Dei uma passada pelos principais portais de notícias agora e uma nota publicada na home da Globo.com chamou a minha atenção...
Sei pouquíssimo sobre o rapaz e menos ainda sobre a moça em questão. Mas o que me fez pensar mesmo foi a exposição que as redes sociais propiciam nesse momento universal que é a dor-de-cotovelo. Aquela hora triste, que a gente viveu, vive ou viverá um dia, independente da idade, da cor, da condição social, do time, da orientação sexual, da nacionalidade e de ser ou não fã e telespectador assíduo do Big Brother Brasil...
Não critico o que o Pe Lanza fez. Mas acho curiosa essa necessidade de expor os sentimentos assim, de forma tão pública. E essa não é uma característica exclusiva dele. Eu já fiz isso aqui por inúmeras vezes, de modo, digamos, mais discreto, menos direto e muito mais anônimo - até porque não uso roupas coloridas, não canto e nunca namorei uma atriz. Bom, pelo menos, que eu saiba, nenhuma era profissional!
O fato é que amor e desamor são experiências universais, que comovem e, portanto, interessam a todos. Não há quem nunca tenha se identificado com um filme ou com uma música falando das tais coisas do coração. O novo é a possibilidade de qualquer mortal deixar isso registrado na rede. E aberto a julgamentos, opiniões e relativizações tão úteis quanto o célebre processo de enxugamento do gelo.
Como já disse, eu já fiz isso. Já vivi momentos de sofrimento e escrevi inúmeros posts aqui. Escrever textos nesses momentos é quase terapêutico, funciona como parte do processo de recuperação dos dissabores dessa vida. Mas, além de publicar no blog, também já compartilhei momentos dessa natureza nas incensadas redes sociais, sempre com cuidado pra não dizer nada além daquilo que possa vir a interessar os diferentes tipos de amigos que mantenho nesses espaços. Mas aprendi que essa não é uma escolha que me faça bem. Há gente com que a gente simplesmente não deve compartilhar nada além de alegria. Há pessoas que, mesmo travestidas de amigáveis, não merecem saber dos nossos problemas, pelo simples fato de estarem mais preocupadas com o próprio umbigo ou com a necessidade de julgar, classificar, especular e rotular todos os que estão à sua volta. E, não raro, ainda se arvoram a ridicularizar, tripudiar em cima da fragilidade alheia, esquecendo-se de que, cedo ou tarde, o universal pé na bunda também irá lhes acertar.
E, claro, se fosse amigo do Pe Lanza, saberia, enfim, se isso é nome, sobrenome ou apelido...
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