Na madrugada de quinta-feira, numa boate lotada de Ipanema, de repente eu me vi cercado por exemplares de uma espécie que a televisão tem produzido há quase uma década: os ex-BBBs. Eram três, de três edições do reality show mais assistido do Brasil. Isso sem falar num campeão que não conseguiu entrar - a festa estava lotada e disputadíssima. Entre os que conseguiram entrar, estavam uma finalista, uma protagonista de casalzinho e uma vilãzinha da edição. Perfis bem diferentes, mas com muitas características em comum!
Os ex-BBBs, definitivamente, não são pessoas comuns! São um tipo esquisito. Primeiro, pela obviedade: são conhecidos. Donos de uma notoriedade que não pode ser classificada. A menos que atribuída aos atributos físicos, o que não os diferencia de qualquer mortal. Ou a eventuais posicionamentos adotados dentro do programa global. Assim, aquele cara altão vira o "fulano, que namorou a Beltrana"; a ruiva vira "aquela que fazia fofoca de todo mundo" e a morena é "Cicrana, que com certeza era apaixonada por aquele mané".
Outra esquisitice: os ex-BBBs parecem congelados no tempo. Salvo raras exceções - mutações da espécie??? - ninguém sabe o que essa gente faz. Devem trabalhar, devem tocar o barco! Mas ninguém sabe, ninguém viu! Muito estranho...
Um dos exemplares observados - o único macho - se mostrou bastante deslocado, visivelmente incomodado com o fato de ainda ser reconhecido por conta da participação no reality. Uma das fêmeas analisadas adotava a postura totalmente oposta: fazia de tudo pra chamar atenção e se comportava como se estivesse numa das festas do BBB, fazendo poses, caras e bocas para uma câmera que, infelizmente, já não se volta para ela. A outra fêmea, vinda da última edição do Big Brother, sabe que tem a seu favor o fato de ter saído recentemente da casa mais vigiada do Brasil: circula fazendo o chamado carão, finge não ouvir as cantadas baratas que lhe são remetidas e tem pose de estrela. Sim, uma curiosa estrela com um talento que permanece igonorado pelo público...
Notei que uma fêmea trata a outra com certo desprezo. E a que já caiu no ostracismo não disfarça a implicância com a outra. Seria inveja? Mas...de quê?
Mistérios do comportamento desses estranhos seres...
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