25.3.06

A metáfora do barco parisiense...


Estava num barco, dentro do parque de diversões. Risadas de todas as nacionalidades ecoavam naquele gelado fim de tarde europeu. O lugar, frio ao entardecer, oferecia um espetáculo e tanto aos turistas ávidos por toda a claridade da Cidade Luz. A voz conhecida o chamou para dentro, para a parte coberta da embarcação. Devia se proteger do vento cortante que batia no rosto e parecia querer partir-lhe em dois. Declinou.
Ficou ali, pensamentos do outro lado do oceano, na companhia do vento ameaçador.Gelado por gelado, sabia que seu coração estava mais. Naquele momento sentiu que, como o barco, também fazia uma travessia. Só não sentiu que o que encontraria lá, na outra margem, seria tão melhor! Tudo mais leve, tudo mais tranqüilo. E sem o vento frio cortando-lhe o rosto...

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