18.11.09

Sobre vida, morte, impermanência e escolhas...

Nos últimos dias, a morte cruzou o caminho de dois amigos meus, levando pessoas mais que especiais para eles. Sei como é isso e me senti um pouco impotente por não poder estar próximo nesse momento tão difícil, quando o destino joga na nossa cara quem é que está no comando.
A triste coincidência - e o inevitável sofrimento dos meus amigos - me fez pensar na impermanência de tudo. E do quão assustador pode ser pensar que um até logo, dito quase no "piloto automático", pode acabar se transformando num "até nunca mais". Uma realidade dura de encarar, ainda mais quando estamos tão habituados a achar que estamos, sempre, no controle da situação.
Balela pura...
Portanto, busquemos todos cultivar o equilíbrio. Pensar bem em nossas atitudes, nas nossas escolhas. Nos sofrimentos que criamos - por vezes, inconscientemente - e despejamos sobre nossas próprias costas, tornando a caminhada mais e mais difícil. Busquemos todos refletir sobre o que realmente vale a pena e sobre o que, de fato, é capaz de nos trazer paz e alegria. Porque, no fim de tudo, é apenas isso que vale: o que cultivamos com os outros e aqui, dentro de cada um de nós...

3 comentários:

Lu Ribeiro disse...

cm já disse no meu blog: 'Hades não tira férias'... e ao contrário do q possa parecer, não há como criar imunidade qt a perda, nas primeiras vezes eu pensei q poderia me 'acostumar' com o inevitável, mas é sempre complexo... Hoje, mesmo recebi a notícia q um amigo de infância (desaparecido desde de sexta) foi encontrado morto por 18 tiros... com certeza, pela situação muitos o julgarão, como se a quantidade de perfurações fosse uma sentença 'justa' pelas fraquezas q adquirimos ao longo do caminho... senti muita pena dos pais dele e da filhinha q ele deixou e me lembrei dos tempos em que convivíamos quase diariamente, das brincaderias, da tradição de pintar a rua em época de copa do mundo e da roupa estilosa que ele usava nas festas juninas... lembrei tb da curiosidade mórbida q se abateu sobre ele qd um outro amigo meu, há uns 10 anos, foi encontrado na mesma situação (18 tiros)...dejavu... Não há família q se recupere, nem amigo q se habitue com a ausência... força pros seus amigos...bjão pra vc, lhe amo pra vida

Taty Bruzzi disse...

É, colega. Isso é complicado mesmo. Esse ano perdi meu padrinho (irmão do meu pai)e logo em seguida meu avô (pai da minha mãe). Este último, uma das referências mais fortes em minha vida. Minha avó por ser diabética, e já de idade, não sabe até hoje. O médico achou melhor, pois seu açúcar poderia subir e ela não suportar. Mesmo assim, às vezes diz que meu avô comprou uma nova casa e em breve vai levá-la para morar com ele. Dá para acreditar?!

O pior para mim foi me mostrar forte, para segurar a barra de meus pais. Mas, faz parte. A gente sabe, tenta se acostumar e nem sempre consegue.

Bj gd,

Taty!

Unknown disse...

Como diz Renato Russo: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar, na verdade não há..."

Obrigado amigo,

abração!