar disso, tem por trás de si uma multinacional da indústria fonográfica.
Acho que fica claro que a Universal Music vai trabalhar duro pra fazer esse disco de Claudia Leitte bombar no Brasil, ocupando as brechas deixadas por Ivete Sangalo, sabidamente interessada em investir (pesado) numa carreira internacional a partir do ano que vem.
Resta saber se a loira - que, ainda por cima, acaba de engravidar - vai ter o carisma que a morena tem de sobra. E se o público terá disposição (no meu caso, paciência) para o sucesso de uma artista que sai em carreira solo gravando disco com sucessos do ex-grupo e atirando pra tudo quanto é canto na hora de escolher os convidados para a gravação...

Um cofre em forma de cueca...

Fiquei impressionado ao ler que, enfim, aquela polêmica do leilão de uma sunga supostamente utilizada pelo ator Thiago Lacerda em pleno programa do Gugu pode estar perto do último capítulo.
O que me surpreendeu, além da demora para solucionar um caso em andamento há oito anos, foi saber que o réu - Roberto Manzoni (ex-diretor do "Domingo Legal") - condenado a pagar mais de R$ 190.ooo (eita sunga cara!!!) ofereceu ao ator uma obra de arte avaliada em cerca de R$ 250.000. Mas a perícia judicial descobriu que o tal quadro não passava de uma gravura sem valor comercial. Como diria o Gugu:
"Olhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!"
Agora, pela malandragem, Manzoni teve decretada a a penhora online em todas as contas bancárias e aplicações para garantir o pagamento da indenização.
Depois de ler e reler o valor da indenização, fiquei com uma vontade danada de ter uma falsa sunga minha leiloada num desses programas bem caras-de-pau. Sem dúvida, seria um ótimo investimento!!!

12.7.08

Mamonas rendem programa 'da hora'!

Já falei aqui que os Mamonas Assassinas fizeram parte da minha adolescência. E na quinta, nostálgico depois de quase uma semana longe de casa, vi alguns trechos do "Por toda a minha vida", da Globo. Não vi tudo porque estava, ainda, às voltas com o trabalho.
Mas gostei muito do que pude ver...
O programa é caprichado, a edição é esperta e a história do fenômeno pop foi bem contada, com imagens raras e uma reconstituição bem realizada. Para os fãs, um programão! E que rendeu valiosos 26 pontos no Ibope, apesar do adiantar da hora em que foi ao ar.
Talvez essa seja uma prova de que o povo quer novidade. E de que está um pouco cansado de uma televisão que centraliza todas as novidades no campo da ficção...
Aliás: já notaram que faz um tempão que a TV brasileira deixou de lado os programas musicais? Estranho, não?

11.7.08

Bah!

Aí você está hospedado num hotel. Num dos quartos do oitavo andar. Noite dessas, depois de um dia inteiro de trabalho, chega até a janela e se depara com algo que lhe chama a atenção. É um adesivo. Vermelho. E traz uma indicação muito veemente:

Sério: achei muito curioso! Primeiro, porque conheço as "saídas de emergência", mas essa é a primeira vez que me deparo com a tal "alternativa". E, segundo, pela advertência sobre o uso associado à presença de uma escada de bombeiros. Será que esse aviso serve para os apavorados, vítimas de um incêncio daqueles? Será que se espera mesmo que, numa circunstância dessas, o sujeito siga uma regra dessa natureza?

Vá entender!!!

10.7.08

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 14

Quer dizer que quem rouba e/ou desvia milhões e milhões não pode usar um parzinho de algemas? Quer dizer que não se pode reafirmar que o compromisso - de todos nós - deve ser com a ética e a justiça? Quer dizer que só ladrão de galinha pode entrar no camburão algemado?
Tô com o ministro e não abro!

9.7.08

Updating...

Leitores, desculpem-me pelo sumiço de ontem. Fiz de tudo pra conseguir postar, mas a empresa telefônica aqui de Porto Alegre enfrentou uma certa dificuldade para realizar as conexões...
Hoje, embora já seja quase amanhã, deu pra dar uma passada aqui pra atualizar. E dizer que, mesmo cansado depois de trabalhar por 14 horas, eu me sinto um cara muito abençoado por fazer o que faço.
Dá pra não dizer que é puro prazer conhecer uma cidadezinha de cerca de 5.000 habitantes, colonizada por alemães, povoada por pessoas simples, afetuosas e simpáticas? Não dá! Em Picada Café, onde gravamos desde segunda-feira, conheci gente como Dona Verônica, uma velhinha cheia de energia e bom humor. Vende casacos de couro e agasalhos, mas oferece de graça doses generosas de um alto astral que contagiou toda a nossa equipe.
Na cidade, que parece ser de novela, as casas são muito charmosas: jardins bem cuidados, flores compondo o visual e uma limpeza impressionante. As crianças são lindas, respeitosas e carinhosíssimas. Ficaram muito entusiasmadas com a movimentação que a presença de uma equipe de televisão impõe ao ritmo natural das coisas. E ficaram ainda mais encantadas com a elasticidade do nosso cinegrafrista, Marcio Klap, que é craque em alongamentos pra lá de impressionates - postarei as fotos aqui assim que voltar ao Rio.
Aliás, nossa equipe virou capa do jornal da região: uma foto gigante do nosso cinegrafista em pleno exercício do dever. E uma felicidade estampada nos rostos de moradores, professores, alunos e de toda uma cidade feliz por receber, através da nossa equipe, o reconhecimento por iniciativas tão caras a todos os que vivem lá.
Por isso - e por ainda poder contar com uma equipe empenhada e talentosa - tenho o prazer de encarar meu trabalho como um grande divertimento. Tenho a sorte de me divertir enquanto conheço - e entrevisto - pessoas tão diferentes, com histórias tão diversas e, muitas vezes, igualmente fascinantes...
Ah, e se forem ao Sul, indico a visita a Picada Café. Fica pertinho de Gramado, na Serra Gaúcha...

7.7.08

Minha volta ao 'Pantanal'...

Mudando de canal, acabo de me deparar com cenas de "Pantanal" na tela do SBT. Foi a primeira vez em que revi as cenas da novela, exibida originalmente quando eu tinha uns 10 anos de idade. E é muito fácil entender o sucesso que a polêmica reprise está fazendo: as imagens são lindas, o elenco é bom e o texto tem até um certo lirismo. Mas o que mais me chamou a atenção foi a música incidental. Como é bonita!
Essa é uma análise um tanto inocente, sei. Sei que o que faz o Ibope bombar mesmo é o festival de banhos de rio - com elenco desnudo...
Mas que a novela tem méritos artísticos, isso tem...

A sinceridade do palhacinho...

Hoje, numa fria manhã de inverno - para os cariocas, gelada - gravávamos, na cidade de Picada Café, 80km distante de Porto Alegre, uma peça de teatro estrelada por alunos de uma escola de Ensino Fundamental. Crianças lindas e, cada uma ao seu modo, seguras dos papéis que deviam desempenhar na montagem.
Terminada a apresentação, hora de entrevistar um dos atores-mirins. Escolhi Flávio, que interpretava um palhacinho. Torcedor do Inter, fez questão de gravar usando a peruca do personagem.
Flávio me cativou desde o primeiro instante. E, quando começamos a gravar, já estava decidido: quero ter um filho como ele.
Eis que, no meio do papo, o operador de áudio me avisa que um problema técnico impediu a captação de parte das respostas do meu pequeno entrevistado. Solução: repetir tudo!
Olho pra Flávio e revelo:
- Amiguinho, tivemos um problema aqui. Você vai ficar chateado se a gente começar tudo de novo?
E o palhacinho, com olhar sério, disse:
- Vou!

Sobre a polêmica do post copiado...

O caso está resolvido. A jovem que acabou publicando meu texto entrou em contato comigo e disse ter recebido meu texto por e-mail, de uma amiga. Não imaginava que a amiga não era a autora e, por gostar do que havia lido, resolveu publicá-lo em seu blog.
Assim que soube da polêmica que acabou nos envolvendo, atendeu ao meu pedido e despublicou o texto.
Também tive uma conversa amistosa com a coordenadora do site que publica o blog onde meu texto foi indevidamente publicado. E ela entendeu os meus motivos para não retirar - como me tinha sido pedido - o nome da jovem aqui do B@belturbo. O nome remete a um fato que, independente das razões, acabou por nos envolver. E que, de acordo com a versão que elas me passaram, pode sucitar um debate interessante sobre o poder dos blogs, da internet e sobre a questão da propriedade intelectual na grande rede.
De minha parte, aceitei retirar as palavras escritas em posts anteriores que pudessem vir a ofender a moça, uma estudante de jornalismo. Futura colega de profissão a quem não me interessa, de forma alguma, prejudicar.
Como disse à coordenadora do site que publica o blog gaúcho, estou à disposição para publicar aqui o link, caso elas resolvam também escrever um texto sobre o episódio.
Antes de encerrar o caso, agradeço à figura de Cíntia Barlem - a coordenadora do site que publica o blog gaúcho - pela compreensão, pela delicadeza e pelo comprometimento em favor de uma solução amigável para o caso.
Aos amigos que comentaram nas postagens relacionadas ao tema, também agradeço pelas manifestações de apoio. E peço que, nessa postagem, deixemos de lado comentários que possam conter algum tipo de juízo de valor e/ou condenações à atitude da jovem blogueira. Não quero ser eu o causador de qualquer problema na vida dela - e sei que vocês também não querem isso.
O impasse, portanto, está resolvido.
E vida que segue...

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 13

Serei breve...
Alguém sabe explicar por que penamos tanto para regular a temperatura da água nos hotéis? Por que, meu Deus, é tão complexo achar o equilíbrio entre a água quente e a fria (aqui, em Porto Alegre, gelaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada) ???
É sério! Essas duas torneirinhas - que, não raro, nem são identificadas - já me renderam algumas queimaduras e muitos, muitos palavrões...

6.7.08

Apertando os cintos...


Parto para Porto Alegre em poucas horas.Então, nos próximos 10 dias, aguardem postagens gaudérias por aqui...
Garanto um clima trilegal por aqui!
[]s pra quem é de []s, bj pra quem é de bj!
E tchau, gurizada!

5.7.08

Pra acabar com o Ctrl C+Ctrl V por aqui...

Há um ditado popular que diz:
"Depois da porta arrombada, não adianta botar fechadura..."
Mas eu creio que nunca é tarde para agir: a partir de agora, o botão direito do mouse está bloqueado aqui no B@belturbo. É apenas para afastar os espertinhos de plantão...
E se você, por algum motivo, quiser usar um texto publicado aqui, entre em contato comigo pelos comentários ou pela Hot Line informada na coluna da direita. Eu sigo aquele outro ditado, que diz:
"Aos amigos, tudo!"


É isso! E vamo que vamo!!!

Manhã de marcha pela paz...

Passeata saiu da Praça Nossa Senhora da Paz e ganhou as areias de Ipanema, na altura do Coqueirão; o local freqüentado pelo jovem morto na semana passada...


Nunca tinha participado de passeatas pela paz. Confesso até que, por várias vezes, duvidei da eficácia dessas iniciativas e me perguntava se elas realmente serviam para alguma coisa.
Mas não se diz não a um convite de uma mãe que acaba de perder seu filho de forma tão covarde. Não se pode dizer não a um convite desses. Convite que recebi aqui no blog - o que me fez redimensionar o alcance e a importância desse canal de comunicação tão poderoso - mesmo quando modesto, como é o caso do nosso B@belturbo...
Na passeata realizada na manhã de hoje, em Ipanema, tive a oportunidade de encontrar Daniela e Sérgio, os pais de Daniel Duque. Pude abraçá-los e desejar força para a longa luta por justiça - que está apenas começando.
Daniela foi muito gentil e, em meio à sua dor tão grande, encontrou espaço para me agradecer pelo texto Juventude Roubada, postado aqui há semana e lido e distribuído lá, durante a manifestação.
Não há razão para agradecer, Daniela. Hoje, em Ipanema, aprendi o real sentido da palavra solidariedade. Ser solidário é sentir como nossa a dor do outro. É lutar pelas causas do outro como se fossem nossas. Sem pedir nada em troca por isso.
Portanto, eu é que devo dizer obrigado hoje. Essa é uma lição que levarei por toda a vida...


PS.: Já que estamos falando no assunto, aviso: a pessoa que passou aqui, copiou meu texto e publicou num outro blog como se fosse dela, depois de receber meu e-mail, alterou o texto. Mas continua sonegando a informação sobre a autoria da postagem publicada por ela semana passada - pela qual chegou a receber elogios. Fiz novo contato com ela, solicitando que a história seja esclarecida. Do contrário, amigos, teremos a primeira série de posts policiais envolvendo o
B@belturbo. E eu não estou brincando...

4.7.08

O preço do sucesso ou cara-de-pau mesmo?

Assim que soube do assassinato do Daniel Duque, corri pra cá e traduzi minha indignação em um post.
Hoje, mais uma vez, a indignação tomou conta de mim e me fez vir até aqui...
No post original sobre a morte do Daniel, recebi um comentário das leitoras Fernanda e Paola, a quem já aproveito para agradecer pelo senso de justiça. Eis o texto delas:

Blogs&post=81321&blog=338&coldir=1&topo=4029.dwt
Dá uma olhada, acho que te usaram como "fonte"


Mesmo com medo de que o link portasse um vírus, cliquei. E qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o tal endereço remetia a um blog que, pasmem, reproduziu meu texto sobre o assassinato de Daniel Duque sem me citar, omitindo a autoria do texto e - pior - atribuindo-o a uma das donas do blog, Marina Ciconet.
Como agir diante de uma situação dessas?
Primeiro, mostrando as provas: o texto origina, MEU, foi publicado a uma da manhã do dia 29/07, como confirmam os registros do Blogger. A CÓPIA foi publicada mais de 12 horas depois, às 13:28 do mesmo dia.
Qual o próximo passo? Notificar a outra parte envolvida. Como eu fiz. Segue a cópia do e-mail enviado, no início da noite de hoje, à blogueira:


"Prezada Marina, Tive uma surpresa ao acessar
meu blog hoje e ver um comentário de uma leitora denunciando a cópia e a publicação de um texto meu como sendo de sua autoria, no seu blog. O texto, como você deve saber, é sobre o assassinato do jovem Daniel Duque, ocorrido na madrugada do último sábado, no Rio de Janeiro.
Conferi e, lamentavelmente, constatei que houve realmente a apropriação do material que escrevi única e exclusivamente para divulgação em meu blog. E, pior que isso, em momento nenhum foi citada a fonte de onde quase todo o texto tinha sido retirado.
Escrevi o texto original 12 horas antes da publicação em seu blog. Eis o link: http://babelturbo.blogspot.com/2008/06/juventude-roubada.html . Tenho as telas salvas e os registros da publicação. Em caso de processo, o seu blog seria facilmente condenado.
Sou jornalista e abomino essa prática. Isso se chama apropriação indébita e, além de ser um desrespeito à minha pessoa, é um desrespeito aos seus leitores. Portanto, solicito que você retifique a informação no seu blog, e RETIRE O MEU TEXTO DO AR. Se você quisesse, poderia ter me pedido para usá- lo, mas na mão grande, não vai levar nada.
Tenho testemunhas da autoria do texto - inclusive na própria família do Daniel Duque, que entrou em contato comigo e pretende distribuí-lo numa passeata, amanhã. Espero que você tome as providências cabíveis. Do contrário, eu as tomarei. E será na justiça.
Att, Murilo Ribeiro"


O próximo passo? Espero, sinceramente, que parta da jovem que, num ato impensado, publicou algo que não lhe pertencia. Se não for dela, será meu. E tenho a certeza de que ela sairá perdendo...
Fico me perguntando o porquê de uma pessoa agir assim. Poderia ter vindo aqui, lido, pedido pra reproduzir. E eu autorizaria na boa...
São essas "pequenas coisinhas" que nos fazem menos capazes de exigir ética do síndico, do vereador, do prefeito, da polícia...dos governantes! E esse "jeitinho brasileiro" que jogou nosso país num mar de lama de onde tanta gente esforça para retirá-lo.
Pode ter sido um ato inconseqüente? Pode. Pode ter sido sem querer? Pode. Mas essa é a oportunidade para essa moça aprender que, definitivamente, não é assim que se faz.
Mais uma vez, obrigado às leitoras que me comunicaram sobre o ocorrido! É muito bom saber que ainda há gente decente nesse mundo.
E a vocês, demais leitores, desculpem pelo desabafo! E fiquem de olho com seus textos publicados na grande rede...

Da série: "agora a coisa vai!!!" 3

Fiquei surpreso ao ver, no site da Folha, que as farmácias estatais da Suécia estão vendendo pênis de plástico. Achei curioso pensar que senhoras - e senhores - poderão entrar na farmácia e adquirir, em meio aos comprimidos, xaropes e remédios de sempre, os fálicos companheiros derivados do petróleo.
Mas alguns aspectos me deixaram bastante curioso. Por exemplo: será que a dosagem - em remédios, usualmente medida em miligramas e mililitros - será feita em centímetros para esses produtos. Imaginei até o farmacêutico, seríssimo, dizendo, lá de trás do balcão:
- Senhora Johansson, a senhora precisa de um de 18cm!
Ou...
- Oh, senhor Anderssen! Por Deus! O senhor fez uma superdosagem novamente! O doutor diz na receita que o senhor devia tomar o de 16, não o de 25cm!!!
Complicado, né? Ainda mais quando se trata de um povo sempre mostrado com tamanha sisudez...
Bom, fato é que os "brinquedinhos" já podem ser adquiridos na rede estatal de farmácias da Suécia, a Apoteket, que alega que "esse tipo de investimento é importante para a manutenção da saúde sexual da população".
Se a moda pega, hein?

De volta ao Acre...

Ontem, na redação, comentava com um amigo sobre o recente post sobre a legítima manifestação de alguns moradores do Acre, cansados de terem seu estado coberto pela cabeça do "moço do tempo" dos telejornais.
Meu amigo, com cara de bom moço, ouviu o relato sem esboçar nenhuma reação. Mantinha apenas um sorrisinho de canto de boca no rosto.
Quando terminei de contar a história, ele me sai com a pérola do politicamente incorreto:
- Você sabe que é pra lá pro Acre que vão todas as sombrinhas perdidas no mundo, né?
Surpreso, devo ter feito alguma cara de idiota. E ele explicou a teoria, caprichando no sotaque pernambucano:
- É verdade, velho! Tu, certamente, já perdeste alguma sombrinha na rua! Todo mundo já perdeu! Mas duvido que tu tenhas achado alguma! Ninguém acha, velho! Vão todas parar no Acre!

Enfim, é apenas uma teoria...

3.7.08

O que há com a novela das oito?

Elenco de primeira e história bem construída não conseguem atrair o público do horário...


Glória Menezes vive o melhor papel na TV desde a inesquecível Laurinha Figueroa, de "Rainha da Sucata". Patrícia Pillar usa e abusa de seu talento dramático e - linda como sempre - consegue trabalhar todas as nuances de sua personagem, ora cativando o público, ora deixando uma pulga atrás da orelha do espectador. Cláudia Raia, com um inegável carisma, repete a façanha de manter a dubiedade proposta pelo autor em torno das protagonistas. Lília Cabral em cena com sua absurda capacidade de expressar um oceano de sentimentos com apenas um olhar, dá um show a cada seqüência como a sofredora casada com uma besta quadrada. Ary Fontoura, genial, mostra-se tão traiçoeiro quanto a mais traiçoeira das serpentes.
Muita coisa boa junta, né? E essas são apenas algumas das características de "A Favorita", que ainda conta com uma direção ágil, abertura e trilha sonora caprichadas e um texto muitíssimo bem cuidado.
E, ainda assim, a novela dá sinais de que não "pegou".
Para alguns, a novela é tradicional demais. Para outros, é a Record que ganhou espaço no horário, com sua safra interminável de mutantes de variados modelos e tamanhos.
Para mim, um sinal dos tempos.
E pra você?

Enfim, uma boa notícia!

Fazia tempo que uma boa notícia não me parecia tão boa. A libertação de Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Farc em 2002, tem tudo para ser uma das melhores notícias do ano.
Achei muito bonito o discurso emocionado da ex-candidata à presidência da Colômbia. Feliz com a liberdade reconquistada, Betancourt não deixou de lembrar dos que morreram nesses anos de vida na sela e nunca poderão voltar ao convívio familiar.
Fiquei impressionado com a força que Ingrid Betancourt demonstra ter - força que os olhos, sofridos, não conseguem esconder.
E, se não bastasse tudo isso, a libertação de Betancourt em ação orquestrada pelo próprio governo colombiando ainda deu uma enfraquecida no Cávez. E tenho certeza de que não foi "sem querer querendo"...

Valeu, Flu!

Belas campanhas nem sempre são coroadas com o título.
Infelizmente.
Mas, nem por isso, deixam de ser lembrados os momentos de superação, garra, espírito de equipe e, mais que isso, paixão incondicional da torcida tricolor...
Por isso e muito mais, 2008 já é um ano inesquecível para o Fluminense. Merecidamente!

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 12

Se a sessão dominical de cinema do SBT começa às dez e meia da noite, por que a dita recebe o nome de "Oito e meia no cinema"???
Será uma herança dos tempos em que a "Sessão das Dez" começava às 11?
Ou será algum tipo de influência da concorrência, que exibe, às nove, a novela anunciada como sendo a das oito?
Enfim, vá entender!!!

2.7.08

Torcida desbocada em noite de gala...

Globo. Final da Libertadores. Fluminense faz o terceiro gol contra a LDU e a torcida tricolor explode de alegria. Passados os instantes iniciais, a turma do pó-de-arroz começa a entoar o clássico: "Ê-ê-ê-Ê-ê-ê-Ê-ê bota pra f#%er!"
O áudio chega com uma nitidez impressionante à casa do telespectador. E, fino como ele só, o narrador, Luís Roberto, dispara: "É o Maracanã em noite de gala!"...

De volta ao caso Daniel Duque...

Na noite de ontem, a promotora Márcia Velasco divulgou uma carta aberta à sociedade.
Já era mesmo hora dela se pronunciar.
A carta, que li atentamente, expõe dificuldades enfrentadas pelos que ocupam posição igual ou semelhante à ora ocupada pela promotora. Retratos de uma sociedade que deixou o crime se organizar demais...
Creio nas palavras da promotora quando ela se diz triste com a morte de Daniel Duque. E também acredito que, como mãe, ela sinta parte da dor agora enfrentada por Daniela Duque.
Também quero muito acreditar, como a promotora, que "certamente (a verdade) virá à tona". Até aqui, o que apareceu é a comprovação de um erro injustificável cometido pelo segurança do filho da promotora. Erro comprovado pelo IML, confirmando a versão de que Daniel Duque foi baleado à queima-roupa, sem chance de defesa.
Mas é aí que discordo do texto divulgado pela promotora. Porque ali, no finalzinho, ao demonstrar a crença no aparecimento da verdade, ela dá margem à interpretação de que algum fato possa vir a justificar o assassinato de Daniel Duque. E, amigos, nada justificará! Ainda que Daniel estivesse brigando, ainda que todos os seus amigos estivessem envolvidos numa confusão, ainda que eles tenham agredido alguém - que aliás, nunca apareceu - ainda assim, nada justificaria a atitude covarde de atirar em alguém desarmado. Para, também covardemente, alegar, depois, uma "legítima defesa" que de legítima não tem rigorosamente nada.
Acredito na promotora Márcia Velasco.
E acredito na justiça que ela representa.
E quero crer que essa história acabará como deve: com o responsável por esse crime bárbaro devidamente trancafiado na cadeia.

1.7.08

Da série: "fabulosas flâmulas..."

As bandeiras de diferentes nações foram tema de um caloroso debate na redação hoje. Um amigo aproveitou um tempo livre para se dedicar a uma espécie de MBA sobre as flâmulas e suas respectivas histórias.
Um assunto que, piadas deixadas de lado, é fascinante. Pode revelar muito sobre a história dos países. Além de deliciosas curiosidades...
Pois bem, lá estávamos navegando e nos deparamos com a beleza da bandeira civil dinamarquesa, conhecida como Dannebrog. O nome significa "Pano honorável". Mas, caríssimos, honorável mesmo é a história do estandarte. Segundo a tradição dinamarquesa, o pavilhão nacional não foi feito por humanos! Sim, é isso mesmo! Eles acreditam piamente que a bandeira caiu dos céus durante a Batalha de Reval, em 1219...
Juro que não quero desmerecer a bandeira, nem ridicularizar a Dinamarca e as crenças de seu povo. Mas, só aqui entre nós: acho que os deuses teriam feito bem mais que essa cruzinha branca, colocada na horizontal, sobre um retângulo vermelho. Né não?
E aguardem, porque essa sessão destinada a vexilologia promete!!!

Da série: "a pergunta que não quer calar..." 11

De novo essa história?
Eu já vi esse filme. E não queria ver novamente...

Metapost

Junho chega ao fim como o melhor mês da história desse humilde blog. Humilde, mas sem vergonha de se vangloriar de marcas como essas:
- Mais de 1.500 visitantes únicos
- Mais de 3.000 páginas exibidas
- Visitantes de 34 países
- Leitores em 100 cidades brasileiras, de Macapá a Rio Grande; de Norte a Sul do país.
Valeu, turma! E já tô cheio de gás pra julho!!!