19.2.10

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Há quase três anos, quando soube do covarde assassinato do menino João Hélio, eu usei uma exclamação para dar título ao post sobre o assunto. Hoje, as três que estão aí em cima parecem insuficientes para expressar todo o inconformismo que tomou conta de mim desde que soube das últimas novidades do caso.
O mais triste nessa história é que o juiz que soltou um dos assassinos de João Hélio está, de fato, amparado na lei. O jovem, livre, tem garantido o seu direito à liberdade depois de cumprir a pena que lhe foi imposta.
A história da libertação do culpado e de sua suposta viagem ao exterior indignou boa parte da opinião pública. E fez surgir uma gana por vingança e justiça a qualquer preço que me parece bastante perigosa. Num momento como esse, o que me parece mais sensato é reavaliar e discutir se as leis vigentes respondem aos anseios da sociedade por ordem, segurança e, obviamente, por justiça.
Não acho que o caminho seja reduzir a maioridade penal. Mas acho que a lei, na atual conjuntura, tem se revelado um tanto branda no caso de crimes bárbaros como foi o assassinato do menino João Hélio. Ainda mais quando se considera que o autor em questão tem outros quatro registros na polícia - provas de que, definitivamente, o crime horrendo não se trata de um deslize em uma trajetória de apreço pelas regras do bom convívio social.
Fato é que, num episódio de tamanha repercussão, soltar um dos culpados depois de tão pouco tempo e, ainda por cima, se cogitar a possibilidade de enviá-lo para fora do país soa quase como um estímulo para que outros jovens, menores de idade, enveredem pela prática criminosa. Além de passar a clara mensagem de impunidade predominante para toda a sociedade.
É uma questão polêmica e que requer, repito, muito debate. E você, o que pensa a respeito?

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