E fez-se fria a mais calorosa das relações que já havia construído. Ou que achou ter ajudado a erguer...
Esfriaram-se as vozes, elevou-se o volume dos silêncios, multiplicaram-se as pausas e foram subtraídos todos os traços que pudessem fazer lembrar de outros tempos.
Curioso pensar que num intervalo tão pequeno tivessem passado ao estágio de quase desconhecidos. Impessoais, protocolares, distantes.
Não eram mais os mesmos?
Talvez não fossem.
Nada era como antes e, pela primeira vez, não havia indícios de que as coisas voltariam ao lugar em que sempre estiveram - ou em que ao menos aparentavam estar.
E era estranha demais aquela sensação...
2 comentários:
O silêncio só existe por causa do som, e vice-versa. Toda música começa com um momento de silêncio, bem como termina. O que importa é o que acontece no meio, aqueles momentos mágicos em que simples alternâncias de som e silêncio mexem com a gente.
Se não der pra pedir bis, que comece a próxima música. Mas uma coisa é verdade. Sempre dá pra descolar um bis, demore o quanto demorar...
Meio "livrosagrado". mas, soa bem.
Abração!
Berzé
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