Depois de um dia tumultuado, cheguei em casa e fiquei sabendo, via Twitter, das pancadas que o mais importante telejornal do país deu na Igreja Universal do Reino de Deus, com base em conclusões de uma investigação feita pelo Ministério Público.
Vi a matéria online, na Globo.com, e fiquei impressionado. Primeiro, claro, com o teor das denúncias - que, aliás, não são inéditas. Mas também me chamou a atenção a, digamos, disposição da Globo em bater em sua principal concorrente. Essa disposição se mede pelo tempo dedicado à reportagem - bem maior que o das reportagens usuais do JN - e pelo tom agressivo dos gráficos que ilustraram a matéria, com as fotos dos integrantes da suposta quadrilha meio carimbadas com o selo "lavagem de dinheiro". E, por fim, vinculando todas as operações investigadas no processo à Rede Record.
O assunto vai dar pano pra manga. A guerra entre as duas emissoras é antiga e parece mais quente do que nunca. E, como diz o povo, a briga é de cachorro grande.
Da minha parte, fico com algumas perguntas na cachola. A primeira é: por que diabos - com todo o respeito e sem trocadilho, claro - as igrejas não podem pagar impostos, Jesus? Todas, sem exceção. Seria justo, não?
E a outra é: não seria bom a Globo ter ouvido os acusados? E se eles se recusassem a falar - como é de supor que fariam - informar isso aos espectadores? Como foi exibida, a matéria deu a impressão de não se preocupar em ouvir os dois lados da história. E esse é um dos preceitos do jornalismo sério.
Mas, no entanto, vale lembrar que essa história não foi inventada pela Globo, nem pelo Jornal Nacional. Está, por exemplo, na primeira página da Folha de S. Paulo de hoje...
Taí uma grande polêmica. E você? O que pensa a respeito, hein?
Comentaê!
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