Em 26 de dezembro de 2004, às 7h59, a terra tremeu no fundo do mar, nas proximidades de Aceh, no norte da Indonésia. O terremoto de 9 graus na escala Richter causou o maior tsunami que o mundo havia visto em 40 anos - o primeiro de que muita gente, inclusive eu, ouviu falar. A onda avassaladora matou mais de 220 mil pessoas em 13 países. Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas ficaram desabrigadas.
Lendo essas informações - e vendo vídeos da época - dá pra imaginar o gigantesco poder de devastação do tsunami. Mas, confesso, só vendo "O impossível", de Juan Antonio Bayona, consegui me aproximar da tragédia vivida por aqueles que estavam na área tomada pelas águas. Estrelado por Naomi Watts e Ewan McGregor - que jamais desperdiçam as boas cenas reunidas no roteiro - o filme conta a história real de uma família que, como tantas outras, estava passando férias na região e se depara com o imprevisto. Ou com o impossível...
Não darei detalhes do roteiro pra não estragar surpresas. Mas fiquei muito impressionado com a preciosa reconstituição do cenário arrasado pelas águas do tsunami. Todas as cenas relacionadas ao drama dos que foram atingidos pela onda gigante são muito bem feitas; desde a própria sequência da invasão das águas até as cenas que mostram hospitais abarrotados. Tudo muito bem cuidado, feito na medida certa para traduzir a angústia de quem viveu a dor de estar na Indonésia naquela manhã de dezembro.
"O impossível" me fez mergulhar na dor de toda aquela gente. Em vários momentos, eu me emocionei com tanta dor. Em outros, gestos de solidariedade igualmente me fizeram emocionar. Em suma: um filme tocante, que nos transporta para aquela manhã fatídica, nos faz imaginar a dor dos tantos que passaram por toda aquela tragédia e, mais que isso, nos faz pensar que, às vezes, o impossível acontece.
Eu recomendo!
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