17.3.06

Carioca por dádiva

Aterro do Flamengo. O corredor formado pela copa das árvores encobre o ônibus. A cada curva, uma paisagem nova e bela. Mais e mais bela. De um lado, o Pão-de-açúcar parece nos saudar, desejando um bom dia. A cada ponto em que o ônibus busca passageiros, o espetáculo oferecido pela natureza parece ainda mais espetacular. O sol, filtrado por nuvens brancas - sim, não é original dizer que elas parecem de algodão, mas parecem - batendo no espelho d'água, batendo na costa do Morro da Urca. Avançamos. Trânsito bom. Dia de sorte...
Agora é a Santa Marta que nos ladeia. Imponente, não se pode negar. Cravada no meio de Botafogo, colada na São Clemente. Um par de santos para nos proteger e abençoar. Ali, mais na frente, o chefe deles; braços abertos, ensaiando um abraço que nunca se completa sobre a mais bela cidade do mundo.
Dá pra começar um dia melhor? Acho que não! Morar no Rio - apesar de toda confusão e de todas as bobagens que andam fazendo com esse lugar - só pode mesmo ser um presente de Deus. Nascer carioca é nascer abraçado por aquele Cristo lá do alto do Corcovado.

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