Caso do jovem homossexual espancado em Niterói acende a polêmica sobre a homofobia: até onde vão a covardia, a intolerância e o preconceito? E até onde podemos deixar que tudo isso chegue?
Os três covardes que espancaram o jovem Ferrúcio Silvestre, em Niterói, são exemplo do que há de pior nessa nossa sociedade! Traduções mais perfeitas do cinismo que esconde o desrespeito à diversidade sob o manto de um ideal de sociedade cordata que, vez por outra, explode e encontra vítimas como esse jovem de 19 anos, agredido apenas por ser gay.
Li a notícia, fiquei chocado com a foto e fiquei me perguntando: por que será que os três caras resolveram espancar o Ferrúcio? Confesso que nem precisei gastar mais de um minuto pra sacar que, por tás dos socos, pontapés e de toda a selvageria a qual o rapaz foi submetido, muito provavelmente está a forma encontrada pelos animalescos agressores para promover uma auto-negação; um jeito de deixar claro o desacordo com a própria condição, com o próprio corpo; talvez, com o próprio desejo.
Porque "homem que é homem" nunca precisou agredir ninguém para sê-lo. Mais que esses três paspalhos, tão empenhados em demonstrar essa forma primitiva de parecer másculo, Ferrúcio se mostrou um grande ser humano ao estampar os jornais e esfregar na cara de todos nós, brasileiros, que a homofobia é grave, que mata, e que precisa se converter numa bandeira de luta de toda essa sociedade, se é que, de fato, ela se pretende mais justa, fraterna e pacífica.
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