Recortes da ficha da "bispa" Sonia Hernandes nos Estados Unidos. Dinheiro (demais) pra lá e pra cá sem informação ao Banco Central...
Não tenho preconceito religioso. Acho que a fé é importante na vida de todos nós, seja ela qual for - e no que for. Agora, acho intolerável ver pessoas enriquecendo às custas da exploração da fé alheia. Ver fiéis, pobres, doando dinheiro suado, limpo, que vai parar em contas no exterior; dinheiro que vira frota de carros importados, cavalos de raça; dinheiro usado pra bancar uma vida onerosa para aqueles que comercializam a palavra de Deus. Isso é vergonhoso! E, como diz uma personagem do Zorra Total, "isso não pode!".
Olha o que diz a reportagem de Juliana Linhares, publicada na edição 2.029 da Veja. O tema da matéria é o enbróglio judicial protagonizado pelo casal de "bispos" da Igreja Renascer em Cristo: "A condenação nos Estados Unidos está longe de ser o último capítulo do prontuário que Estevam e Sonia Hernandes, líderes da Igreja Renascer em Cristo, vão ter de apresentar no Dia do Juízo Final.".
O texto da jornalista prossegue utilizando uma fina ironia pra deixar claro o choque com os números impressionantes das finanças do casal. Num quadro, Veja publicou algum desses números:
- 130 milhões de reais é o patrimônio estimado do casal Renascer. Uma casa na Flórida e fazendas no interior de São Paulo estão na lista dos bens da dupla;
- 2 milhões de reais circularam por uma única conta do casal, em um banco nos Estados Unidos, entre 2001 e 2006;
- Entre 2003 e 2006, o gasto mensal da família no Brasil foi de 600.000 reais;
- A dívida das empresas ligadas à Igreja Renascer com o Fisco estadual já chega a 6,5 milhões de reais.
Além de tudo isso (sim, nada é tão mau que não possa piorar), a promotoria já sabe que as remessas feitas ao exterior eram realizadas por empresas ligadas à Renascer ou por doleiros. No entanto, nenhuma das operações, de acordo com o Ministério Público, foi comunicada ao Banco Central. Segundo o promotor, esse é um indício de lavagem de dinheiro.
O que posso dizer? Apenas que confio na justiça - dos homens e de Deus! E que não posso levar a sério uma instituição que se diz religiosa e que utiliza até cartões de débito automático para arrancar trocados de seus seguidores - esses, sim, pessoas honestas, de bem, e que buscam a Deus acima de tudo.
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