17.6.09

E a crise, de quem é?

Não vi pela TV nenhum trecho do discurso feito ontem pelo presidente do Senado, José Sarney. Mas vindo pro trabalho nessa manhã eu ouvi um duro editorial feito pelo Boechat na abertura de seu programa na Bandnews. O jornalista criticou muito os argumentos apresentados pelo senador, entre eles, o de que a crise é da instituição Senado.
Cheguei à redação e dei uma olhada no que os principais jornais publicaram hoje sobre o assunto.
E senti vergonha. Muita!
Em outros parlamentos, como o britânico, crises parecidas geraram sérias consequências. A podridão também existe por lá - e em qualquer canto do mundo onde se misturem homens, dinheiro, privilégios e poder. O que diferencia o caso brasileiro é a total resistência às mudanças necessárias para que as condutas inadequadas e, digamos, pouco ortodoxas passem a ser menos frequentes.
É muito duro passarmos às gerações mais novas a impressão de que, não importa o que aconteça, nada vai mudar. Isso, a meu ver, contribui para que muitos jovens se desinteressem completamente pelos rumos que o país toma. O que é lastimável...
Pra quem quiser ler mais sobre a crise no Senado, indico o excelente artigo publicado pela jornalista Lucia Hippolito em seu blog.
ATUALIZAÇÃO: Vi um trecho do discurso de Sarney online. Para ver também, clique aqui.

Um comentário:

Raquel Med Andrade disse...

Murilo,
Você lembrou algo maior - a consequencia d situação. Além da pouca vergonha generalizada, o que fica é a sensação de que tudo é uma grande perda de tempo e que o país está mesmo perdido.Isso não é verdade!!!!Sobretudo os jovens devem se ligar nisso.
Beijos