Seis horas dentro de um hospital. Espera, preenche ficha, espera mais. Dor. Colhe sangue. Espera. Entrega pedido do ultrassom. Dor. Espera. Toma um café, come algo, vai ao banheiro. Espera. Dor. Chega a hora do exame. Gel gelado no pescoço, apreensão.
Um, dois, três...oito gânglios! Oito! De tamanhos diferentes. Susto. Que história é essa de carregar um cacho de uvas dentro do meu pescoço, caramba?
Volto ao consultório da médica e faço todas as perguntas cabíveis. Mas, apesar dos exames, ela não tem respostas. Diz que pode ser isso ou aquilo. Prescreve um remédio e me pede para observar um eventual agravamento dos sintomas. Ou seja: saio do hospital sabendo das consequências, mas sem saber o que causou a alteração no meu quadro clínico.
Eu não consigo entender isso. Com tantos exames, com tanta tecnologia, esse tipo de atendimento médico-hospitalar parece cada vez menos preciso. Saí do hospital com uma receita e uma dúvida. Devo encarar isso com naturalidade?
Não falo de um hospital público. Tenho plano de saúde. Sou, portanto, um privilegiado. E fico muito triste por me sentir assim por usufruir de um serviço tão mediocremente prestado.
Duvido que ninguém tenha uma história parecida pra contar...
Um comentário:
Respeito demais os médicos e todos os profissionais de saúde, mas também fico decepcionada com essa "praxe" de atendimento corrido e nada esclarecedor, dispensada aos pacientes nas redes pública e privada.
Como boa parte dos brasileiros, já padeci quando precisei de atendimento em hospital público. No meu caso, o hospital em questão foi o Pedro Ernesto. A unidade que - em tese - tem o compromisso de multiplicar práticas responsáveis, já que é um hospital universitário, me gerou problemões no pós - operatório porque não ministrou antibióticos. Erro elementar que é "padronizado" no setor de bucomaxilo até hoje ( antibióticos nem constam na lista oficial dos medicamentos exigidos antes das cirurgiais)!
Beijos e melhoras, Murilo.
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