4.7.07

Vontade de dar tchau pra "oi"...

Depois de uma semana com telefone mudo e internet lerdox, resolvi ligar para a operadora para tentar resolver a questão. Primeiro, a insuportável gravação, que se apresenta como "atendente virtual". "Converso" com a moça que não existe e ela "me transfere" para um colega "de verdade". Explico o meu problema ao rapaz e ele diz que vai fazer testes. E tome musiquinha...
- Só mais um instante, senhor. Estou executando os testes... - ele me diz.
E tome musiquinha...
- Mais um instante, senhor...
A musiquinha volta com força total. Como que percebendo minha irritação, o rapaz volta a falar comigo:
- Senhor, preciso que o senhor espere mais um instante. Estamos colhetando os resultados dos testes...
- Tudo bem - resignei-me.
Volta a música. E os tais resultados demoram. Conversando com a minha mãe, solto meia dúzias de palavras nada elogiosas ao serviço da empresa. É quando o rapaz volta:
- Senhor, seu telefone está tocando?
- Não!
- O senhor tem certeza?
- Claro que tenho!
- Ok, senhor. Que tal se o senhor trocasse o aparelho. Pode ser algum problema com ele...
Aí meu humor ficou completamente fora da área de cobertura...
- Eu já fiz esse teste. E nada funciona! Resolvi ligar pra vocês exatamente por isso! Gostaria de saber se a gente vai poder agendar um visita de um técnico à minha casa, ou se essa enrolação toda tem mesmo o objetivo de me irritar e me fazer desistir de pedir o reparo...
- Não, senhor! De forma alguma! Só um instante que eu já vou agendar o conserto.
Antes de cumprir o prometido, o atendente voltou a falar comigo. Queria me "advertir" que, caso o problema fosse na parte interna da minha casa, o técnico da companhia iria apenas me "orientar a resolvê-lo" e eu seria cobrado em cerca de R$ 30,00 em minha próxima conta. Concordei. Encerramos a conversa, depois de 20 longos minutos ao telefone.
Fui pro banho e a tal linha - até então defeituosa - tocou. Era outra pessoa da companhia:
- Senhor, seu telefone está funcionando?
- Olha, se você ligou pra ele e estamos nos falando, só posso crer que sim, né? - disparei, já irritado e atrasado. Aproveitei para cancelar a solicitação de reparo feita anteriormente.
Voltei ao banho. O telefone tocou novamente. Atendi e era outro atendente da companhia:
- Senhor Murilo, o senhor cancelou o reparo do telefone?
- Sim, cancelei! E você já é o segundo a me ligar em menos de cinco minutos (é verdade, gente!)! Cancelei porque a linha já está funcionando, como você pode perceber. E não há sentido em mandar consertar algo que já está funcionando, certo? - respondi, já sem a menor intenção de esconder como aquela falta de comunicação entre setores diferentes de uma empresa de comunicação estava me irritando.
Mas, como dizem os pessimistas, as coisas sempre podem piorar...e pioraram! Com a voz empostada, meu interlocutor disparou:
- Senhor, o senhor pode repetir? Não pude escutá-lo com clareza...
Não repeti. Respirei fundo, disse que já estava tudo bem e desliguei. Com uma vontade louca de dizer um sonoro "TCHAU" pra essa empresa com nome de saudação; que muda, muda, muda e muda de nome, mas, no fundo, continua a mesma porcaria de sempre!

Um comentário:

Carlos Zev Solano disse...

Caro Murilo,

primeiramente muito bem escrita a sua narração.

Outra, já sofri muito com a tal empresa e numa dessas vezes eles queriam de qualquer maneira me vender o Velox - tenho NET - depois de mais de quinze ligações oferecendo o serviço e já irritado resolveram mudar de tática e passaram a me passar trotes - um tremendo absurdo!

Entrei na justiça para acabar logo com isso, mas o pior ainda veio. A empresa agiu estranhamente - quando entrei para o julgamento o representante da empresa já estava lá!! - e o juiz deu ganho de causa à empresa.

Ou seja, que país é esse!

Abraços.