Abraçaram-se pela primeira vez. Beijaram-se com a sede de quem sorve o último gole de um copo d'água depois de uma longa caminhada pelo deserto.
Ali, no escuro do quarto, puderam-se ver com mais clareza. E viram claramente os caminhos que aquela relação poderia percorrer.
Sobre a cama iluminada por um ou outro reflexo de uma luz que, persistente, entrava pelas frestas de portas e janelas, amaram-se pela primeira vez. Provaram um do outro e sentiram o gosto de serem, enfim, apenas um. Entregaram-se ao desejo há tempos represado, às vontades cultivadas ao longo de meses e meses de muita conversa e pouca ação.
Ali, na penumbra, agiram. E também falaram. E gostaram do que falaram e ouviram.
E era apenas o começo...
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