3.4.09

Vida dura...

Não sou rico. Não sei se um dia virei a sê-lo e, honestamente, não queimo meus neurônios sonhando com isso. Não nutro esperanças vãs de um futuro de luxo e riqueza. Nem jogo na Mega-Sena pelo simples fato de não acreditar que o meu dinheiro venha de outra fonte que não seja o meu trabalho.
Não sou um cara de muitos luxos. Gosto de conforto e de coisas simples. Gosto de investir a grana que sobra dos compromissos em coisas que me enriqueçam culturalmente. Acho fundamental para o meu crescimento. E para a saúde...
Mas, mesmo assim, dia desses eu tive vergonha. Vergonha de ter o pouco que tenho. Vergonha por saber quanto um colega de trabalho tinha acabado de receber como salário. Com dois filhos e toda a sorte de despesas de um chefe de família. Descontente, ele reclamou por ganhar uma merreca.
E era uma merreca mesmo!
Os mais pragmáticos dirão que é assim mesmo, que sempre vai haver os que ganham mais e os que ganham menos. E sei disso. Mas acho que há um limite de dignidade que não poderia, jamais, ser violado.
E dói pensar que, nesse país tão rico, tanta gente nem conhece o que é ter uma vida digna...

Um comentário:

Sandra disse...

Murilo, sabe o que eu acho ainda pior... é que muita, mas muita gente mesmo que ganha muito mais que o seu colega não ganha por mérito... Ganha porque tem QI, pq rouba, pq engana..., sem o devido esforço! E ainda que muita gente boa e inteligente não consegue emprego pq falta, não inteligência ou capacidade, mas conhecidos que os indique! E, sem dúvida, o salário mínimo, deveria ser o "mínimo" que uma família precisa para viver dignamente! Bjs!