30.5.10

Da série: a pergunta que não quer calar..." 86

Zanzando pelo shopping no início da noite de hoje, vi as fotos de Beyoncé estampadas na vitrine da C&A. Dizem que as roupas que ela usa nas fotos foram desenhadas por ela mesma. Você acredita?
Sim, é muito provável que você não acredite. O que eu pergunto, então, é: será que os publicitários que contraram Beyoncé para fazer anúncios da C&A acreditaram que o brasileiro acreditaria que a cantora do hit Single Ladies usa roupas da C&A?
Minha prima - sempre ela - tem certeza de que a resposta é sim. E justifica:
- Beyoncé só vai à premiação do Grammy vestida de C&A dos pés à cabeça!!!

Como diria a Rainha dos Baixinhos na frase pré-reinado: "Aham, Cláudia! Senta lá!!!"

B@belturbo na Copa: algo que eu e Ganso temos em comum...

Dei um pulo no shopping pra comprar as camisas da seleção. Sim, mesmo depois de ter implicado um bocado com as bolinhas amarelas na versão azul da camisa, sucumbi. Estava eu analisando os modelos quando o vendedor se aproxima.
Pausa para comentário: posso viver 1000 anos que jamais, em tempo algum, conseguirei compreender o que vai pela cabeça de alguns vendedores de shoppings...
De volta à compra das camisas. O jovem me explicou que há camisas com números estampados e camisas sem os números. E que...
- Essas são as camisas oficiais do torcedor. Não são as oficiais de jogo.
Estranhei. Sabia da diferença entre as camisas com ou sem número, mas não desse outro detalhe. E perguntei quais eram as diferenças.
- Ah! - disse o vendendor - as oficiais de jogo não trazem bordados, há alguns furinhos nas laterais, o tecido é mais leve. É pra melhorar o desempenho do atleta. E são bem mais caras.
Já estava decidido a comprar as tais camisas "oficiais do torcedor" quando minha prima, sempre sagaz, me deu mais um argumento:
- Primo, leva a mais barata! E diz pra ele que você não foi convocado pelo Dunga!
E que soem as vuvuzelas!!!

Ana Hickmann e Alê falam da busca pelo sucesso à coluna de Mônica Bergamo. E o blogueiro comenta...

Eu acho a ambição saudável. Ela que nos impulsiona a seguir em frente, a tentar alcançar nossos objetivos e estabelecer novos sempre que conseguimos superar os inicialmente definidos. Mas não há nada mais cansativo do que não reconhecer o momento certo de parar, respirar, reavaliar. Quem busca o sucesso o tempo todo, em tudo, pode nem aproveitar a delícia que é quando ele chega, às vezes sem avisar. E ele passa...
Não vou julgar certo e errado, cada um escolhe o caminho que quer trilhar nessa vida doida. Mas fiquei pensando muito nisso, nessa hiperambição, quando li, hoje, a entrevista que a apresentadora Ana Hickmann e o marido, Alê, deram à coluna de Mônica Bergamo, na Folha. O casal, usando um direito que é deles, inquestionável, dá amplas demonstrações de que está numa viagem em busca do sucesso. Os dois confessam, entre outras coisas, que deixaram o "romantismo de lado". Falam-se algumas dezenas de vezes ao dia, sempre sobre negócios. Nas ligações, nada de tratamento carinhoso. Não por acaso, o título da matéria é Ana Rica S.A. (link para assinantes da Folha ou do UOL), numa sacada muito sagaz do pessoal da coluna da Ilustrada.
Justificando investimentos em fonoaudiólogos e ginástica, o marido diz que a Rede Record já investiu muito e que Ana - mulher dele, lembram? - "tem obrigação de dar certo". E completa: "É isso, ou o castelo de cartas cai. Acabam royalties, mansão, carro caro". Pragmatismo, a gente vê por aqui.
Achei Ana Hickmann um tanto imatura nas colocações que faz na reportagem. Seus argumentos ainda parecem coisa de menina que ganhou um brinquedo caro e tem medo de quebrá-lo, embora assuma não saber ao certo como fazê-lo funcionar. Mas Alê, o marido, usa alguns termos bem duros para falar sobre a carreira da mulher. Sobre a competição dominical na TV, olhem o que ele diz: "A Ana Hickmann tem que ir para o domingo para matar ou morrer. Tem que acordar todos os dias com sangue nos olhos. Se não odiar o concorrente, você é um frouxo. Com mão mole, não machuca ninguém. Fere, mas não tira a pessoa de combate." Choca ou não choca?
Enfim, escrevi tudo isso pra dizer que a entrevista realmente me impressionou. Inclusive pela inocência que o casal demonstrou ao fazer publicamente revelações que podem não ser tão bem interpretadas. De minha parte, repito: eles têm o direito de escolher essa árdua busca pelo sucesso e essa visão, digamos, empresarial da vida a dois. Só assumo ter ficado um tanto assustado porque, como todos sabemos, o sucesso nem sempre é o que nos aguarda lá no horizonte...

28.5.10

Minha Copa inesquecível...

Recebi um convite bacana do Centro Cultural da TV Brasil. Aproveitando a onda em torno da Copa do Mundo, o espaço fará uma exposição com relatos dos apresentadores da emissora sobre a mais disputada competição do futebol. A ideia é que cada um fale de sua Copa inesquecível.
E lá fui eu lembrar da minha. Segue o texto...

A Copa que mais me marcou foi a de 1994. Foi a primeira que acompanhei com afinco, e com a plena consciência de como o futebol é um traço importante da identidade cultural brasileira. Eu tinha 14 anos e até então, como toda uma geração, não tinha tido a oportunidade de ver a Seleção Brasileira levantar a taça.
Lembro de ter visto todos os jogos e de vibrar com as peripércias da dupla Romário e Bebeto. De reclamar do futebol de resultados do Parreira. Mas, é claro, a disputa que ficou mais presente em minha memória foi a final, na qual encaramos a Itália. Depois de 24 anos sem ganhar uma Copa do Mundo, o Brasil tinha uma chance de ouro enfrentando uma das suas maiores rivais na história das Copas. O jogo contra a Esquadra Azurra foi eletrizante e serviu para testar corações de todas as idades! Disputamos o título nos pênaltis - fato até então inédito em finais do Mundial - e a torcida brasileira pode soltar o grito de "é campeão!" quando o italiano Roberto Baggio desperdiçou seu chute sem sequer assustar nosso goleiro Taffarel.
Eu, ainda moleque, via minha seleção levantar a taça. E, mesmo sem nunca ter tido esse prazer antes, já começava minha história de torcedor com um pomposo título de tetracampeão. Um belo começo, não?

Quando tiver mais informações sobre a exposição, conto aqui.
E você? Também tem uma Copa inesquecível?
Comentaê!!!

27.5.10

Vingança de figurinista - parte 14

A atriz em foto publicada pelo Ego
Confirmado: Vera Fischer não tem amigos. Ou, ao menos, eles evitam opinar sinceramente sobre os trajes que a atriz resolve usar na night.
E eu, a cada dia que passa, sigo mais incomodado com essa tendência de usar roupas esquisitonas. Moda estranha e adotada por algumas belas mulheres...

26.5.10

Que mané, Dunga!

Garrincha fez história no futebol e ganhou um apelido que apenas com ele revelou uma conotação positiva: Mané. Com as pernas tortas, driblando tudo e todos, Garrincha conquistou admiradores do futebol e encantou uma nação ávida por alegrias. É, até hoje, o Mané mais querido do país!
Hoje, o Brasil ávido por alegrias. Com a proximidade da Copa da África do Sul, não são poucos os que já depositam esperanças na seleção brasileira e planejam extravasar frustrações com o tão sonhado hexacampeonato. Mas um outro mané resolveu se colocar entre a pátria de chuteiras e a seleção. Um mané que, até o momento, nesse início de preparação para o Mundial, está se revelando um exemplar da pior espécie! Sim, meus caros, Dunga é o mané! E com todos os sentidos pejorativos que o termo pode ter!
Ao impedir que o povo acompanhasse os primeiros treinamentos da seleção em Curitiba, Dunga deu a maior prova de que está, mesmo, de costas para o Brasil. De costas pra nós, torcedores brasileiros! Não quer saber de alegria, não quer reunir o povo em torno do grupo que montou - e montou sem se importar com a chiadeira da torcida. Confundiu um trabalho sério com uma sisudez que nunca, em tempo algum, combinou com o futebol alegre que todos - jogadores e torcedores - gostam de apreciar. 
Se ganhar a Copa, vai se sentir a bala que matou Kennedy. Será festejado. Mas, se seguir se comportando como tem feito até aqui, entrará para a história por ter ganho o hexa mas, também, como o treinador mais antipático e mané da história da Seleção Canarinho.
E mané, senhores, no sentido de otário...
Francamente!

23.5.10

A Força na Peruca de Márcia Cabrita...

A atriz Márcia Cabrita está em tratamento contra um câncer de ovário. A notícia não é exatamente nova. Novo é o blog que Márcia criou para falar desse momento delicado que está atravessando. Como tudo o que ela sempre fez, o Força na Peruca é leve, divertido. Mas também é comovente, singelo. Soube do blog pelo Twitter, via @Charlesfricks, e, de uma tacada só, li todos os posts.
O que mais me chamou a atenção foi um no qual Márcia comenta o fato de nunca, em 26 anos de carreira, ter sido capa da Contigo. Até abril, quando a revista - com toda a sutileza que não lhe é peculiar, chegou às bancas estampando detalhes sobre a doença da atriz.
Márcia termina o post dizendo: "Tomara que tenha encalhado". Eu ri. Mas fiquei pensando como, muitas vezes, a crueldade impera em alguns meios de comunicação. Ontem, vi na internet fotos de Drica Moraes, outra atriz em tratamento contra o câncer, "flagrada" passeando pelo Rio. São mulheres, são atrizes, claro! Mas são pessoas diante de um momento difícil, estão fragilizadas. E, ainda assim, não faltam flashes dispostos a transformar em produto o sofrimento alheio. Triste tempo esse nosso...
O câncer é uma doença arrasadora e eu sei disso porque tenho alguém bem próximo que está passando por essa luta. E faz toda a diferença a forma como a pessoa encara esse desafio. Márcia, a julgar pelos textos que tem publicado, tem tudo pra sair dessa mais forte do que entrou. Torço por isso!
Se você ficou curioso, repito o link do blog Força na Peruca. Vale a pena ler!!!

22.5.10

Nova política de comentários no B@belturbo...

Fui surpreendido com um comentário recentemente postado aqui com ataques sérios ao apresentador Luciano Huck e à sua produção. Um comentário anônimo, claro. O anonimato é uma praga na internet! Dá força e voz aos covardes e dificulta a convivência pacífica em blogs, redes sociais e outros espaços bacanas nos quais a interatividade é a pedida.
Para eliminar os comentaristas anônimos e metidos a espertinhos aqui no B@belturbo, a partir de agora só poderão comentar os posts os usuários que tenham uma conta dos serviços do Google. É a mesma conta do Blogger, do YouTube ou do Orkut, por exemplo. É só fazer um rápido login e comentar.
Tomei essa atitude porque acho que deletar comentários é um saco. E, como felizmente a maior parte dos leitores do blog é de gente bacana, não seria necessário implementar um mecanismo de moderação de comentários. Pelo menos por enquanto...
Mas o convite é o de sempre: sinta-se em casa e comente sempre que quiser!!!
E vamo que vamo!!!

21.5.10

Luciano Huck comenta, no Twitter, polêmica envolvendo o Lata Velha...

Há quase dois anos, publiquei aqui um post sobre uma polêmica envolvendo o quadro Lata Velha, do Caldeirão do Huck. Na época, a denúncia dizia respeito a uma suposta fraude no veículo entregue pela produção a um dos participantes do programa.
O post é, até hoje, um dos mais acessados aqui no B@belturbo. E nos últimos dias, sem que eu saiba a razão, o número de leitores daquele velho post aumentou bastante.
Há poucos minutos, pela primeira vez, Luciano Huck se pronunciou sobre as polêmicas envolvendo o quadro. E usou o Twitter para fazê-lo:



Depois de ler os tweets do Luciano, fiquei sem entender a história, mas percebi que a coisa é séria. Afinal, se não fosse, Huck não despenderia tempo e energia para escrever sobre o assunto à essa hora da noite, ainda mais direto de Madri, onde ele está gravando o Caldeirão. Dei uma fuçada na rede e descobri que há outra polêmica, ainda maior, rondando o Lata Velha: os proprietários da oficina que era responsável por reformar e "tunar" os veículos botaram a boca no mundo e se dizem vítimas de um esquema complicado. Todos os detalhes estão num longo texto escrito por Daniel e Juliano, sócios da oficina, a Dimension Customs.
E agora eu entendo o motivo de tantos acessos ao post relacionado ao caso: ao que parece, o Lata Velha é nitroglicerina pura!!!
Ou não?

Sobre a derrota do meu Mengão na Libertadores...

Quando meu time perde, sinto um aperto na garganta. Sobretudo quando, por essas artimanhas do futebol, a derrota vem depois de uma partida bem jogada, disputada com raça, amor e paixão.
Hoje, no Chile, foi assim. Ganhamos, mas perdemos. Lógica torta, que só faz sentido dentro daquelas quatro linhas que convertem gramados verdes em arenas de batalhas do nosso tempo. Hoje, nosso Imperador mostrou sua majestade - sobretudo no primeiro tempo - e, enfim, voltou a demonstrar o grande jogador que sabe ser. Quando quer ser...
Hoje o Flamengo me emocionou. Muito. O primeiro gol, no fim da primeira etapa, trouxe esperança e um arrepio intenso. Felicidade pura! Vi um time guerreiro, brigando em campo, cheio de garra. Garra que me fez lembrar dos tempos em que, ainda moleque, eu via jogos protagonizados por Zico com meu pai - de quem herdei a paixão pelo vermelho e preto da Gávea.
Sim, o Flamengo de hoje tem pouco, quase nada, do Flamengo da era do Galinho de Quintino. Mas quando a gente ama de verdade é difícil ver os defeitos. É difícil apontá-los, por mais que eles sejam notórios como Kleberson...
Essa triste vitória no Chile me deixou com um nó na garganta. Com aquela amarga sensação do "quase". Com a certeza de que não fomos grandes o bastante para superar, ainda no jogo do Maracanã, nossos próprios defeitos e erros. Porque, dentro do campo, fomos muito maiores que os adversários chilenos...

19.5.10

Insanidade temporááááááária...

Debochado, divertido e bem produzido! Vale a pena conferir o clipe da Marisa Orth:


Gostei da faca suja de sangue sendo usada pra preparar o almoço...rs!

Um Conexão Repórter sobre a vida dos soropositivos...

Jornalístico do SBT mostrou imagens de portadores de HIV em seus últimos dias de vida... 
Na última segunda, o programa de Roberto Cabrini no SBT exibiu reportagens sobre a vida de pessoas portadoras do HIV. A pauta não é inédita, claro, e me chamou atenção um dado: nos encaminhamos para a terceira década sob a ameaça desse vírus! Impressiona pensar que, apesar de todos os (grandes) avanços no tratamento, ainda não há no horizonte a perspectiva da cura em curto ou médio prazo.
O Conexão Repórter foi contundente ao mostrar a vida de portadores do HIV. Mostrou pacientes em estado terminal. Pôs no ar imagens de pessoas que morreram duas, três semanas depois das gravações. Entre essas vítimas da epidemia, uma jovem inconsciente, mantida em casa, cuidada pela mãe. Angustiante...
Entre os depoimentos de soropositivos, dois me chamaram mais atenção: o de um garoto jovem, que contraiu o vírus ao transar com a namorada sem preservativo. A moça sabia que estava infectada e não o avisou. Hoje, já com algumas sequelas, o garoto sonha em construir uma família. Diz isso sorrindo, com a pureza de quem confessa um sonho verdadeiro, legítimo. Genuíno. Fiquei emocionado...
O outro depoimento também foi de um jovem. Soropositivo, ele revelou ter usado drogas por pensar que "já que ia morrer, vamos ver como é". Acabou tendo complicações. Na entrevista, parecia bem. Perguntado sobre qual o seu maior medo, revelou: "o de não ser feliz". O rosto do garoto foi frisado na edição e a locução deu a triste notícia: ele morreu duas semanas depois.
Foi forte demais pra mim. Mudei de canal. Sou fraco. E não sei o que pensar sobre o programa. Mostrar imagens de pessoas em seus últimos instantes de vida me pareceu um pouco demais - sobretudo no caso da moça que, inconsciente, obviamente não foi consultada sobre. Por outro lado, enquanto pesquisas e estudos revelam que jovens cada vez têm usado menos preservativos, parece válido mostrar que, por mais que o tratamento tenha evoluído em termos de qualidade de vida para o soropositivo, a Aids ainda é uma doença séria, grave.
Repito: não tenho opinião sobre o Conexão Repórter. Mas se Roberto Cabrini pretendeu dar um soco na minha cara, conseguiu! E doeu!

17.5.10

Reflexão sobre o ser humano em nosso tempo...

Tenho assistido, dia após dia, pessoas darem mostras de que não se preocupam umas com as outras. De que não enxergam quem lhes cruza o caminho e que não se importam com a forma como seus atos impactam os que estão à sua volta.
Esse estilo de vida do "eu sozinho", na minha opinião, é muito entristecedor. Revela o quão deixamos de evoluir como gente, e nos coloca na mesma categoria que os bichos da selva, lutando - cada um com suas armas - pela sobrevivência nessa louca floresta de concreto. Essa escolha também nos impede de evoluir como espécie: preocupados demais cada qual com seu umbigo, vamos tocando o barco sem pensar nos que se afogam fora dele...
E essas atitudes egoístas estão muito mais integradas na nossa rotina do que se pode supor. Estão na opção por reclamar dos problemas atribuindo culpas - sem buscar compreendê-los por outra ótica; estão na falta de sensibilidade para agir e tratar os outros; estão num orgulho idiota que tenta disfarçar fraquezas e falhas que todos temos; estão no desrespeito, na desconsideração, na necessidade de auto-afirmação...na falta de diálogo!
Pode parecer piegas, eu sei. Mas esse jeito de viver explica o descaso com o planeta, explica o lixo jogado na rua, explica a naturalidade com que se olha para a miséria na África ou para a violência nas comunidades dominadas por traficantes e milicianos. Esse culto ao "ego" ajuda a entender o descaso de vendedores de shoppings com clientes que parecem não ter poder de compra e o mau humor de funcionários de serviços públicos de saúde que, tantas vezes, destratam os que deviam tratar...
Faço 30 anos em outubro. Sou de uma família que veio do interior e tenho outros valores. Gosto de estabelecer e cultivar laços, prezo os amigos e a família e, pra mim, o ser humano está acima de qualquer coisa. Não sou adepto do culto ao descarte.
E tenho sentido falta de encontrar gente. De verdade...
Humanos, temos saída?

16.5.10

Comentário sobre o caso da procuradora...

Uma pessoa que passou parte da vida integrando o Poder Judiciário é acusada de um crime. Contra uma criança. Indefesa. Criança que essa mesma senhora vinha tentando adotar. A mídia divulga fotos do rosto deformado da vítima e gravações dos gritos que ela disparava contra a criança. A acusada foge. A sociedade se revolta. As pistas chegam incessantemente até a polícia. Acuada, a fugitiva se entrega e é, finalmente, presa.
Tudo isso aconteceu sem que, em nenhum momento, a tal ex-procuradora fizesse qualquer declaração...
Tudo isso despertou grande revolta em toda a sociedade...
Eu evitei ao máximo escrever sobre o assunto aqui. Pra não chover no molhado e me limitar a dizer mais do mesmo. Mas, nos últimos dias, dois aspectos ligados à história me chamaram a atenção. Primeiro, um comentário que uma amiga deixou no facebook, alertando para a debilidade do processo relacionado à adoção. Sempre apontado como muito rigoroso - e igualmente burocrático, quase um convite à desistência - há que pensar sobre as falhas de um sistema que entrega uma criança frágil, indefesa, nas mãos de um monstro como se revelou ser o caso. Ainda que rica, com longos cabelos loiros e atestando uma longa ficha de serviços prestados à nação, como ex-funcionária pública, a procuradora aposentada devia ter sido investigada em mais profundidade. E, a julgar pela quantidade de testemunhas que se apresentam para confirmar os maus tratos praticados contra a menina, não me parece equivocado afirmar que tudo poderia ter sido evitado se esse examente fosse conduzido de forma mais eficaz.
O outro ponto controverso é a atuação do advogado de defesa da ex-procuradora. Por mais que seja claro o papel dele no processo, é no mínimo pitoresco ver um profissional atribuir a um acidente doméstico o lastimável estado do rosto da menina nas fotos divulgadas à imprensa. É medíocre querer fazer a opinião pública acreditar que não houve tortura e, sim, maus tratos. E, mais que isso, que sua cliente procedeu daquela forma para fazer a menina cumprir "suas obrigações".
O que conforta é torcer para que tão insustentáveis argumentos contribuam para que essa senhora passe muito tempo trancafiada. Quero ver se ela aguenta muito tempo sem comer a comida do presídio "porque não gosta de refeições servidas em embalagens recicláveis"...
E você, o que achou dessa história toda?
Comentaê!!!

Sobre o assalto ao shopping Cidade Jardim, em São Paulo...

Fiquei muito impressionado com o roubo no Cidade Jardim, em Pinheiros, São Paulo. O shopping é um dos centros comerciais de alto luxo, equivalente ao carioca Fashion Mall. E na tarde de hoje, além das madames, dos ricaços, do desfile de botox e liftings, um bando armado com metralhadoras - sim, me-tra-lha-do-ras!!! - roubou uma conhecida joalheria.
O fato revela a audácia dos bandidos e joga luz sobre uma realidade: quando organizado, o crime já não se vê mais impedido de atuar; já sabe que seus limites foram ultrapassados há tempos. Mas disso a gente já sabia...
Só não dá pra achar que isso é normal e aceitável. Não é!

13.5.10

Sobre a Seleção do Dunga...

Técnico escala Seleção sem levar em conta o clamor popular. Resultado: cobranças que comprovam a velha máxima de que o pior emprego do Brasil é o de treinador da Seleção Brasileira...
Ok, a Seleção que vai defender o Brasil na Copa do Mundo de 2010 está longe daquela idealizada pela torcida. Fechado num esquema que é só seu, Dunga fez ouvido de mercador para os clamores de toda uma nação de técnicos e escalou uma equipe tão opaca que dá a clara impressão de que, na África do Sul, a camisa canarinho terá tons pastéis. Falta um matador, falta alguém que desequilibre a partida. Falta quem faça por Robinho o que Ganso tem feito no time do Santos: passes magistrais. E falta, sobretudo, alguém que dê algum toque de genialidade à equipe anunciada ontem.
Por essas e (muitas) outras, concordo quando dizem que Dunga não escalou a Seleção Brasileia: escalou a seleção do Dunga.
Mas, confesso: desde ontem tenho achada muito exageradas às reações ao time montado pelo técnico. Se Dunga demostra ser um cara ressentido com a imprensa, acho que a recíproca também é verdadeira. Ainda paira nos comentários e nas análises um certo inconformismo com o fato de termos um comandante sem griffe: graças à escolha da CBF, o Brasil tem um técnico que conquistou o posto máximo do futebol nacional sem jamais ter treinado qualquer clube. Um fato realmente estranho, claro. E somados a isso estão os resquícios da Era Dunga que, para boa parte dos especialistas, começou a sepultar o futebol arte.
Eu não me incluo nessa lista: sou apenas um apreciador do esporte inventado por Charles Miller. Por isso, faço muitas ressalvas nas críticas - algumas delas, bem pesadas - que recaem sobre Dunga e seu (agora revelado) grupo. Primeiro, pela obviedade: em nenhum momento o treinador deu qualquer indício de que estaria disposto a flexibilizar suas ideias em torno do que seria uma seleção competitiva e ideal para a disputa da próxima Copa. E, em segundo lugar, porque o treinador escolhido pela CBF, mesmo inexperiente, teimoso e pragmático demais pra quem gosta de futebol-espetáculo, cumpriu a missão de renovar a seleção e classificá-la para o Mundial que começa em breve. Além disso, em 52 jogos, a Seleção Brasileira comandada por Dunga venceu 36 vezes, empatou em outras 11 e só teve cinco derrotas. Uma boa média, não?
Por isso, acho que Dunga merece um voto de confiança. Mesmo tendo optado por escalar uma seleção com cara de zebra em vez de montar um time sem vergonha de ser favorito...

12.5.10

Os barracos das nossas estrelas - Felipe Melo x PVC...

Entrando no clima futebolístico que precede mais uma Copa do Mundo, o B@belturbo publica hoje um quebra-pau protagonizado por um jogador e um jornalista esportivo. Foi ao ar ao vivo, ontem, pela ESPN Brasil.
Convocado pelo técnico Dunga, o volante Felipe Melo, da Juventus, foi confrontado por Paulo Vinicius Coelho. Com base na última campanha do clube italiano, PVC perguntou por que se deve acreditar que Felipe vai fazer uma boa Copa do Mundo. Mas o jogador não aguentou a pressão:


Desligar telefone ao vivo, no meio de uma entrevista para a TV é ou não é uma atitude 100% barraqueira?
Quanto à pergunta do PVC, acheio meio boboca. Nada é garantido quando se fala em futebol e no desempenho de atletas. Ainda mais numa competição tão disputada quanto a Copa...
Se eu fosse o Felipe, teria dito: "Meu chapa, acredite se quiser..."

11.5.10

Mico do Ano: Ana Maria Braga leva tombo e está no páreo...

O estabaco de Ana Maria Braga, exibido no Mais Você de ontem, é um daqueles deliciosos momentos da TV. Protagonizado por uma das heroínas do B@belturbo, é óbvio que ele entraria para a galeria dos candidatos à premiação que o blog realiza todo mês de dezembro.
Como? Você não viu essa videocassetada fora de hora? Então, presta atenção no replay:

Agora, que fique claro: tô com a Ana Maria e não abro! Essa cadeira de três pés é coisa de quem quer ver muita gente tombando por aí...
Mas foi ou não um micão?

9.5.10

Eu já vi esse filme...

Tá na home da Globo.com: a nova namorada do sambista Dudu Nobre tatuou o nome dele no braço.
O link tá aqui.
Além de achar essa história de tatuar nome do(a) namorado(a) um troço muito primitivo, eu acho que não é nada original. Primeiro, porque os pecuaristas fazem isso com gado. E, no fantástico mundo das celebridades, isso é mais comum que andar pra frente. Fala sério: parece ou não parece coisa de filme repetido?
Será que o final vai ser diferente desses aqui?
Façam suas apostas...

Salto para o passado...

Ontem, depois de algum tempo pensando no assunto, comprei um iMac. Quero me livrar de cabos, dos travamentos do Windows, dos misteriosos erros codificados e etc. Além disso, quero montar uma ilha de edição pra me divertir em projetos paralelos ao meu trabalho cotidiano.
Antes de migrar pro novo, fui dar uma vasculhada no meu (nem tão) bom e (nem tão) velho PC pra passar os arquivos que ainda interessam para um HD externo. E ali, fuçando entre as milhares de fotos armazenadas - são milhares mesmo, não exagero! - fiquei impressionado com uns detalhes que a gente tende a encarar como prosaicos, mas que podem revelar muito. Um desses detalhes é a qualidade das fotos tiradas com celular. Havia várias delas armazenadas e, algumas, mais pareciam indecifráveis emaranhados de pixels. E lembro bem que elas pareciam revolucionárias há...5, 6 anos!
Vendo essas fotos, vivi vários momentos de emoção. Emoção por rever pessoas, lugares; por reviver situações; por relembrar sentimentos. E por ver como a vida tem sido generosa comigo, dando oportunidades de conhecer tanta gente, passar por tantas regiões, visitar cidades, estados, países; conhecer e contar tantas histórias...
Tudo ali, registrado...! Felizmente registrado. Porque passa muito rápido...

7.5.10

Vingança de Figurinista - parte 13

Acho que poucas vezes testemunhei tamanha crueldade de um profissional responsável por vestir um apresentador de TV. Ou seria condecendência? Sim, porque, convenhamos, deve haver uma razão muito forte para explicar o fato de terem mandado - ou permitido - a apresentadora Keila Lima aparecer de pijamão no Manhã Maior, da Rede TV!.
Veja:
Foto postada no Twitter por @ThiagoRochaBR
É ou não é um pijama?
O fato é que vi a imagem e fiquei preocupado: de pijama e recebendo Regis Danese, a moça correu o sério risco de ser acometida de um sono profundo e, como diria @HugoGloss, subir com Zaqueu...

Manchetes de um mundo muderno...

Senhoras e senhores, nasce uma nova série no B@belturbo! O objetivo? Reunir aquelas notícias que, anos atrás, seriam impensáveis, inimagináveis. Aqueles fatos que no tempo do guaraná com rolha soavam como obra das mais inventivas mentes e que, hoje, os jornais mostram que são até corriqueiros. Ou quase...
Acho que dá pra gente se divertir com esse mote, hein?
Pra marcar essa novidade do blog, que tal a manchete do Extra Online?

Clique na imagem para ler a reportagem
Cá entre nós: no tempo da vovó essa manchete não ia parecer obra de algum erro de digitação?
Se você tiver outras Manchetes de um mundo muderno e quiser dividir com a turma do B@belturbo, envie para a HotLine.

6.5.10

Tia Gracy...


Há três anos, pra comemorar o aniversário de 80 anos da minha vó, eu resolvi fazer um documentário sobre a vida dela. A proposta não era fazer nada pretensioso, nem experimentar inovações na linguagem ou na narrativa: queria, afetivamente, prestar uma homenagem à dona Zezé, que dedicou boa parte de seus 80 anos a nos dar tanto amor.
O projeto incluiu duas viagens e entrevistas com boa parte da família: entre irmãos, filhos, netos e bisnetos, quase 30 pessoas.
Foi uma ralação danada: depois de finalizadas as gravações - que fazia nos finais de semana - passei algumas madrugadas editando o filme para que ele ficasse pronto a tempo da exibição, agendada, não por acaso, para acontecer no dia da festa de aniversário da minha vó.
O resultado me deu muito orgulho. Mais que ver o filme com toda a família, naquela noite, vi minha vó emocionada, feliz e, o mais importante, ciente do amor que todos sentimos por ela.
Ela, que vendia saúde, morreu de repente, cinco meses depois daquele dia tão especial...
Minha vó (de azul) dança com tia Gracy
na festa de 80 anos, em 2007
Ter feito esse filme e ter proporcionado - e vivido - momentos tão marcantes por conta dele me ajudaram bastante a superar toda a tristeza que veio junto com a morte da minha vó. E, além disso, eu não percebi que esse documentário tinha outro valor: o registro das histórias e dos personagens da minha família. São várias gerações eternizadas ali, em áudio e vídeo. Uma recordação que todos nós teremos para sempre...
Hoje, mais um personagem dessa história se foi. Tia Gracy, irmã mais velha de minha vó, foi passear com ela entre as nuvens. Sempre tão afetuosa, alegre, brincalhona, dançando e contando casos nas festas da família, aquela senhorinha de voz rouca e boa memória se foi, claro, já deixando muitas saudades.
Vai com Deus, minha tia! E leve um beijo cheio de amor pra minha vó...

Sobre o Projeto #FichaLimpa...

Acompanho com pesar todos os subterfúgios de que têm se servido muitos dos deputados para tentar impedir a votação do projeto que mais mobilizou a opinião pública nos últimos tempos. É vergonhoso ver o legislativo dar as costas para o interesse público sempre que vê, de uma forma ou de outra, seus próprios interesses ameaçados. É vergonhoso termos representantes dessa categoria.
Mas, mais vergonhoso que tudo isso, é saber que somos nós os responsáveis por termos essa representação tão...desqualificada.
Reflita: 2010 é ano de eleição...

5.5.10

Sobre o barco das nossas vidas...

Hoje, por uma série de fatores, uma constatação atarantou minha cabeça até vir para aqui, em seu devido lugar. Muito para poder dividí-la com vocês, mas, sobretudo, para que eu mesmo me lembre dela, de sua verdade e de sua força.
Então, lá vai:
A gente passa tempo demais se deixando levar por um barco sem se dar conta de que o comando está em nossas mãos. Uma escolha equivocada. Acionar o piloto automático da covardia em águas turvas pode ser cômodo, mas é, também, uma escolha arriscada, que pode conduzir a um destino indesejado.
Bora comandar?

4.5.10

Ampulheta...

Passou silencioso, sem deixar rastros. Mudou o sentido das coisas, trocou prioridades, inverteu opiniões. Transformou visões, abrandou sentimentos antigos e fez brotar tantos outros, novos, que nem se sabe ao certo como nomeá-los.
Em minha cabeça, tua passagem foi assim: despercebida. Mas só dentro dela parece ter sido desse jeito. Afinal, quando abro os olhos, tudo o que vejo, por mais sutil que pareça, atesta a força de tua viagem. Ruidosa, barulhenta, avassaladora. Vejo pistas de tua caminhada implacável nas árvores de hoje, mudinhas de outrora. Na beleza das moças que, dia desses, dormiam, miúdas, em meu colo. E no volume incalculável de problemas cotidianos, coisa que nem sonhava existir antes de perceber que estavas trilhando esse teu caminho interminável, que ninguém sabe onde nos levará.
Antes, tudo era simples. A alegria era tão simples, tão certa. A vida era simples, leve...
Viver era mais fácil antes que tu, tempo, resolvesses passar assim...tão rápido. 

2.5.10

Noite na Gambiarra confirma: é chato ser famoso!

Estava na Festa Gambiarra ontem. O evento surgiu - e ganhou força - entre a classe artística e isso explica a grande quantidade de famosos que curtem o estilo descolado da festa a cada edição. Nessa madrugada, o padrinho da Gambiarra estava lá. Até aí, tudo bem. Não fosse o padrinho da Gambiarra ninguém mais, ninguém menos que Reynaldo Gianecchini.
Fiquei impressionado com a histeria da mulherada em cima do sujeito. Certamente devem ter sido raros os momentos nos quais o ator teve a oportunidade de curtir a balada como um simples mortal, tal a quantidade  de pedidos de fotos e cumprimentos de suas fanáticas admiradoras. Sim, e admiradores também.
No fim da noite, era visível que o humor do astro já não era mais o mesmo ao atender tais pedidos. O sorriso já soava armado e a simpatia era nitidamente fabricada. O que, convenhamos, é plenamente justificável: o caro foi o centro das atenções o tempo todo!
É claro que Gianecchini não é um coitado, é rico, saudável e tem todas as condições de levar uma vida boa, sem sobressaltos. Mas fiquei meio impressionado quando, ao deixar a festa, ele passou no meio do meu grupo de amigos com uma cara assustada, de quem precisa carregar o peso de ser olhado/observado/questionado/solicitado/questionado/investigado o tempo todo. Sem falar, é claro, na imprensa registrando todos os passos do sujeito, como atestam todos os sites de celebridades nesse domingo...
Portanto, pense bem antes de querer ser famoso, ok? Pode ser bem chato!