Dia desses, vi uma menina de 15 anos diante daquela que pode ter sido uma de suas primeiras decepções amorosas. Apaixonada, viu o ficante - que alegava estar embarcado numa plataforma petrolífera - aos beijos com outra menina no cinema.
Ali, diante da menina eu se descobria traída, vi seus olhinhos se arregalarem e ficarem um pouco mais úmidos que de costume. Pude sentir sua respiração mais ofegante e, creiam, quase compartilhei daquela sensação de coração batendo na garganta...
Sei que experiências desagradáveis como essa nos fortalecem, nos tornam mais maduros e nos ajudam e encarar o mundo - e a vida - de frente, sem idealizações e sem romantismo exagerado. A vida não é o jogo do contente e essas derrubadas servem exatamente pra deixar tudo isso claro. Mas ali, diante daquela cena, eu me perguntei como seria se nós não tivéssemos a necessidade de mentir. Como seria o mundo se não enganássemos uns aos outros e se nas coisas do coração, a sinceridade fosse palavra de ordem.
Pensei em como seria bom e leve poder confiar em alguém sem se patrulhar o tempo todo, sem medo de estar se entregando demais. Como seria bom ouvir quem se ama sem motivos pra crer que aquele alguém tão especial poderia ser capaz de algo que nos ferisse ou magoasse...
Seria bom. Mas tá longe de ser assim.
Voltei do devaneio e dei um beijo naquela mocinha que tanto amo. E pedi ao universo que lhe dê força e sabedoria pra suportar todas as barras desse mundo louco em que estamos enfiados...
3 comentários:
Bom, esse tipo de sofrimento faz parte da vida. Faz a gente aprender a lidar com outros tantos que teremos que enfrentar... Mas vale um colinho, é claro! Eu lembro, que com 15 anos, essa tristeza parecia não ter fim, mas tem!!! Bjs e boa sorte!
Aos 15 anos td é mt mais trágico... ainda bem q isso muda dps! haha
Bjs!
15 anos: a época da intensidade. E das descobertas...
Às vezes a gente descobre que, como dizia o Schopenhauer, "viver é sofrer"...
Bjs, moças!
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