Na noite de ontem, o Canecão lotado conferiu a estreia do novo show de Maria Bethânia. Sob forte expectativa, os fãs da cantora baiana - que fizeram os ingressos para os três shows se esgotarem em menos de uma semana - puderam, enfim, ver, ao vivo, a cantora interpretando as músicas de seus recém-lançados discos, Tua e Encanteria.
Embora não seja compositora, Bethânia é a mais autoral das cantoras brasileiras. Dona de uma voz única e de um dom sem igual para dar sua leitura às canções que escolhe para cantar, a Abelha Rainha tem se especializado, ao longo dos seus mais de 40 anos de carreira, a garimpar pérolas para o seu repertório. E não foi diferente dessa vez! Afinal, quem mais teria a autoridade para unir a delicada Tua, composta por Adriana Calcanhotto, aos versos do refrão de Vai dar namoro, de Bruno e Marrone, num mesmo show? Quem mais, se não a cantora que Santo Amaro mandou para mudar a história da música no Brasil, poderia encontrar uma música tão forte e arrebatedora quanto Você Perdeu? - inédita que fez o Canecão explodir em aplausos. Que outra intérprete pode se dar ao luxo de cantar Explode Coração sem qualquer acompanhamento além do caloroso coro da plateia? Só Maria Bethânia, prezados.
Embora não seja compositora, Bethânia é a mais autoral das cantoras brasileiras. Dona de uma voz única e de um dom sem igual para dar sua leitura às canções que escolhe para cantar, a Abelha Rainha tem se especializado, ao longo dos seus mais de 40 anos de carreira, a garimpar pérolas para o seu repertório. E não foi diferente dessa vez! Afinal, quem mais teria a autoridade para unir a delicada Tua, composta por Adriana Calcanhotto, aos versos do refrão de Vai dar namoro, de Bruno e Marrone, num mesmo show? Quem mais, se não a cantora que Santo Amaro mandou para mudar a história da música no Brasil, poderia encontrar uma música tão forte e arrebatedora quanto Você Perdeu? - inédita que fez o Canecão explodir em aplausos. Que outra intérprete pode se dar ao luxo de cantar Explode Coração sem qualquer acompanhamento além do caloroso coro da plateia? Só Maria Bethânia, prezados.
Se soube ser delicada e doce na escolha das canções de amor, sobretudo ao entoar Queixa, que seu irmão Caetano tornou famosa; Bethânia também soube louvar a todas as devoções. Já no início do show, festejou Santa Bárbara, a dona das rosas vermelhas - e eram muitas as pétalas sobre o palco. Também deixou claro que foi Feita na Bahia, e saudou toda a Linha de Caboclo - nessa canção, como em algumas outras, valendo-se do auxílio de um papel que trazia a letra impressa. Todos grandes momentos do espetáculo!
E festa também não faltou! Marcando o ritmo nas palmas, o público se deliciou especialmente com Coroa do Mar, Ê Senhora e Saudade Dela - todas extraídas de Encanteria.
Na minha opinião, o primeiro ato de Amor, Festa e Devoção soa mais coeso, mais vibrante e mais interessante. No segundo, as músicas mais lentas predominam e, em alguns momentos, o show parece arrastado. Mas um grande momento é quando Bethânia canta Drama. E o coro espontâneo do público reaparece em É o amor, o maior hit da carreira de Zezé de Camargo & Luciano.
Para encerrar a noite, Bethânia novamente se vale do papel em punho para ler Noite dos Mascarados, um dos clássicos de Chico Buarque. A plateia, uma vez mais, vai ao delírio e arremessa sobre a cantora pétalas de rosa. Um justo reconhecimento por mais esse belo espetáculo, que certamente passará por ajustes de roteiro, mas já nasce como mais um clássico para a longeva carreira da cantora.
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