Apontada por alguns como uma clone de Ana Carolina, Isabella Taviani lota o Canecão e mostra que já tem, sim, uma personalidade própria no palco...
Muitos casais na platéia - só de moças ou mistos - denunciavam: a noite seria mesmo dos românticos. De início, achei que a atmosfera era bem diferente da dos shows de Ana Carolina - assisti um e fiquei impressionado com o furor das fãs da cantora. Mas quando Isabella Taviani subiu no palco cantando Mon Amor, Meu Bem Ma Femme, todas as minhas dúvidas se dirimiram: é mesmo uma cantora em lua-de-mel com o público feminino.
Participativo, o público correspondeu ao chamado da artista e fez do Canecão u só coro na primeira apresentação de encerramento da turnê Diga Sim. Em Diga sim pra mim, moças e rapazes enchiam ambiente com gritos de sim, felizes pela união com a artista. O coro, empolgado, também se empenhou com hits como Digitais, Quero mais é te perder, Sinal de Adeus, Último Grão e Ternura - essa, num belo momento de emoção da artista, que exibiu um canto mais contido e, não por acaso, mais bonito. Igualmente bonita foi a interpretação de Foto Polaroid, o primeiro grande sucesso de Isabella, formatada para voz e violão. E, claro, o fiel coro que acompanha a artista.
Houve também os duetos com Zélia Duncan - pra mim, mais válidos como uma prova de amizade e anúncio de parcerias futuras do que como uma grande atração do show.
Também não gostei muito dos momentos em que Taviani se arrisca por um repertório mais pop rock. Acho que o estilo não combina com a artista e, em alguns momentos, a emissão dificulta a compreensão do que está sendo cantado. Mais vale pelo esforço de se mostrar versátil. E um belo exemplo é a execução de La luna, de forte pegada flamenca, interpretada com belo gestual e, sobretudo, com um tremendo vigor vocal.
Terminei de ver a apresentação com uma certeza: se Isabella Taviani tem um timbre e um público parecidos com o de Ana Carolina, as semelhanças terminam por aí. No palco, Taviani sabe se expressar melhor, com mais carisma que a colega mineira. Tem, sim, uma identidade própria, que eu arriscaria definir como mais leve, mais radiante que a de Ana Carolina. Fiquei surpreso com o que vi...
Só não gostei muito do segundo figurino que a artista usa no show. Como bem definiu minha prima, ela fica parecendo o Pequeno Príncipe. Mas, tal qual o personagem, Tavini também é responsável por tudo aquilo que cativa...
2 comentários:
Bela crítica!!! Abs.
Você teria gostado mais se eu tivesse escrito na resenha que fui sem pagar o ingresso, né? Pois, creia: foi isso que aconteceu!!!rs...
Abração!
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