Navegando por aí, lendo um pouco sobre política, cheguei ao excelente blog de Lucia Hippolito. Além do post sobre as tensões internas que marcam esse momento pré-eleitoral no PSDB, li o texto em que Lucia narra o dia em que foi vítima do já famoso golpe da ligação dos sequestradores.
Pra quem - incrivelmente - ainda não conhece, nesse golpe os bandidos telefonam para a casa de alguém e, simulando a voz chorosa da vítima, extorquem o familiar desavisado ameaçando matar o suposto refém. Só que não há refém, porque não há sequestro.
Esse golpe é covarde até a última gota! Sei de pessoas que já passaram maus bocados diante de uma ligação desse tipo, inclusive na minha família. Em casa, a orientação é manter a tranquilidade e nunca acreditar num telefonema dessa natureza. E, assim que possível, ligar pro celular e confirmar que tudo não passou de um golpe.
No caso da Lucia, chegou a ser patético: ela não tem filhos, mas deu corda para ouvir até onde ia a canalhice dos bandidos. Ainda sim, conta a jornalista, depois da ligação, o sentimento não era dos mais agradáveis. Ela cita uma desconfortável sensação de vulnerabilidade.
Entendo perfeitamente. É essa sensação que nos persegue atualmente, onde quer que a gente vá. A sensação de que a qualquer instante alguma coisa vai acontecer e, pior, de que estamos completamente desprotegidos para enfrentá-la. Antes, esse sentimento nos perseguia fundamentalmente quando era preciso sair de casa. Mas, de uns tempos pra cá, nem trancafiados nós conseguimos um pouco de sossego e proteção.
Proteção? Só a divina mesmo...
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