Dia do trabalhador, show em Copacabana. Multidão, lua cheia enfeitando o céu e, como diz Maria Bethânia em seu "Maricotinha ao vivo", aquele cheiro de batata frita e gasolina que só Copa tem.
No palco montado por uma operadora de telefonia celular, Daniela Mercury era a atração principal. Pego a apresentação no meio, mas ainda a tempo de ouvir a moça celebrar os 15 anos de sua apresentação na Apoteose, à época da explosão de seu "Canto da cidade". Eu tinha doze e ainda começava a definir minhas preferências musicais. E Daniela já chegou conquistando um lugar especial. Gostava de vê-la cantar e dançar, comprava seus discos - sim, tenho alguns deles até hoje. Na praia, enquanto a baiana canta "Pensar em você", penso nela. E lembro que aquele seria o segundo show seu que iria assistir na vida - o primeiro, fantástico, foi o do Rock in Rio, em 2001.
Daniela faz um bom show, não decepciona o fã de longa data aqui. Exibe o fôlego, a energia e a vitalidade de sempre - é, pra ela parece que o tempo não passou. "Maimbê dandá" bota a massa pra pular, mas o melhor momento da noite é "Ilê Pérola Negra": número cheio de impacto cênico, bela coreografia e uma participação linda dos bailarinos.
Lá se vão quinze anos. E eu, em Copacabana, entendo porque essa baiana conquistou meu coração há tanto tempo...
* No vídeo, o trecho final de "Ilê Pérola Negra"
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