Emoções, de Roberto Carlos, pode facilmente ser apontada como a trilha mais perfeita para o ano que se encerra em poucas horas. Pelo menos pra mim, claro. E embora esse não seja um blog-diário, vá lá, dividi diversos momentos de minha vida ao longo dos últimos 365 dias com os amigos que por aqui passaram. E não foi pouca coisa...
Da estréia num trabalho novo - ou seria uma experiência de confinamento? - à emoção de participar do lançamento de uma nova rede de televisão. Do orgulho de ser jornalista e conhecer realidades tão diversas ao prazer de, apresentando o Salto, ter o privilégio de fazer bons programas. E com pessoas especiais.
Mas 2007 foi um ano de mergulho em minhas próprias raízes, nas raízes de minha família. Mergulho numa história que começou a se desenhar há oito décadas, e que, o destino quis que eu recontasse num documentário. Não se diz não a um chamado como esse, e lá fui eu entrevistar um monte de pessoas amadas, pra contar uma história que, com o perdão do chavão, pode ser definida como uma história de amor. De minha vó por seus filhos. E por todos nós! Ela, dona Zezé, eu entrevistei numa linda tarde de domingo, no Jardim Botânico. Paisagem perfeita para um dos mais bonitos - e inesquecíveis - dias da minha vida.
E foi um prazer muito grande experimentar - depois de 8 anos contando histórias dos outros em minhas matérias - o sabor de contar a história da minha vó, da minha família; um pouco a minha história também. Dias de emoção, de muito trabalho, de muitas alegrias e de muita satisafação a cada etapa concluída.
Tudo para ver brilhando aqueles olhos que tantas vezes fizeram os meus brilharem. E eles brilharam, de um jeito que eu nunca tinha visto. E aquele será um dia que terei para sempre dentro do meu coração como a mais perfeita tradução do que é um dia perfeito e feliz. O dia que a minha vó definiu como o mais feliz em todos os seus 80 anos de vida...
Pena que ela tenha partido, já no finalzinho do ano, e que essa partida tenha feito desse 2007, também, um ano de tanta dor. Mas sei que, desde então, o céu ficou mais bonito, mais amoroso e há lá uma estrela mais brilhante, enchendo de luz o meu caminho e o de toda a minha família...
Um comentário:
Colega, sinto somente agora saber da perda de sua avó. Sinto mais ainda não termos tido contato para apoiar você e sua família. O ano passado foi bem complicado para mim, misturando momentos de dor, solidão e outros nem tanto assim. Porém sabemos que faz parte e precisamos disso para cerscer e continuar a caminhada.
Espero que esse seja mais calmo, com menos turbulência. E mais, que possamos continuar nossa amizade. Mesmo que não tão próximos assim. Pode parecer bobagem, mas às vezes tenha a impressão que nos distanciamos. Não pela falta de convívio, já que nem sempre estávamos nos esbarrando. Mas a falta de conversa, alôs e etcs... Não sei por culpa de quem, mas sei que da minha parte pretendo tentar reverter esse quadro. Já que vc é um amigo muito querido.
Bjs,
Taty!
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