Durante todo o show, dava pra ouvir aquele coro baixinho seguindo a cantora em suas canções. Era como se todos cantassem aos sussurros para não atrapalhar a artista que estava no palco. E que artista! Dona de uma voz que já "pega" a platéia na primeira música, "Infinito Particular", tocada - e cantada - na escuridão total. Em dois momentos, quando os holofotes iluminam o rosto da cantora, aplausos. Prenúncio de uma noite de um entrosamento total entre Marisa Monte e seu público.
E a cantora sabe agradar. Faz inúmeras brincadeiras com o público, demonstra estar com o melhor dos humores, e conta histórias sobre suas canções. Tem aquela, feita num DDI Europa-Brasil; tem aquele sambinha da década de 50, resgatado da tradição oral...e tem tantas outras...!A sacação do cenário foi mesmo genial! O balé dos blocos de luz é perfeito, com destaque para dois momentos: "Segue o Seco", quando Marisa parece dançar tendo uma das gruas usadas na iluminação como partner; e "Velha Infância", quando o palco todo baila ao shom do hit-romântico dos Tribalistas.
O único senão, pra mim, é "Pernambucobucolismo". Já não era bom no disco, e também não acrescenta muita coisa ao show. Mas não chega a comprometê-lo.
No finalzinho, "Nada é proibido" e a cantora distribui balas para o público, seguindo uma letra que junta "jujuba, paçoca, doce de abóbara"...bem legal!
Muito bom show! Destaco "Vilarejo", "Pra ser sincero", "Meu canário", "Segue o Seco", "Tema de Amor", "Satisfeito" ("a história de um cara que foi abandonado e ficou feliz da vida...porque é possível ser feliz só"), "Até Parece"...muita coisa a ser destacada! Melhor dar a dica: quem não foi - ainda - tem - ainda - a chance de conferir esse belo espetáculo no próximo final de semana aqui no Rio. E ainda vai poder cantar, bem no finalzinho, regido pela Marisa.
É a tal "comunhão musical", que ela tanto prega e que faz tanto bem a todos nós!
*assim que der eu posto algumas fotos. O Blogger não tá ajudando muito hoje não...
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