Um dos maiores pensadores do século XX, Lévi-Strauss morreu aos 100 anos. Li a notícia ontem e, de imediato, não lembrei de nenhum dos infindáveis textos do autor que li na época da universidade. Lembrei, meus caros, de como eram insuportavelmente chatas as aulas de Antropologia, ministradas nos três últimos tempos, nas noites de sexta-feira!
Era meu primeiro período na faculdade de Comunicação e, apesar da imensa simpatia pela professora Tânia, não podia deixar de entender as escolhas de meus inúmeros companheiros de classe que preferiam escapulir para barzinhos e afins enquanto eu e uns outros poucos herois da resistência seguíamos na missão de não desapontar a professora. Sim, para mim aquelas aulas eram quase um exercício de gentileza, uma vez que a minha concetração devia se refugiar em algum outro plano astral naquelas fatídicas noites de sexta...
Hoje, li que Lévi-Strauss se foi. Deixou um legado fantástico para a compreensão do homem. Legado que, definitivamente, não pode ficar relegado a monótonas - embora bem intencionadas - aulas de Antropologia ministradas nas noites de sexta-feira.
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