9.8.10

A quem interessar possa...

Não tenho que provar absolutamente nada a quem quer que seja. Sei o que sou, sei como sou e tenho a certeza de que todos os que me cercam - e que realmente me conhecem - sabem do meu caráter. Sabem que seria incapaz de qualquer atitude, por menor que fosse, que pudesse prejudicar alguém. Sabem que reluto e reflito bastante antes de formar opiniões desabonadoras e, mais que isso, que pondero mesmo diante de pessoas e situações desagradáveis.
Quem me conhece de verdade sabe de tudo isso. E sabe, mais que isso, que nada me aborrece mais que a fofoca ou a injustiça. Essas são armas dos covardes. Armas de quem atua nas sombras, pelas costas de inimigos que, muitas vezes, são apenas imaginários. Armas de quem não tem a grandeza de reconhecer as próprias falhas - naturais em todos nós - e passa a vida a eleger e a apontar vilões para justificar os vacilos de sua própria existência.
Quem me conhece sabe que eu busco aprender diante de todas as situações que se colocam na minha vida. E sabe que nessas aprendizagens, descobri que há um valor básico em toda e qualquer situação: ela não é unilateral. Na vida, como no bom jornalismo, todos devíamos cultuar o hábito de conhecer os dois lados de uma história. Reduziríamos, assim, as chances de cometer qualquer injustiça. A não ser que haja o desejo de ser injusto - o que respeito, desde que seja algo assumido.
Quem me conhece sabe que assumo meus erros e tento tirar lições deles. E, além de tudo isso: quem me conhece sabe que tenho o hábito de dizer para as pessoas o que penso delas - mesmo nas horas mais complicadas. Eu me posiciono. Diante delas. Para muitos, isso se chama coragem. Para mim, chama-se caráter.
Por que escrevi tudo isso? Porque, acredite, ainda me surpreende descobrir que caráter é um bem cada vez mais raro hoje em dia. Também me surpreende ver que idade não tem a ver com maturidade. E que, para muitos, é mais fácil e cômodo acreditar nas fofocas do que se empenhar e enfrentar a realidade que revela uma vida sem mocinhos e bandidos; mas, sim, uma vida feita de momentos em que todos nós cometemos acertos e erros. Errar é humano. Para mim, errar não faz de ninguém um vilão - mesmo que esse erro me afete.  Na minha opinião, o que pode fazer de alguém um vilão é a forma escolhida para lidar com seus erros. Afinal, numa escolha infeliz, pequenas bobagens podem se transformar em grandes canalhices.
Canalhices que, no fim das contas, podem nos ensinar muito...

3 comentários:

Taty Bruzzi disse...

Não sei do que se trata, mas espero que tenha se resolvido. Ou pelo menos que vc se sinta mais leve, após o desabafo. Dizem que colocar as amarguras para fora faz bem. Eu não o faço, e por isso o peso é sempre maior.

Fique bem!

Bjs,

Taty!

P.S. Mesmo não estando muito presente, saiba que me preocupo com vc.

Unknown disse...

Valeu, Taty. Tá tudo bem sim!
Bj!

Lu Ribeiro disse...

só q não quero estar na pele desse indivíduo a quem o texto interessa...liga pra esse povo não...bjs