25.10.07

Que seja eterno enquanto...

Quando a história começou, cercaram-se de cuidados para que não se magoassem. Estabeleceram limites, regrinhas e fizeram combinações com o intuito de resguardar aquela recém-começada relação de algum tipo de infortúnio.
Não demorou para que todos os planos fossem por água abaixo! A realidade se impôs, superando toda e qualquer predição. Porque tudo era divertido enquanto estavam um na companhia do outro. Era bom rir da lata de refrigerante que não abria, da pizza com mais massa que queijo, dos casais que brigavam ou trocavam carinhos.
Puseram-se a experimentar aquela alegria que um dava ao outro e a todas as coisas. Riam do formato das nuvens, riam do som que as ondas do mar faziam na arrebentação, riam do jeito um do outro. Riam quando os beijos soavam desengonçados, quando, além das línguas, também seus dentes se esbarravam em suas bocas. Riam dos sons da hora do amor, riam das caras amassadas ao acordar, riam, riam...eram felizes.
O amor nasceu e cresceu naturalmente, sem que se pusessem a pensar na importância e na grandeza daquele sintimento que os unia. O amor frutificou, gerando a parceria inabalável que os fez fortes o bastante para resistir também aos momentos em que o riso cedeu espaço ao choro. O amor durou o tempo exato que deveria. Perpetuou-se numa infinidade de momentos singulares, inesquecíveis, de modo que, quando não mais havia motivos para que sorrissem, restou a certeza de que os sorrisos anteriores tinham sido especiais o bastante para que aquela história pudesse, para sempre, ser definida como uma história feliz.
Uma história com fim. Mas feliz...

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