Os acordes levam pra longe.
Num milésimo de segundo, distância.
Daqui, do agora, ficam o som e a beleza da voz que conduz aquela viagem.
Passeio, caminhada por tudo o que poderia ter sido e que não foi.
Passado, ficou.
Passeio.
Os acordes trazem de volta.
Naquele instante, vontade.
Tudo é supresa: o olhar, o sorriso tímido, o impensado destino que ganha forma.
Passeio, trilha nova que surge sob os pés.
Presente, agora.
Passeio, vôo sobre os desejos de tudo o que pode ser e que tanto se quer que seja.
Os acordes cessam.
Silêncio, tranqüilidade.
Tudo é incerto: o outro segundo, a outra hora, os outros dias.
Passeio, rota desconhecida que não se quer percorrer só.
Futuro, quando?
Passeio, vamos?
2 comentários:
Oi, Murilete.
Como você sabe, eu não gosto de poesia. Mas essa que você escreveu é bem legal. Bjs
Lindona, dá até medo de achar que isso é poesia, sabia? Escrevo mas não classifico não...acho meio pretensioso demais!rs...
Bj, e que bom que gostou!
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