16.8.07

Morada

Olho pra você e meu olhar é transparente: rouba um beijo teu sem que nossos lábios se encontrem. E vem você, tocando meu rosto com essa tua mão macia como seda, segurando meu queixo e me dando de bom grado o beijo que eu roubara só em pensamento.
Provo do teu beijo depois de tanto tempo e sinto o mesmo frescor, a mesma paz que encontrei na tua boca da primeira vez em que nos beijamos. Uma paz curiosa; a paz de quem se percebe novamente em casa depois de uma longa caminhada por terras desconhecidas. Abro os olhos enquanto ainda estamos nos beijando e vejo você, meu endereço, meu porto-seguro. Você tem os olhos fechados e uma expressão calma; apesar do risco que nos impomos quando escolhemos momento e local tão inoportunos para reafirmarmos nosso desejo. Será que é porque você também mora em mim?
O beijo termina e sinto sua respiração mais forte, no mesmo compasso que a minha. E de novo vem o toque de sua mão, agora na minha mão. E sinto teu perfume tomando conta de mim e me fazendo lembrar que o teu cheiro é o melhor que há, que é ele que, se pudesse, escolheria sentir para sempre.
Mordo seu pescoço e o sal da sua pele se mostra o tempero perfeito para equilibrar o sabor de todos os doces beijos que guardo para você. Só pra você...

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Murilo!
Td bom?
Estou aguardando a entrevista com o Gabriel Reis. Não tenho muita simpatia pelo trabalho dele. Então, estou curiosa pra saber se após ler a entrevista, meu desprezo vai aumentar ou diminuir...rs
Ah! Manda um bj pra Érica.
Ana Paula

Unknown disse...

Oi, Ana! Na verdade, a entrevista com o Gabriel Reis foi publicada em agosto do ano passado. Você deve ter lido algo no arquivo e acabou se confundindo. Mas tá aqui o link pra você dar uma olhada: http://babelturbo.blogspot.com/2006/08/gabriel-reis-o-homem-que-tirou-luana.html
Divirta-se!
Bj!

Carlos Zev Solano disse...

Gosto muito desses contos!

Abraços.

Unknown disse...

Valeu, Carlos!
Brigadão por mais essa visita!
Abs!