E no escuro da noite, teço um cobertor pra te aquecer. Canto pra teu sono chegar e, quando ele vem, vigio, um a um, os teus sonhos. Protejo-te dos dragões e das serpentes, amparo teu corpo cansado das lutas e é meu o braço a te salvar da queda do penhasco. Quando o deserto é o cenário dos teus devaneios noturnos, faço as mãos em concha para te refrescar com um gole d'água.
Pura. Cristalina.
Como o meu amor...
Vejo você. Velo você. Passo as horas a te olhar, incansável. Sorrio dos movimentos involuntários que o sono provoca e, o tempo todo, acarinho teus cabelos. Quando o teu sono parece mais agitado, canto em teu ouvido, baixinho, que tudo está bem e tranquilo no mundo aqui fora. E que o sol ainda não está a brilhar no céu...
Porque o sol só gosta de brilhar quando tem a tua companhia aqui na terra...
Quando acordas, sou imprestável. Cansado, exausto. E vou dormir com a mais bela cena que o mundo já produziu: o teu despertar. O abrir dos teus olhos. E sua boca, doce e sorridente, a me desejar um bom dia...
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