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Puxando nos "erres", usando e abusando dos gestos, carregando no paulistanês, soltando uma de suas inconfundíveis gargalhadas. Não sei ao certo, mas é bem provável que uma dessas marcas tenha sido a primeira a me chamar atenção no trabalho dessa grande comediante. Lembro bem dela, cabelo armado, interpretando a impagável Dona Gema, cafona até o fim, em "Perigosas Peruas", de 1992, também uma novela de Lombardi. Salvo engano, aquele foi o meu primeiro contato com essa senhora tão cheia de vida, de uma alegria que parecia transbordar da televisão. E que hoje, depois de cinco meses de luta, foi rir de todos nós lá de cima.
Egoístas que somos, sentiremos falta de sua risada espontânea, de seu olhar alegre e de seu talento na telinha. Mas se é hora de render homenagens, também é tempo de pedir que essa estrela do nosso humor brilhe lá no céu, que encontre a luz, e que descanse em paz...
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