No fim da tarde, silêncio no escritório. Todos estavam cansados depois de um dia de expediente puxado. Na hora do logoff nos computadores, amigos se agrupam em volta de uma mesa e começam a jogar uma inocente conversa fora. Formam um círculo e apenas uma prefere continuar em sua estação de trabalho.
De pé, em meio ao papo furado, os demais notaram que a moça sentada de fronte ao computador chorava ao ler um e-mail. Não era uma mensagem qualquer: era daquelas com fundo musical. E também não era um choro corriqueiro: a moça tinha a face banhada por lágrimas e a pele, outrora muito clara, dera lugar a um tom de cor-de-rosa muito comum a todos aqueles que sofrem calados...
Os conversadores, compadecidos, ensaiaram um tímido consolo à amiga: "Não fica assim, vem pra cá...".
Inútil tentativa. Tristonha, ela seguiu a chorar...
Até que uma das integrantes da turma da conversa-mole - a mais desligada de todos e a única posicionada de costas para a amiga tristinha - resolveu dar um (infeliz) conselho, sem sequer olhar para a cena às suas costas:
- É, vem pra cá! Fica vendo esses e-mails, daqui a pouco vai cair no choro!
A chorosa amiga não ouviu o tal conselho. Mas os demais, todos de frente para a moça com lágrimas pendendo dos olhos, não resistiram: diante do non-sense da situação, fizeram ecoar uma gargalhada coletiva que acabou por intimidar o tímido pranto da moça triste...
Um comentário:
Essa cena foi IMPAGÁVEL!
Parecia piada, mas foi pura distração...
Esse papo rendeu....
Parabéns pelo post!
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