Quando meu time perde, sinto um aperto na garganta. Sobretudo quando, por essas artimanhas do futebol, a derrota vem depois de uma partida bem jogada, disputada com raça, amor e paixão.
Hoje, no Chile, foi assim. Ganhamos, mas perdemos. Lógica torta, que só faz sentido dentro daquelas quatro linhas que convertem gramados verdes em arenas de batalhas do nosso tempo. Hoje, nosso Imperador mostrou sua majestade - sobretudo no primeiro tempo - e, enfim, voltou a demonstrar o grande jogador que sabe ser. Quando quer ser...
Hoje o Flamengo me emocionou. Muito. O primeiro gol, no fim da primeira etapa, trouxe esperança e um arrepio intenso. Felicidade pura! Vi um time guerreiro, brigando em campo, cheio de garra. Garra que me fez lembrar dos tempos em que, ainda moleque, eu via jogos protagonizados por Zico com meu pai - de quem herdei a paixão pelo vermelho e preto da Gávea.
Sim, o Flamengo de hoje tem pouco, quase nada, do Flamengo da era do Galinho de Quintino. Mas quando a gente ama de verdade é difícil ver os defeitos. É difícil apontá-los, por mais que eles sejam notórios como Kleberson...
Essa triste vitória no Chile me deixou com um nó na garganta. Com aquela amarga sensação do "quase". Com a certeza de que não fomos grandes o bastante para superar, ainda no jogo do Maracanã, nossos próprios defeitos e erros. Porque, dentro do campo, fomos muito maiores que os adversários chilenos...
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