27.10.14

Viva o Nordeste!!!


Tenho sangue nordestino nas veias: meu pai era de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Se não fosse carioca e se não amasse tanto a minha cidade, escolheria Salvador pra viver. Pela beleza de suas praias, pela comida maravilhosa, pelo astral que a gente sente no ar assim que chega, por ter dado ao país tanta gente boa pra fazer música, pelo carnaval que adoro, pelo povo festeiro e carinhoso! E aí, meu rei, se morasse em Salvador, eu seria uma espécie de desbravador do nordeste...
Sim, porque se morasse em Salvador, eu estaria sempre na bela Aracaju, iria me esbaldar vez por outra em Mangue Seco, curtiria finais de semana na bela Fortaleza ou em João Pessoa...
Iria sempre ao Recife, terra linda, que dizem ser a mais bonita da América Latina, lugar de tantos amigos amados. Passaria sempre em São Luís, pra lembrar das cores, cheiros e sabores que só o Maranhão tem. Passaria os feriados prolongados em Maceió, o Caribe brasileiro, dona do mar mais bonito que pode existir: cristalino, quentinho e acolhedor. 
Se morasse em Salvador, meu sangue nordestino ia me levar a conhecer Teresina, capital do Piauí, única parte dessa região tão fantástica que ainda me falta visitar.
Eu amo o nordeste! 
Hoje, se há algum verdadeiro motivo pra se estar de luto, me desculpem, é a exacerbação de tantos e tão deploráveis preconceitos nessa rede social.
E se você, meu amigo, minha amiga, está de luto e não é preconceituoso, um alerta: você está se perdendo num mar de gente que destoa de tudo aquilo que se pode julgar como admirável; está usando o mesmo rótulo que está sendo usado por gente que tá por aqui propagando o lado mais degradante do ser humano...
Viva o Nordeste! 
Viva o povo nordestino! 
E viva o Brasil!!!

7.10.14

Não sou PT...


A gente vive um período muito curioso. Todos somos rotulados seguindo uma lógica muito cartesiana: se não é isso, é aquilo. Pois bem. Escrevo isso pra dizer que acho curioso que vários amigos me rotulem de "petista". Não sou PT - e digo isso não por achar que seja algo desabonador sê-lo. Apenas não o sou, como não sou vascaíno, não sou casado e nem sou vegetariano.
Não votei num candidato do PT para a assembleia legislativa. Não votei num candidato do PT para a câmara dos deputados. Não votei num candidato petista para o governo do estado e tampouco votei num candidato do PT - ou apoiado por ele - para o senado. Não sou PT e nem acredito nessa lógica em que um partido parece estar acima de tudo.
Acontece que, embora eu não seja PT, também não sou cego e muito menos insensível. Também não sou "desinformado", como os eleitores do PT foram (des)qualificados pelo ex-presidente FHC, em quem, aliás, já votei. Petista vota em tucano?
Pois bem, não sou PT, mas conheço o Brasil que está além dos telejornais e das páginas de revistas e jornais. Conheço um Brasil que a mídia tradicional não cobre e que está longe dos grandes centros. Um Brasil em que os sonhos e as oportunidades estão chegando a lugares que o restante do país só costumava associar à miséria e à fome. Vejo um país que assistiu a uma expansão do ensino superior inédita. Que assegurou - e segurou - trabalho e renda em meio a uma das piores crises internacionais de todos os tempos. Um país que não é mais tutelado pelo FMI. Esse novo Brasil, no qual quem nunca sonhou em sair da própria cidade viaja de avião; em que filho de pedreiro faz mestrado e em que manicures podem ver seus filhos fazendo intercâmbio no exterior; em que há cada vez mais negros nas universidades; esse país, meus amigos, me parece muito mais nosso - de TODOS - do que o país de antes. E, sinto muito, foi num governo petista que tudo isso se tornou possível.
Há problemas? Há. Muitos. E não só aqui: no mundo todo. Mas ainda acho os avanços muito mais consistentes. E, por eles e diante deles, vesti vermelho e votei com gosto ontem para manter Dilma na presidência. Para que mais brasileiros e brasileiras possam ter mais oportunidades. E para que assim, no futuro, ninguém possa usar a classe social como justificativa para tentar desmerecer a escolha democrática de cada um de nós.