12.8.09

Jornal da Record dá o troco e bate feio na Globo, que segue atacando...

A guerra entre as duas emissoras de TV mais assistidas no país deixou o campo das estratégias de programação e se tornou, nessa quarta-feira, uma questão editorial. Depois de anunciar durante toda a sua programação uma matéria que "responderia aos ataques feitos pela TV Globo", a Record pôs em seu principal telejornal duas reportagens para cumprir a função. Nenhuma, no entanto, defendeu os líderes da Igreja Universal das acusações feitas pelo Ministério Público - e divulgadas pela Globo no Jornal Nacional de ontem.
A Record pareceu seguir a máxima de que a maior defesa é o ataque e, para isso, atacou ações da concorrente - desde a fundação até a polêmica edição do debate entre Collor e Lula, nas eleições de 1989. Aliás, chegou a insinuar que a Globo sempre perseguiu - e continua a perseguir - Luís Inácio Lula da Silva. Além de afirmar claramente que a emissora da família Marinho partiu para o ataque por ver ameaçado o seu monopólio no campo da comunicação no país. Tudo isso com citações aos índices de audiência dos programas da Record e com direito ao uso de imagens antigas do Jornal Nacional, além das imagens de William Bonner e Fátima Bernardes na edição de ontem do telejornal mais assistido do país.
Na outra reportagem, a Record fez uma espécie de institucional da Igreja Universal, mostrando algumas das ações sociais empreendidas pela instituição e várias entrevistas com fiéis - e defensores - da IURD.
Quanto às acusações, no entanto, poucas informações. E nada de citações aos outros veículos de comunicação, como a Folha de S. Paulo, que também publicaram informações relativas às investigações feitas pelo Ministério Público.
No Jornal Nacional, a munição também foi pesada. A reportagem mostrou a repercussão internacional da denúncia contra Edir Macedo e, além disso, vídeos com imagens de cultos da Igreja Universal, no qual pastores incitam os fiéis a doarem até o que têm "para o seu sustento". O JN também mostrou o caso de um fiel que recebeu um diploma assinado por Jesus Cristo (?!?!) e o caso de um ex-obreiro que afirmou que até o óleo oferecido pela IURD aos seus seguidores é falso.
Ou seja, minha gente: o telejornalismo brasileiro viveu nesta quarta-feira um dia de telebarraco, pra Programa do Ratinho nenhum botar defeito...
E você? O que acha dessa história toda?
Comentaê!

Um comentário:

Amanda Hora disse...

Acho vergonhoso, mas da parte da Record. Pq o JN mostrou os fatos e, ao meu ver, a Record numa tentativa desesperada ataca ao invés de se defender.