20.2.11

Quando as horas maltratam...

E numa hora dessas, quando o peso de todas as dúvidas despenca sobre minha cabeça, sinto o vazio da solidão corroer cada canto do meu peito. Sofro com a sua falta e com a ausência de pequenas certezas, singelas certezas que tirassem da minha existência essa insuportável sensação da ameaça permanente. A ameaça do não mais...
Em horas assim, assumo: fraquejo. Sinto-me pequeno demais diante de um sentimento gigantesco, assustador como esse que trago comigo. Sinto-me refém dos planos desfeitos, dos sonhos perfeitos e dos desejos irrealizáveis. Sinto-me atado às lembranças boas e aos pensamentos maus. Sinto-me trancado por dentro, fechado num mundo em que estamos sós: você, eu e tudo de bom e de ruim que essa história traz.
É nessas horas que penso em desistir. Abrir mão desse amor tão grande, da intuição que insiste em me dizer que a felicidade é o nosso destino...abrir mão de você! E abrir mão de mim. Abrir mão de ser esse alguém fiel aos sentimentos, esse alguém que acredita na força de um grande amor e que pensa não haver nada mais valioso na vida do que ter a sorte de viver uma história feliz com quem se ama. Abrir mão do que sinto e do que penso. 
Sim, é verdade: sem você, sei que não serei mais eu...
Mas aí, nessas horas, fecho os olhos molhados e vejo teu sorriso. Ouço tua voz fazendo carinho em meus ouvidos e lembro do sabor do nosso beijo. Sorrio, certo de que jamais fui capaz de amar alguém tanto assim.  E decido seguir em frente...
Até quando?

10.2.11

Visões...

E vi na luz dos teus olhos o brilho que faltava para iluminar meus dias. Encontrei no som da sua risada a música perfeita para embalar minha vida e senti no teu abraço o calor que faltava para me proteger das noites frias de solidão.
Vi em você exatamente tudo o que eu imaginava que existia em algum lugar, em alguém. Um alguém para ser meu e de quem eu possa dizer que sou. Vi em você a entrega, o desejo, a loucura, a alegria, a doçura e o prazer  com os quais qualquer pessoa nesse mundo sonha.
Vi a felicidade em nós - e em tudo o que exalava de nós. 
Vi mais do que imaginei, acredite.
E amei tudo o que vi...

2.2.11

Sobre a volta de Amor & Sexo...

Programa voltou ao ar na TV Globo e lançou um quadro "colorido": o GayMe

Falar de sexo sem que o assunto pareça um tabu é, na minha opinião, o maior mérito do programa de Fernanda Lima. A apresentadora, aliás, protagoniza um dos raros casos em que o tema da atração parece pensado sob medida para quem vai comandar o show. Linda, simpática, segura e bem humorada, Fernanda Lima não nega fogo e deixa claro que talento não lhe falta. O que, aliás, já tinha ficado claro na primeira temporada do programa.
Mas aí surgem as novidades da nova temporada de Amor & Sexo - porque televisão é feita de hábitos e da salutar necessidade de reinvenção. E, no programa de ontem, a surpresa ficou por conta de um game protagonizado por homossexuais. O nome? GayMe. E se a ideia parecia boa, acabou resultando num festival de estereótipos. Numa prova, os participantes precisavam se "montar" no meio de uma corrida de salto alto (?!). Em outra, não podiam dar pinta: ganhava quem fosse reconhecido como "hetero" pelo garçom do restaurante. Foi tudo engraçado? Até foi. Mas, a meu ver, ficou bem aquém da proposta de valorização da diversidade para qual a apresentadora alertou algumas vezes. Um caso em que a ideia parece melhor que a realização. Porque, afinal, dizer que todos somos diferentes é positivo. Dizer que os homossexuais também são diferentes entre si é igualmente enriquecedor. Mas usar elementos tão estereotipados para propor esse mergulho na cultura gay - anunciada como "a mais infliuente do nosso tempo" - acabou soando como um tiro no pé.
E vocês, curtiram?