De novo na academia. De novo a esteira. A canela já não doi, condicionada por um mês de intensa malhação - ainda mais intensificada nas últimas duas semanas. E a televisão está em outro canal: a Rede Record.
No ar, o Hoje em Dia, uma revista matinal comandada por um trio: Ana Hickmann, Britto Jr. e Eduardo Guedes. Já tinha visto o programa na época do lançamento. E não tinha gostado. Achei a apresentadora muito nervosa e o Britto Jr, jornalista experiente, muito disposto a fazer gracinhas que, na minha primeira análise, não combinavam muito com o perfil de um jornalista.
Mudei minha opinião hoje: depois de algum tempo no ar, a atração já está azeitada. Ana Hickmann transborda beleza e segurança - parece ter nascido para essa nova carreira. Edu Guedes ainda me parece meio apagado, mas vale ressaltar que não o vi em ação, dando dicas de culinária. Para meu alívio: tudo o que não queria, na esteira, era ver mais uma guloseima
irresistível ser preparada.
irresistível ser preparada.
E me chamou a atenção, em especial, uma matéria sobre idosos. Essa é a semana deles. Uma equipe foi até um asilo e entrevistou vários velhinhos, todos com belas histórias de vida. Muitos,
esquecidos pela família. Entre eles, uma senhora, poetisa. Caderno repleto de versos, letra linda,
anunciando as saudades do filho que não a visita. Há muito tempo. Olhos marejados e sorriso esperançoso nos lábios, leu seu poema cheio de saudade e olhou para a repórter: "Quem sabe agora, no final do ano, ele não apareça? Vou ficar tão feliz que vou ligar pra você dizendo - olha, meu filho veio..."
esquecidos pela família. Entre eles, uma senhora, poetisa. Caderno repleto de versos, letra linda,
anunciando as saudades do filho que não a visita. Há muito tempo. Olhos marejados e sorriso esperançoso nos lábios, leu seu poema cheio de saudade e olhou para a repórter: "Quem sabe agora, no final do ano, ele não apareça? Vou ficar tão feliz que vou ligar pra você dizendo - olha, meu filho veio..."
A repórter, comovida, abraçou e beijou aquela mãe saudosa. Como faria qualquer pessoa de bom coração. Na academia, eu e meus companheiros de sofrimento, digo, de corrida na esteira, xingamos um filho que tem coragem de esquecer a mãe daquela forma. E pensar que há tantas mães, tantos pais...tantos avós abandonados em asilos como aquele...muito triste.
De bonito, nessa história toda, só a matéria do Hoje em Dia. E, além dela, constatar o crescimento de um programa e de colegas de televisão.
Ah...acho que também é bonito dizer que consegui terminar a maratona na esteira...!
2 comentários:
Murilo,
É fácil xingar os filhos.
Na minha opinião devemos refletir antes de xingar um ser humano que não conhecemos, não sabemos da história. O que a mãe ou o pai podem ter feito? Será que estão colhendo o que foi plantado?
Prefiro não julgar, nem pai, nem mãe, nem filho.
Lu, valeu pela visita! Mais uma vez...
Só que eu acho que, mesmo que falte amor, mesmo que haja mágoa...deve sempre haver solidariedade. Deixar alguém abandonado num asilo não me parece ser a melhor maneira de resolver qualquer problema de família. Por mais grava que seja ou tenha sido...
Enfim...mas cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...
Bjão!
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