Então, dizes que me amas.
Incrédulo, e, talvez, tentando crer no que ouço, rio.
Rio daquelas tuas três palavras, ditas com a malemolência que o álcool traz.
Rio do som que elas têm quando ditas por ti.
Som que nunca ouvira em tanto tempo...
Rio de um destino que nos separou sem nunca ter desfeito nossa ligação
Nosso laço, nó quase cego; míope, tão apertado quanto os abraços de antes
Nó que nos amarra e nos afasta; ele - o nosso nó - a pedra no meio do caminho
Do nosso caminho para a felicidade...
Rio das voltas que o mundo dá
Mundo que nos deixa tontos
Que roda, roda, roda e nos deixa sem saber pra onde ir
Mas, vamos? Seja pra onde for...
E rio de uma certeza teimosa
que insiste em vir comigo onde quer que eu vá
A certeza de te ter sempre junto de mim
A certeza duvidosa de achar que é pra você que eu vim...
2 comentários:
Wow... Adorei o poema.
Tocante. Na verdade me senti nostálgico, me fez lembrar de alguém muito especial.
Está de parabéns.
Espero continuar lendo o seu blog, ele tem um nível maravilhoso.
Abraços.
Valeu pelo elogio!
Conto com suas visitas! E com seus comentários!
Abração!
Postar um comentário