"Coloco minha mão sobre a tua para que juntos possamos fazer o que não posso fazer sozinho". A frase, belíssima, eu ouvi durante a semana de trabalho em Brasília. Mais precisamente, antes das apresentações de duas companhias de teatro: a Língua de Trapo e o Teatro do Concreto. Mais que um slogan ou uma essa espécie de mantra, a afirmação me fez pensar no princípio da união. E no quão é reconfortante sabermos que há mãos sobre as nossas, dando apoio, incentivo e força para que possamos realizar a nossa missão por aqui.
Curioso pensar que, algumas vezes, essa mão sobre a nossa pode vir de tão longe. E, ainda assim, parecer a mais próxima. Ou pode surgir na forma de um gesto simples, quase trivial, mas repleto de generosidade e afeto.
Pode parece um post meio boboca, mas...ok, eu não tenho o menor problema em ser piegas de vez em quando. Hoje, indo pro trabalho, o trânsito estava impraticável! Um ônibus me deu uma fechada criminosa, que certamente teria terminado num grave acidente se eu não estivesse atento. Poucos metros depois, um outro carro tentou o mesmo, sem sucesso. E fiquei pensando em como é idiota esse bicho-homem, o tempo todo a fazer com os outros o que não gostaria que fizessem consigo.
Mais tarde, já na TV, num intervalo entre as gravações do Salto, eu me queixei de fome. Nada ostensivo, não sou um reclamão. E, com todo carinho, Iracema, que me maquiava, saiu e pegou um pacote de biscoitos pra mim. Fiquei surpreso, comovido. E muito, muito agradecido. E pensando no valor daquele gesto. Mais que me matar a fome, Ira demonstrou o quanto me quer bem, que gosta de mim e que se preocupa comigo. Talvez sem notar, a senhora que tem por ofício esconder minhas imperfeições revelou, hoje, ser uma mão sobre a minha!
Deus tem sido bom comigo. Se, vez ou outra, sinto o amargo do fel, são muito mais frequentes os momentos em que o mel mostra que a vida pode ser mais doce...
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