Deputados resolveram mandar libertar o colega de casa, Álvaro Lins, que havia sido preso pela PF. E a também deputada Cidinha Campos fez sérias acusações a boa parte dos legisladores do Rio de Janeiro. E agora?
Toda essa história da prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é, por si só, escabrosa. Descobrir que a cúpula de uma das instituições responsáveis por garantir a segurança do cidadão poderia estar envolvida com quadrilhas é assustador. É quase um sinal máximo de que as coisas são muito piores do que imaginamos. Infelizmente!
Mesmo assim, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro resolveu decretar a revogação da prisão do deputado Álvaro Lins, apontado pela Polícia Federal com um dos principais nomes da tal quadrilha e preso em flagrante.
Não sou jurista e, portanto, não me cabe julgar o mérito da prisão, bem como o da tal revogação.
Agora, como eleitor, fiquei chocado com a notícia sobre o discurso da deputada Cidinha Campos, do PDT, durante a sessão em que a revogação foi votada. Contrária à iniciativa que restaurou a liberdade do ex-chefe da Polícia Civil, Cidinha disparou um petardo: “Na hora de defender deputado vão buscar na Constituição Federal amparo para defendê-lo. Isso é porque 40% dessa Casa são envolvidos com a marginalidade, o tráfico, grupos de extermínio, extorsão e milícias”.
Pergunto: o que se faz diante de uma acusação tão grave quanto essa? Não dá pra ignorar e fingir que nunca houve o discurso de Cidinha. Não dá pra olhar com respeito para a sede do legislativo estadual depois de uma suspeita tão grave ser levantada por uma integrante da casa. E não dá, acima de tudo, para acreditar na idoneidade de deputados que sequer se preocuparam em dementir,veementemente, as duras afirmações da colega pedetista.
Como cidadãos, todos devemos cobrar por respostas. E isso é o mínimo que os senhores deputados nos devem...
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