Para o blogueiro que vos escreve - e que assume ares saudosistas nessas últimas postagens do corrente - 2007 reservou belas surpresas. Comecemos pelo que tive o prazer de encontrar nas escuras salas de cinema...
Nesse ano, as telas nos mostraram A Rainha da Inglaterra de um jeito nunca antes visto. Com interpretação magistral de Helen Mirren, devidamente oscarizada, a história de Elizabeth II foi sucesso de público e crítica.
Crítica que também gamou nas histórias de Babel e À procura da felicidade. Conferi as duas produções no meu primeiro carnaval cinematográfico. Estrelado por Brad Pitt, Babel tem roteiro bem costurado, cheio de histórias paralelas e que, no fim das contas, acabam se mostrando interligadas. O segundo filme, a comovente história real estrelada por Will Smith, emociona e faz pensar. Uma produção arrebatadora, como a volta de Rocky Balboa aos ringues: velho, fora de forma, mas sempre capaz de nos fazer torcer por ele!
Mas três filmes completamente diferentes encabeçam os destaques de 2007 na minha opinião. Pedrinha de Aruanda seria sobre Maria Bethânia, mas acabou sendo estrelado por sua mãe, Dona Canô. Embora seja fã da irmã de Caê, acho que a maior qualidade da produção é exatamente revelar ao mundo toda a genialidade simples e doce da centenária matriarca do clã dos Veloso. Outro destaque que marcou o cinema nesse ano também teve o mérito de revelar ao país uma triste realidade carioca: pirata ou no cinema, a febre da Tropa de Elite conquistou milhares de adeptos. E ajudou a consolidar Wagner Moura como um dos maiores atores brasileiros da atualidade, além de mandar o Capitão Nascimento para o rol dos personagens inesquecíveis do cinema brazuca. De lá ele só sai se pedir, 01...
O mais bonito filme do ano, coincidentemente, contou a vida de outro personagem inesquecível: Edith Piaf, La Môme. Produção bem realizada, fotografia linda e uma das mais marcantes seqüências dramáticas que já tive o prazer de assistir numa sala de projeção. Sem contar a interpretação perfeita de Marion Cotillard, pra mim, fortíssima candidata ao Oscar 2008. Mas isso é assunto pra uma perspectiva...e esse não é o caso por hoje!
Na música, 2007 deu muito samba, ritmo escolhido por duas das maiores cantoras da atualidade: Maria Rita e Roberta Sá. Cada uma em sua praia, as moças produziram dois memoráveis álbuns dedicados ao gênero. Outra musa - essa, da seara pop - lançou um delicioso CD solo e também fez bonito. Devo dizer que passamos algumas horas só nós: eu e Paula Toller.
Entre os rapazes, Damien Rice e Rodrigo Maranhão monopolizaram o meu mp3 player: estilos completamente diferentes a serviço de música da melhor qualidade.
Quando o assunto é show, elejo dois destaques: o último de Los Hemanos antes do tal "recesso por tempo indeterminado", na Fundição Progresso (faltou qualidade ao som, mas sobrou emoção); e o Balé Mulato, de Daniela Mercury, que vi nas areias de Copa no Dia do Trabalho. Golaço da baiana!
Para encerrar o capítulo sobre música em 2007, vale lembrar do web-hit do ano...se fez rir, valeu a pena, né?
Pro orgulho brasileiro, tão presente nas competições esportivas, o ano que termina também vai deixar saudades. O ano do Pan do Brasil, cheio de sorrisos dourados, lágrimas de heróis e heroínas e de muita festa nas quadras, piscinas e arquibancadas do Rio.
Rio...de tantas notícias ruins e de tantas notícias maravilhosas. Rio que riu ao ter seu Cristo eleito como uma das novas sete maravilhas do mundo.
Diga lá: 2007 valeu ou não valeu a pena?
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