Jornais de hoje ainda repercutem o episódio das vaias ao presidente. Para blogueiro, manifestação veio em momento inoportuno...
O episódio das vaias ao presidente da república no Maracanã, capa da Folha de S. Paulo e do Globo de hoje, também foi a pauta mais quente dessa segunda-feira, dia 16. Pelo menos nas informais conversas de amigos. Ouvi a história a caminho do trabalho, no trabalho e, ainda, na volta, a caminho de casa. Ouvi quem fosse a favor e os que eram contra ao coro hostil ouvido pelo presidente na última sexta-feira. Os partidários das vaias alegavam: "Esse é um país democrático! O povo tem o direito de se manifestar!". Os que reprovaram a atitude também se justificavam com base nos princípios da democracia: "Ele foi eleito pela maioria! O povo tem que respeitar essa escolha, e se manifestar nas urnas".
A minha opinião já estava formada desde o instante em que vi as imagens: julguei a manifestação desnecessária e, pior, completamente inoportuna! Tenho até dificuldade para ver uma relação com qualquer instinto democrático. O que vi ali foi uma clara demonstração de uma falta de educação que não aceito que seja apontada como uma tônica entre os brasileiros. Fiquei surpreso e envergonhado com a atitude daquelas 90.000 pessoas que, talvez até sem perceber, tiraram um pouco do brilho da bela festa de abertura do Pan. Jogaram no ventilador um problema que é só nosso, sem reconhecer os méritos (também nossos) de ser sede de um evento tão importante. E, além disso, sem reconhecer que o Governo Federal entrou de cabeça para fazer desse Pan um marco na história do esporte brasileiro.
Não me cabe julgar se o presidente merecia ou não ser vaiado. Essa é uma opinião muito particular. O que acho é que, definitivamente, aquele não foi o melhor momento para esse tipo de manifestação. Ou alguém se lembra de ter visto o Bush ser vaiado nos EUA? Chávez, na Venezuela? Eu, honestamente, não lembro! A legitimidade da tal insatisfação que fez Lula ouvir aquela vaia na sexta-feira eu também discuto...pra mim, o coro tem, na verdade, muito de galhofa. Muito da alma de torcedor de futebol que xinga a mãe do juiz, xinga os jogadores da equipe oponente e, como dizia Nelson Rodrigues, "vaia até minuto de silêncio".
Sempre detestei vaias porque sempre me coloquei no lugar de quem a ouve sem chance de defesa. E se já achei lastimável o episódio envolvendo o presidente, acho ainda pior quando o alvo das vaias é um atleta. E essa tem sido uma constante nesse início de Pan: torcida vaiando todo e qualquer atleta que se oponha ao Brasil. Total falta de espírito esportivo...
3 comentários:
Você sabe que eu discordo, né, meu amigo. Acho a vaia legítima e adorei que ela tivesse acontecido. Não concordo que tenha tirado o brilho da festa. Quem dera que o brasileiro fosse intenso e indignado com a política como é com o futebol. Somos tão cordeiros diante de tantos escândalos. A festa do Pan é nossa, a organização está muito bem estruturada, as instalações estão de primeiro mundo (quase todas) e é isso que estamos vendo aí no pós-cerimônia de aberuta. E achei muito bom que o mundo visse o nosso descontentamento no meio dessa festa. Afinal, são mensalões, dinheiro na cueca, sanguessugas... Como não lembrar do senhor Vavá, irmão de Lula e suas maracutaias? Não acho que o presidente tenha participado de tudo isso, mas sinceramente acho impossível que ele não tivesse conhecimento. E se não teve, vale a vaia pela IMCOMPENTÊNCIA.
ImcompeNtência é foda! Vaia para mim!
Sobre os comentários dessa jovem (ou não?) a respeito da vaia ao Chefe Máximo da Nação, eu poderia até dizer que discordo dela, mas não é necessário, pois ela mesma já se contradiz ao achar o Presidente um Incompetente e, ainda, ter em mente que o ECO rouco de uns tantos desesperados filhos da Elite, seja a representação do Povo Brasileiro. Quiçá, seja ela uma filinha dessa Elite Carcomida que não aceita um "Filho do POVO" no Poder! Entretanto, eu desejaria saber quanto os César Maia (é no singular mesmo, embora o artigo seja plural) da vida pagaram àqueles que levaram a turba, no Maracanã, a acompanhar o Coro dos desalentados e desesperados! Ou será que a despesa ficou por conta do Dinheiro do PAN? Muitos no Estádio Mário Filho apulpavam sem saber porque faziam idêntico ao que ocorreu quando Pilatos perguntou: Cristo ou Barrabás? E a multidão, levada pelos gritos dos fariseus dispostos entre o povo, gritava: Crucifica-o! Crucifica-o!
Doa a quem doer (e como está doendo!) é um dos maiores Presidentes que esta Nação já teve. Lamento, somente, não ter votado nele, para o primeiro mandato! Mas como não sou fanático, nem preconceituoso, nem tão pouco descendente desta ELITE que vem acabando com o País, descobri a tempo o quanto o "Barbudo", o "sem dedo", o "Analfabeto", o "Operário", é COMPETENTE! Cuidado, desespero aumenta as placas gordurosas que, consequentemente, irão bloquear as artérias coronárias vindo a provocar um infarto do miocárdio! Tenham mais cuidado, senhora ou senhorita Kika e todos aqueles que pensam como você!
Emmanoel
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