Quando pequenos, soa como chumbo. Pesa, arrasta-se. Parecemos sempre adiantados, correndo na dianteira. Até que um dia, ele assume a pole. Sim, ele passa a nossa frente! Uma vez crescidos, tem um quê de algodão; é leve, voa. Faz volume, vê-se de longe que ele passou. Pistas, muitas. Estão nas marcas em nosso corpo; nas cicatrizes em nossa alma; nas feridas abertas - ou não - em nossos corações. Também estão nas risadas divertidas e nos abraços apertados que demos e levamos enquanto ele corria, apressado. Ele sempre vence a corrida. E nós, competidores incansáveis, lutamos sempre pra que ele não nos deixe perdidos em alguma curva. Mas, vira e mexe, a gente se descobre ali, andando bem devagarzinho, na volta da saudade...
Ontem, numa visita à faculdade, foi a minha vez de andar bem devagar na volta da saudade.
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