16.12.09

Viver a Vida segundo o B@belturbo 2...

Não vejo a novela das oito há tempos. Mas não é de hoje que estou interessado em colaborar com Manoel Carlos escrevendo um pedacinho que seja da saga de Helena. E como o estilo do autor muito me instiga, eu busco adotá-lo em mais essa modesta sugestão de capítulo para Viver a Vida. Notem que, dado o andamento da história, o ritmo já está frenético...



Externa. Búzios. Giovanna Antonelli conversa com sua filha. E a garota, com inequívoca vocação para a cafetinagem, sugere que a mãe dê em cima (debaixo e do lado) do tal argentino que era do elenco de apoio e foi promovido. (ÕBS.: Desculpe, produção, mas não guardei o nome do personagem). Corta. Clipe com imagens de Búzios. Toca Shimbalauê, de Maria Gadú. (OBS2.: MAS TEM QUE SER O REFRÃO, POIS TODA POESIA DA MÚSICA ESTÁ NESSES VERSOS!!!). Helena caminha à beira-mar. Cabelos esvoaçantes. Ela acaricia o ventre lembrando do bebê que foi despejado dali pela natureza. Close up. Uma lágrima furtiva escorre por sua face. Zé Mayer se aproxima, seca a lágrima e diz, também em close up, que a ama. Beijo apaixonado.



Roda vinheta.



Interna. Casa de Lília Cabral. Na cozinha, as criadas reclamam que o clima na casa está pesado. Gritos invadem o cômodo e todas correm para ver o que há. Chegam à sala e se deparam com Lília tirando o cinto e ameaçando a filha-malvada. Corta. Interna. Hospital. A médica japa se queixa com uma figurante qualquer que perdeu o doutor-bom-moço pra filha-malvada de Lília Cabral. Maria Luísa Mendonça chega de repente e sugere que basta comer um enfermeiro qualquer pra esquecer do doutor-almofadinha. Corta. Interna. Casa de Lília Cabral. Assustadas, as empregadas seguram a patroa para conter seu ímpeto violento. Close up em Lília com ódio no olhar. (OBS.: Atenção, direção: pode ser aquele mesmo olhar de ódio que ela fazia em Páginas da Vida. Vai ficar ótimo!). Corta. Externa / noturna. Leblon. Thiago Lacerda e o marido de Fernanda Lima correm na orla. Passa uma figurante gostosona e os dois olham pra retaguarda da moça e, em seguida, caem na gargalhada. Mas seguem correndo. Corta. De longe, sentada num quiosque, Bárbara Winehouse Paz enche um coco de vodka e finge viver uma fase natureba.



Intervalo.


Interna. Casa de Lília Cabral. As empregadas dão tudo de si para conter a patroa, mas Lília solta o pitbull que mora dentro dela e distribuiu fartas doses de cinturadas em todas: na filha malvada e nas duas criadas. Bate com força, tirando sangue. Até o cinto rasgar. Quando o cinto rasga, ela chuta as três, já desfalecidas sobre o carpete da sala. Bate até cansar. Depois, aflita, tem uma crise de nervos e cai aos prantos. (OBS.: Atenção, direção: ela pode chorar com a mesma cara que chorava depois de apanhar do marido em A Favorita. Vai ficar ótimo!). Vamos sonorizar a choradeira com a música da Nana Caymmi? Acho que Shimbalauê não cai bem aqui...



Intervalo.



Helena e Zé Mayer chegam em casa. Alinne Moraes está deitada. Enquanto Helena e Zé Mayer tentam dormir, Alinne grita o tempo todo, pedindo coisas mil. (Atenção, direção: vamos dar um toque em Alinne pra que ela controle sua bocarra nessas cenas. É grande demais e fica parecendo que ela vai engolir o telespectador a qualquer momento). Helena vai até o quarto de Alinne Moraes e, com lágrimas nos olhos, aplica uma injeção de Lexotan na mala da enteada. Alinne tenta gritar, mas Helena a sufoca com um travesseiro. Corta. Externa/noturna. Leblon. Uma ambulância retira Bárbara Winehouse Paz da mesa do quiosque. Ela parece bêbada. Dentro da ambulância, seduz o enfermeiro e ele concorda em substituir o soro por uma garrafinha de vodka na veia. (OBS.: Bárbara, sei que pode ficar repetitivo, querida, mas será bacana que você apareça sempre bêbada. Talvez, assim, o povo creia que você também não estava sóbria quando ficou com o Supla na Casa dos Artistas, ok?). Corta. Casa de Helena. Toca a campainha. Zé Mayer abre a porta e vê Lília Cabral. Ela tem ódio no olhar. Empurra o galã-senil e vai até o quarto de Alinne Moraes. Arromba a porta com um chute e vê Helena aplicando a injeção em Alinne. Lília tira o cinto e, quando se aproxima de Helena, é surpreendida quando a mocinha saca de dentro da cabeleira um facão.



Depoimento de alguém "bem sofrido" encerra o capítulo.


Que tal???

3 comentários:

Sandra Maciel disse...

Murilo, o ritmo ficou muito frenético, na novela acontecimentos como esses demoram mais de uma semana para acontecer, as lágrimas da Helena rendem quase um capítulo inteiro. Essa semana teve uma cena ótima de empregada/escrava. Miguel, irmão gêmeo do noivo da Aline Moraes, chega em casa bem tarde, depois do plantão e pede a empregada que faça um prato com arroz, feijão, bife e batata frita porque ele está com muita fome. A empregada vai a cozinha preparar a comida. Enquanto isso ele conversa com a mãe na sala e se desentendem. A empregada volta com o prato de comida, mas ele perdeu a fome e dispensa a empregada! Não é demais isso!!! E os direitos trabalhistas, essa mulher não dorme nunca, está sempre em pé, muda ao lados dos atores pronta para fritar umas batatas após o horário de trabalho???? Não me conformo!

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkk to rolando de rir c sua história e a observação da Sandra(observação que procede pq vi a cena enquanto estava na academia.haha.

Vc podia incluir na parte da caminhada da Helena com o Zé mayer na praia um ambulante vendendo alguma coisa aos gritos ou um parapente derrubando os dois.hahahaha

Musa de Caminhoneiro disse...

Sensacional! hahahahahaha