Não havia como negar que não era mais a mesma pessoa de anos antes. Coisas tinham acontecido numa quantidade e numa velocidade absurdas. Sentimentos tinham surgido e se extingüido, pessoas tinham cruzado seu caminho como furacões; outras como a brisa do mar. Umas deixaram muito, outras levaram muito. Mas todas contribuíram para que se tornasse daquele jeito. Seus olhos, ora tristes, ora olhos de esperteza; traduziam todas essas mudanças.
E traduziam, além delas, a força de quem não cede e nem esmorece diante dos desafios - por mais radicais e insuperáveis que pareçam. Traduziam que aquela alma encarava tudo que a vida reserva como uma grande surpresa. Como uma caixa a ser aberta.Uma alma que torcia para que, como no filme, a vida fosse sempre como uma caixa de bombons...
*O título foi extraído de uma música homônima gravada pela Bethânia.
* O vitral que ilustra o post - "Fortaleza" - foi googlado. O link é esse.
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