Plantou amor e nasceu mágoa
Colheu dor e lamento
Dos olhos brotou água
Foi a safra do sofrimento
A roça, agora tão seca
Nem parece a que floresceu
O peito, ora amargurado
Se ressente do que aconteceu
Seguia o lavrador errante
Por caminhos desconhecidos
Clamava, a todo instante
Por tempos menos doloridos
Na lida de todo dia
Sonhava com nova colheita
Que trouxesse de novo flores
Aos olhos de quem espreita
Ansiava por esse momento
Como sertanejo com a chuva sonha
Queria um bocado de alento
Pra ser de novo pessoa tão risonha...
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